terça-feira, 20 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Conferi e recomendo
Outro dia alguem me falou sobre isto, mas esbarrei no tal do "depois eu vejo". Agora leio com detalhes no bom e sempre atualizado sítio www.triunfob.blogspot.com. Conferi e, dado ser uma grata surpresa, venho lhe recomendar. Leia aí a íntegra do que li, leia todas as outras postagens desta página e depois visite lá o dominio público ponto gov ponto br.
>> Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos. Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:
• Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci;
• escutar músicas em MP3 de alta qualidade;
• ler obras de Machado de Assis ou a Divina Comédia;
• ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA, e muito mais....
Só de literatura portuguesa são 732 obras! Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.
É MELHOR FAZER PROPAGANDA DOS BBB’s E DAS NOVELAS, POIS O POVO ASSISTE E FICA BURRO, E ASSIM É MAIS FÁCIL DE SER ENGANADO!VAMOS COLABORAR!
Enviado por Fábio Ferreira (klark_kent9@hotmail.com)
Começou a festa de Zé Dantas em Carnaíba - PE
Sem Alceu Valença, cujos problemas de agenda (o empresário não cumpriu a promessa de levar o artista para a festa e preferiu show em SP), Carnaíba vive esta semana a XVI edição da festa em homenagem ao compositor Zé Dantas. Oficinas de músicas marcam o início da programação.
Dia 15 - Spock Frevo e Ivan Ferraz
Dia 16 - Genailson e Banda, Josildo Sá, paulo Moura e Nando Cordel;
Dia 17 - Antonio da Mutuca e os Oito Baixos, Flávio Leandro, Beto Hortiz e Flávio José.
Do site: www.nilljunior.com.br
Dia 15 - Spock Frevo e Ivan Ferraz
Dia 16 - Genailson e Banda, Josildo Sá, paulo Moura e Nando Cordel;
Dia 17 - Antonio da Mutuca e os Oito Baixos, Flávio Leandro, Beto Hortiz e Flávio José.
Do site: www.nilljunior.com.br
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
A mulher tem o veneno
Já vai com um tempo, Cumpade Leca mandou este tema do Recife. Eu fiz isso aí:
-
Quem por mulher for jurado
Quem com mulher comprou briga
Quem com mulher tem intriga
Precisa tomar cuidado
Se for ele o ex-amado
Ela chega sem aviso
Se vinga com um sorriso
E ataca com um aceno
Que a mulher tem o veneno
Da maçã do paraíso
-
Nunca quis pegar questão
Que não possa resolver
Evito, pois, ofender
Da mulher o coração
Esse não mede razão
Nem tão pouco prejuízo
E uma dama sem juízo
Nem com razão eu condeno
Que a mulher tem o veneno
Da maçã do paraíso
-
Enquanto vida se der
Às espécies traiçoeiras
Serão sempre sorrateiras
A cascavel e a mulher
Quando atacar se quer
A cobra balança o guizo
E a mulher mostra é o riso
Preparando seu terreno
Que a mulher tem o veneno
Da maçã do paraíso
-
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
É preciso gritar!!!
O poeta afogadense Celso Brandão dá o seu grito de cansaço. Ouçamos:
Cansado de derrotas e vitórias,
dos gritos aesmo no meio da rua.
de inventar e contar histórias,
de velar a imagem tua.
Cansado de ouvir lamentos,
de buscar e criar saídas,
de fugir, de ficar, de momentos.
Cansado de tantas vindas e idas.
Cansado de ser espelho
para uma sociedade corrompida,
que pinta em tom vermelho
os límpidos degraus da vida.
-
um grito na garganta é o que resta.
Presente e distante de tudo,
vejo que tudo é bom e nada presta.
CANSADO
-
Cansado de derrotas e vitórias,
dos gritos aesmo no meio da rua.
de inventar e contar histórias,
de velar a imagem tua.
-
Cansado de ouvir lamentos,
de buscar e criar saídas,
de fugir, de ficar, de momentos.
Cansado de tantas vindas e idas.
-
Cansado de ser espelho
para uma sociedade corrompida,
que pinta em tom vermelho
os límpidos degraus da vida.
-
Cansado dos sonhos de veludo,
um grito na garganta é o que resta.
Presente e distante de tudo,
vejo que tudo é bom e nada presta.
-
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Todo dia muda a cor...
Outro dia Annamélia, a musa da Prata, pediu pra eu fazer uns versos em cima deste conhecido mote do Mestre das Artes, Zé de Cazuza: Todo dia muda a cor / Do quadro da minha vida. Me arrisquei, traçando três estágios de uma vida completa:
-
O jovem
-
Até os dez eu queria
Logo quinze completar
Nos vinte fiz despertar
O senso da honraria
Hoje vejo cada dia
Como graça recebida
Valorizo cada ida
Pois a volta é um supor
Todo dia muda a cor
Do quadro da minha vida
-
O maduro
-
Um novo quadro se pinta
Dizendo ao bom ouvinte
Quarenta não são dois vinte
Sessenta não são dois trinta
Não sei quem compôs a tinta
Da obra da despedida
Mas sinto os pincéis da lida
Negrejando sem clamor
Todo dia muda a cor
Do quadro da minha vida
-
O velho
-
As orelhas tão crescendo
A vista ficando curta
O juízo de quem surta
E o sexo é só querendo
Aí pego percebendo
Tô na reta da descida
Que é mais curta que a subida
E a carga é só de dor
Todo dia muda a cor
Do quadro da minha vida
-
Os trabalhadores e Ilusão do suicídio
Um dos poemas mais célebres de Rogacinao Leite, Os Trabalhadores, está estampado ao mundo num marco encravado na Praça Vermelha, em Moscou. Aqui que nem é Moscou nem cabe um verso do tamanho do que tá lá, eu deixo um soneto dos que a gente só acredita que foi gente que fez porque Rogaciano existiu...
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Ilusão do suicídio
Desta janela de meu quarto triste
Arrebatado de pavor e pena
Eu assisto a tristeza de uma cena
Que pouca gente noutro quarto assiste
-
Neste cassino que defronte existe
Onde a flor da virtude se envenena
Uma pobre e cansada Madalena
Bebe nitrato e de viver desiste
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Vejo-lhe as mãos a comprimir-lhe os seios
Ouço gemidos lancinantes, feios
Que a dor arranca do seu peito fundo
-
Maldizendo o destino e a pouca sorte
Põe termo a vida para ver se a morte
É menos triste do que foi seu mundo
-
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Miguel Arraes, uma vida sem fim
Lembra do cordel biográfico sobre Miguel Arraes que eu falei aqui outro dia? Nasceu! Tá lá nas prateleiras da Bienal do Livro, no Centro de Convenções. Pia aonde: na VII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco... O danando ganhou até uma apresentação do jornalista Ivan Maurício, fundador do PSB em Pernambuco e amigo pessoal do biografado. Pra mim esse cordel já foi longe demais, mas se tu comprar, ler e gostar vai ser melhor ainda. Vê se a apresentação num é pra deixar um cabra feito eu mais besta do que sou:
- Como educador, qual o melhor método que o senhor indica para se
memorizar um assunto?
Paulo Freire – que participou do Movimento de Cultura Popular (MCP) no governo Arraes com seu revolucionário método de alfabetização – respondeu de pronto:
- Em versos rimados, de preferência cantando.
Para retratar a vida de Miguel Arraes – governador de Pernambuco por três vezes – nada melhor do que escrever sua biografia, assim como fez o jornalista e produtor cultural de Afogados da Ingazeira, Alexandre Morais, nos versos da Literatura de Cordel – a literatura popular, fonte de inspiração de tantos poetas e violeiros.
A Editora Coqueiro, ao lançar “Miguel Arraes – uma vida sem fim”, segue a orientação do mestre Paulo Freire e conta a história desse grande brasileiro que deve ficar para sempre na memória do nosso povo.
Em versos rimados, de preferência cantando.
Ivan Maurício
Jornalista e fundador da Editora Coqueiro
Cariri & Pajeú
Na Bienal o cabra fica feito menino em banca de confeito, num sabe o que quer. Mas aí teve um canto que me travou, o estande do Cariri & Pajeú / Armazém Cultural. Acolhedor que só casa do sertão, sortido, bem avizinhado e com visgo: quem chega lá fica. Tudo coordenado por Joselito Nunes. Se apresentaram por lá Chico Pedrosa, Marcos Passos, Júnior do Bode, Felipe Júnior, Ismael Gaião, outro que lembro da cara mas não lembro do nome, Reinivaldo Pinheiro e eu, fora os anônimos, que fogem do microfone mas ficam cochichando versos e causos nos ouvidos uns dos outros. Se puder, visitar é obrigação. Se não puder, lamente e compense fazendo arte onde você estiver.





