sábado, 24 de abril de 2021

Lenine indica Leonardo Mota

abril 24, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários

 


  O livro "Cantadores", de Leonardo Mota, é um clássico da poesia e dos principais poetas cantadores. Foi o primeiro documento que me caiu nas mãos a respeito da diversidade, das diferentes formas e versos dos repentistas nordestinos. Continua sendo, para mim, a principal referência pra quem quer conhecer o universo desses trovadores.

sexta-feira, 23 de abril de 2021

abril 23, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários


 

abril 23, 2021 Por Alexsandro Acioly Sem comentários

Imagem/divulgação

 

ZÉ QUEIRÓS E A FILARMÔNICA DE CARNAÍBA

abril 23, 2021 Por Alexsandro Acioly Sem comentários

 

 

MAESTRO ZÉ QUEIRÓS

 

 William Malaquias

(Músico e integrante da Diretoria da Associação Filarmônica Santo Antônio de Carnaíba-PE)

 


Imagem/Internet: Foto do maestro Zé Queirós
 

              No final do século XIX, nascia na pacata Carnaíba das Flores; José Queirós de Lima, filho único de João Queirós de Lima e Maria Minervina de Queirós (genitores também carnaibanos e primos legítimos entre si). Lugar simples e próspero, devido as suas riquezas naturais e homens de coragem que trabalhavam na agricultura, criação de gado um pequeno comércio já iniciava na Vila. Até então era a terra dos grandes fazendeiros, e não terra de músicos como é conhecida na atualidade.

A chegada do jovem maestro Zé Queirós após passar parte de sua infância e adolescência na cidade de Caruaru, pode-se considerar o marco da música instrumental em Carnaíba, vale salientar que até o momento desconhece datas de sua ida para a região do Agreste, e onde o mesmo aprendeu música, provavelmente nessa região; celeiro de grandes músicos.

        Logo fixou morada nas proximidades do Boqueirão; no sítio Matinha dos Queirós, onde já moravam vários familiares. Casou-se três vezes; o primeiro casamento com Ana Vaz de Medeiros, da qual teve quatro filhos, porém se tem conhecimento de dois com os nomes; Domícia e Manuel; O segundo com Maria Borrego e tiveram quatro filhos que não se criaram e por último se casou com Leocádia Leandro e teve quatro filhos, somente um se criou; chamado Valdecir.

Esse retorno a sua terra natal aos 17 anos foi primordial, dando início à história da Banda Filarmônica Santo Antônio. O clarinetista iniciou a primeira formação musical no carnaval do mesmo ano, com poucos músicos. Preparou a garotada durante o ano e no final chegou a apresentar a Banda completa a sociedade executando bem o repertório e agradando ao público presente.

 Depois dessa ótima fase, veio a triste notícia; o seu afastamento temporário, por motivos de alcoolismo, haja vista os ambientes em que frequentava eram oferecidos bebidas, o mesmo foi se acostumando, e caiu no vício, porém alegava também que não recebia salário, e deixou a Banda no ano de 1919, sendo substituído por um maestro oriundo de Afogados da Ingazeira: o mestre Valdevino.

          Logo depois reassumiu a Banda novamente, e junto ao cidadão José Martins teve a brilhante ideia de fundar a Sociedade Fhilarmônica Santo Antônio de Carnaíba.

Com a união e dedicação dos sócios, a maioria formada por comerciantes, a Banda chegou ao auge com bons músicos, dentre eles estavam: Israel Gomes, na época tocava bombardino; Dário Gomes ( clarinete) ; Zuca Vasco( tuba) ; Zé Pretinho de clarinete; Zé Vicente(bombo) ; Antônio Escrivão(saxofone) ; Otávio Vasco (clarinete) ; Zé Tenório no Barítono; Osias Vasco (clarinete); e os irmão Barbosa: João(trompete), José (trombone) e Josafá (trompete). Segundo Padre Fredérico bezerra Maciel no livro, “Carnaíba A Pérola do Pajeú”.

O jovem Zé Queirós além de professor de música, maestro e compositor exercia também nas horas vagas as profissões de Seleiro, Sapateiro, Ourives, Relojoeiro, e consertava várias máquinas. Ele tinha uma frase: “dizia que fazia de tudo, menos chover e fazer mel de abelha”.

           O maestro chegou a liderar por um bom tempo o Grupo de Canto Sacro da Igreja Católica. Tocava requinta ou clarinete, e chegou a montar uma simples Orquestra com os integrantes Osias Vasco no seu saxofone, Antônio Escrivão na flauta e Otávio Vasco no trombone.

Ensaiava missas e outros cantos, e às vezes tocava serafina e cantava com as cantoras Domícia Queirós (sua filha), Luísa Mendes, Elisa Cabral (Belisa), Ester de Zé Vicente e Salomé de Maria Escrivão. Sempre muito cuidadoso ele separava as vozes soprano, meio soprano, tenor, contralto etc.

Lamentavelmente em 1936 o Grupo de Canto Sacro foi extinto e o grande maestro dobrou as atenções para composições sendo considerado um excelente compositor compondo vários dobrados em homenagem aos sócios da Filarmônica  Zé Dantas (pai), Manuel José, Zé Martins e Saturnino Bezerra e nessa mesma época compõe o dobrado chamado “Saudades das Madrugadas”.

O maestro também Compôs marchas fúnebres como, “Lágrimas de Mãe’, “Saudades de Mãe” e ‘Silêncio”. Também compôs Modinhas e outras composições elaboradas à noite, isso quando não ingeria bebida alcoólica.

Infelizmente quando deixou Carnaíba estava em péssimas condições financeiras, doente e continuava a bebedeira incessante, e seu rico arquivo musical foi perdido no tempo. Uma pena não ter sua obra pra ser explorada por futuras gerações, porém somos gratos por esse extraordinário músico, deixar uma semente plantada com trabalhos altamente relevantes como a fundação da Banda Filarmônica, contribuindo para a formação de músicos profissionais que deram continuidade a história da arte musical em nossa terra, portanto foi forte sua contribuição, mesmo ás vezes recebendo gratificações irrisórias sempre esteve disposto a ajudar na formação musical dos jovens conterrâneos.

Depois dessa bela história construída em Carnaíba o maestro segue para a cidade de Agrestina onde passa os seus últimos dias de vida, vindo a falecer no dia 19 de novembro de 1947, aos 57 anos .

 

Fonte: Livro: Carnaíba A Pérola do Pajeú - Padre Frederico Bezerra Maciel.


Alessandro Palmeira - Colóquios & Silêncios

abril 23, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários

 

"Penetra surdamente no reino das palavras (...) Chega mais perto e contempla as palavras.

Cada uma 

tem mil faces secretas sob a face neutra, 

e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres:

Trouxeste a chave?" *Carlos Drummond de Andrade* 


Como nos alertava Drummond, as palavras têm mil faces secretas, elas exalam perfumes exóticos que nos inebriam e nos seduzem com seus encantos místicos.

Através da magia das palavras, ler é transpor os limites da realidade imediata e entregar-se a todas as realidades possíveis que o intelecto humano concebe.

A nova normalidade pandêmica nos isola, a leitura nos liberta de nós.

A escrita humana nos transporta para além de nós, nos irmana para além das distâncias geográficas e do tempo.

Ler é apagar o tempo, ressignificando as vivências e aprendizagens legadas por nossa ancestralidade e intuindo o futuro que queremos a partir do nosso imaginário cultural. 

Com um livro podemos viver o passado recontado por inúmeros olhares e também sonhar as maravilhas e desafios do futuro.

A leitura pode nos levar a conhecer mundos mais justos e também, como se Narciso fôssemos, ser espelho que desvela e reflete as injustiças do nosso mundo.

Sejam livros técnicos, didáticos ou literários, abrir um livro é ato de impacto social e comunitário, para além do desejo individual. 

Livros podem transformar vidas e pessoas, mostrar possibilidades diante do impossível do cotidiano; e levar beleza diante do horror da dor. 

Nesse 23 de abril, data que marca o falecimento de William Shakespeare, aquele que inventou o humano tal qual conhecemos hoje, comemoramos o Dia Mundial do Livro. Um dia para incentivar a leitura e refletir sobre a importância do ato de ler.

Livros são passagens para uma viagem onde poderemos nos compreender e nos reconhecer em desejos, sentimentos e ideias através da escrita de inúmeros autores, e, mais importante, uma viagem de compreensão da própria trajetória humana.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

abril 22, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários

 
A pintura e o lugar. Artitsta Leandro Alves, Teixeira - PB.

quarta-feira, 21 de abril de 2021

abril 21, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários


Olha o que tem nessa sexta-feira, dia 23, na Festa Literária de Juazeiro - BA.
Primeiro Encontro Virtual de Cantadores do Vale do São Francisco.
Perde não, visse!

terça-feira, 20 de abril de 2021

Lei Gonzaga Barbosa - Auxílio para a cultura em Afogados da Ingazeira

abril 20, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários

   


   A Câmara de Vereadores de Afogados da Ingazeira - PE aprovou nesta terça (20) a Lei Gonzaga Barbosa de auxílio emergencial aos artistas e produtores culturais de Afogados. De autoria do Governo Municipal, a Lei estabelece o pagamento de três parcelas de R$ 200,00, programadas para os meses de maio, junho e julho.

   Para ter direito ao benefício é preciso cumprir duas etapas: estar inscrito no Cadastro Cultural do Município e apresentar requerimento para o auxílio. São critérios não ter emprego ou renda fixa, residir no município há pelo menos um ano e ter a atividade artística declarada como fonte habitual de trabalho e renda.

   "Vamos dispor a Lei, as regras e o modelo do requerimento no site da Prefeitura de Afogados. O beneficiário pode fazer a solitação de forma virtual ou imprimir o requerimento e apresentar na Secretaria de Cultura," explica o secretário da pasta, Augusto Martins. O site indicado é o www.afogadosdaingazeira.pe.gov.br.

  Homenagem - Gonzaga Barbosa foi um escritor afogadense, falecido em 2016, aos 76 anos. Acometido por uma atrofia aos 12 anos, mantinha-se em uma rede. Foi autor de cinco livros e deixou mais um inconcluso.

Mostra Poesia na Tela - Vai começar!

abril 20, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários

   A mostra de cinema Poesia na Tela, normalmente realizada em Tabira - PE, este ano, como quase tudo, vai ser virtual. E é pra já, de 21 a 23 de abril de 2021. Menos mal que a internet taí, então é só acessar por aqui mesmo MOSTRA POESIA NA TELA ou ir no endereço www.poesianatela.com.br.

  E quem não conhece a produção audiovisual do Sertão do Pajeú pode até se admirar: dos 34 filmes selecionados, apenas um não foi realizado no Sertão do Pajeú, o filme Mateus, produzido na Zona da Mata pernambucana. Ainda assim tem como protagonista a atriz pajeuzeira Odília Nunes (foto abaixo), homenageada desta edição do Poesia na Tela. 

Veja o cardápio e se delicie:

Mostra longas metragens

O bem virá - Uilma Queiroz
O silêncio da noite é que tem sido testemunha das minhas amarguras - Petrônio Lorena

Mostra homenageada Odília Nunes

Mateus - Dea Ferraz
Caldeirão dos Bois - Carol Virgulino
Entre rios - João Lucas Melo
Rio feiticeiro - Alexandre Alencar

Poesia para todas as telas

As Severinas – 10 anos - Eduardo Crispim
Bom dia, poeta – Uma terra encantada de mundo Alexandre Alencar
Leonardo Bastião, o poeta analfabeto - Jefferson Sousa
Maria - Carol Correia
Tabira em poesia - Direção coletiva
Tem criança no repente - Eduardo Crispim
Não tem só mandacaru - Tauana Uchôa
Pra tocar os dias - Direção coletiva
Coco moleque – Em Canto e Poesia - Carol Correia
4 kordel Lírio Ferreira
Sala de reboco Ana Célia Gomes
Poetas do Pajeú pela democracia - Direção coletiva  

Do Pajeú para todas as telas

04Novo mundo - Bruna Tavares e William Tenório
Carta para o futuro - Bruna Tavares e William Tenório
Ser mais que cinza - Daniel Figueiredo
Triunfo - Direção coletiva
Tão bonita que medonha - Direção coletiva
#turismo_selvagem - Direção coletiva
Desyrrê - Direção coletiva
Lampião e o fogo da Serra Grande - Anildomá Willans
Papo amarelo – o primeiro tiro - Anildomá Willans
O mistério da EMAFV - Direção coletiva
A hora do tabaqueiro - Direção coletiva
Memórias submersas - William Tenório
Candidatas - Bruna Tavares e William Tenório
Cine São José - William Tenório
Corisco – Radiola Serra Alta - Direção coletiva
Chão duro – a dobra - Graciela Guarani e Alexandre Pankararu

domingo, 18 de abril de 2021

O Pajeú de Nós 2

abril 18, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários

 

   Em 2013 Alexandre Morais (Afogados da Ingazeira) e Genildo Santana (Tabira) gravaram um CD com 13 faixas. Acompanhados pela sanfona de Lindomar Souza, os poetas intercalam declamações autorais e ao final declamam juntos o o poema O Pajeú de Nós 2, uma reverência ao Sertão do Pajeú, interior de Pernambuco, onde moram.
   Em 2018 o CD virou um livro com o mesmo título, publicado pela Pajeú Cartonero. Em 2020 foi a vez do poema virar vídeo. A partir de imagens coletadas na internet, as 17 cidades que compõem o Vale do Rio Pajeú ilustram o trabalho. O resultado é este aí acima.

Dom Ariano

abril 18, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários

 

  Sonhar o sonho impossível, sofrer a angústia implacável, pisar onde os bravos não ousam, reparar o mal irreparável, amar um amor casto à distância, enfrentar o inimigo invencível, tentar quando as forças se esvaem, alcançar a estrela inatingível: Essa é a minha busca.

Cervantes em Dom Quixote.

《Do grupo Ariano Suassuna OXENTE.》

Maciel Melo - Crônicas de um Cantador

abril 18, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários

Não importa

Nada mais importa, se o amor coletivo não atingir o orgasmo. Se a calmaria dos homens não chegar ao remanso, se os direitos e deveres de um povo não forem respeitados.
Nada mais importa, se o coração já não lateja. Se a esperança não voa, se o esplendor for apenas uma penumbra em sua solidão.
Nada mais importa, se o acaso não me surpreender, se a vida não nascer e renascer, se a estima da alma não for reluzente.
Ah! Mas eu já tenho um mote.
Não calarei meu canto, não direi quem sou a quem não merece saber de mim.
Não pedirei desculpas, pois não estou errado; não me vingarei de coisa alguma, mas também não levo jeito nem tenho competência para ser um bom samaritano.
Não me importa se o afeto é preto ou branco, pois no vermelho do meu sangue tem tinta de toda cor.
A vida é só um flashe nas lentes dos olhos de Deus. Num piscar de olhos pode acontecer tudo ou não acontecer absolutamente nada. Mas tudo vai passar, tudo será do jeito que foi planejado pela força do Divino.
Já se foram tantas eras, se foram tantas vacinas... uma a mais ou uma a menos não farão diferença alguma, se o líder desta nação não for vacinado contra a fome, contra a peste e contra a guerra.
Nada mais importa, se no mundo inteiro já não se pede mais perdão.
Mesmo assim, inda perdoo a quem precisa de compaixão.

Gilmar de Carvalho - O Doutor encantou-se

abril 18, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários

 

Foto: Natinho Rodrigues/DN

    Um dos maiores pesquisadores da cultura popular nordestina e o maior entre os dedicados à vida e obra de Patativa do Assaré, Gilmar de Carvalho (foto), faleceu neste sábado (18), em Fortaleza - CE. Doutor em Comunicação, Gilmar estava internado desde 20 de março, vitimado pela Covid-19.

   O pesquisador tinha 71 anos e era natural de Sobral - CE. Autor de mais de 50 obras, tinha anunciado para este ano o lançamento do livro “Poéticas da voz - Aboios, benditos, cantoria, cordel, emboladas, loas, saraus, torém e trovas".

abril 18, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários


 

sábado, 17 de abril de 2021

abril 17, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários


 BLOG PONTO DE VISTA 

Prefeito na Lei Seca

O prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel (PSL), foi multado em R$ 2.934,70 e teve a carteira de habilitação recolhida durante uma blitz da Operação Lei Seca no Recife por dirigir embriagado. O caso aconteceu no domingo (11), no bairro do Pina, na Zona Sul da capital pernambucana. Por meio de nota, Raimundo Pimentel afirmou que foi parado na blitz após tomar uma taça de vinho em um restaurante que fica a pouco mais de um quilômetro da casa do filho do prefeito e disse que teve a carteira de habilitação retida por algumas horas.

 AFOGADOS FM 

Leite contra a Covid

Mulheres vacinadas produzem leite materno com anticorpos para a covid-19. É o que aponta estudo israelense publicado esta semana no periódico científico americano Jama. Os anticorpos no leite materno sugerem potencial efeito protetor contra a infecção em bebês, mas ainda são necessários mais estudos. A pesquisa acompanhou um grupo de 84 mulheres em Israel; todas haviam recebido duas doses da vacina Pfizer Biontech com 21 dias de intervalo. Nas amostras de leite materno foram encontrados anticorpos IgA e IgG, específicos para o novo coronavírus, seis semanas após a vacinação.

 BLOG DO FINFA 

Lives com prefeitos

Nesta segunda-feira (19), tem início uma nova série de lives com prefeitos pernambucanos, sempre às 19:30 horas. O primeiro convidado será o prefeito de Afogados da Ingazeira, Alessandro Palmeira. Na quarta-feira (21), será o prefeito de Iguaracy, Zeinha Torres. No nosso bate papo, iremos tratar dos 100 dias e ações da gestão, política municipal, estadual e nacional, entre outros assuntos. Assista pelo instagram do blog, @blogdofinfaoficial.


 BLOG DO NILL JÚNIOR 

Vai por decreto mesmo

Durante sessão da Câmara de Vereadores de Carnaíba, os parlamentares do bloco de oposição Neudo da Itã, Irmão Paulinho, Vanderbio Quixabeira e Matheus Francisco, votaram contra e derrotaram o Projeto de Lei de autoria do presidente da Casa, Cícero Batista, que denominaria de Luiz Leôncio da Silva a mini-ponte da entrada do Povoado Roça de Dentro, na zona rural do município. Por este motivo, o prefeito Anchieta Patriota resolveu nomear a ponte através de Decreto Municipal. Justificou com decisão do STF.


 G1 CARUARU 



O suspeito de matar o delegado Anderson Liberato (foto), de 32 anos, em Jataúba-PE, foi morto a tiros na noite deste sábado (17) dentro de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito havia sido baleado em Jataúba após atirar contra o delegado. Como ficou ferido, ele foi socorrido ao Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru. O coordenador do Samu Regional, Pedro Henrique Gonçalves, informou que a ambulância foi abordada na BR-104 por um veículo no qual estavam homens armados. Segundo Pedro Henrique, o suspeito foi morto dentro da ambulância do Samu Jataúba das proximidades de uma área conhecida como Juriti, em Caruaru.

 

 BLOG DO ITAMAR 


Rachel quer R$ 30 milhões


A jornalista Rachel Sheherazade  relatou, em setembro de 2020, que ficou sabendo de sua demissão do SBT por um e-mail. Em rebate ao ato, há um mês, a jornalista acionou a justiça contra a empresa de Silvio Santos, exigindo indenização de R$ 30 milhões. Mesmo sendo contratada como pessoa jurídica, Rachel alega que tinha obrigações como qualquer funcionário de carteira assinada, como plantões, horas extras, jornadas maiores nos 11 anos que ficou na empresa, entre outras funções. Quando demitida, ela recebia R$ 200 mil mensalmente, além dos R$ 30 mil de auxílio moradia.


 ESTADÃO 


Mais de 50 cãezinhos estão à procura de um lar, depois que o casal que cuidava deles morreu de covid-19, em Rio Claro, interior de São Paulo. Com a morte de marido e mulher que moravam sozinhos, a casa alugada (foto) em que os cachorros vivem terá de ser devolvida ao proprietário até o dia 10 de maio próximo. Um grupo de voluntários se mobilizou e lançou uma campanha para a adoção dos doguinhos órfãos, como eles são chamados em redes sociais. O total de cães era de 68 quando seus cuidadores morreram, mas 15 já foram adotados.

 NANDO MOTTA 

Criatividarte no Sertão cearense

abril 17, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários

   

Foto: Wandemberg Belém

  Wlisses Cândido tem 21 anos e mora na distrito rural de Santarém, município de Orós, no Ceará. Com o conterrâneo Fagner ainda guarda a semelhança de tocar violão. Só que faz mais: toca violino, saxofone e guitarra. E mais: tem que criativizar. Aprendeu música sozinho e fabricou instrumentos com canos.

    Veja a bela história de Wlisses na reportagem do Diário do Nordeste clicando aqui: Autodidata, jovem agricultor toca quatro instrumentos no sertão do Ceará

Prazo maior para o Funcultura

abril 17, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários

    A Comissão Deliberativa do Funcultura decidiu, em reunião realizada nesta quinta-feira (15), prorrogar por mais 15 dias os prazos de inscrição dos editais do Funcultura 2020-2021: Microprojeto Cultural, Audiovisual, Geral e Música.

  Com a prorrogação, o Microprojeto Cultural segue com inscrições abertas até o dia 30 de abril, enquanto os editais do Audiovisual seguem com o prazo aberto até o dia 10 de maio deste ano. Já o Funcultura Geral estará com inscrições abertas de 19 de abril a 14 de maio, e o de Música de 3 a 28 de maio.

   A decisão da Comissão Deliberativa do Funcultura se deu após o Conselho Estadual de Política Cultural de Pernambuco (CEPC/PE) aprovar, em reunião realizada nesta quarta-feira (14), a ampliação dos prazos de inscrição no Funcultura em função da execução dos projetos aprovados na Lei Aldir Blanc em Pernambuco. Saiba mais: www.cultura.pe.gov.br/canal/leialdirblanc/pernambuco-consegue-no-stf-prorrogacao-do-prazo-para-prestacao-de-contas-dos-recursos-da-lei-aldir-blanc

O MENESTREL DE CARNAÍBA

abril 17, 2021 Por Alexsandro Acioly Sem comentários

 


ANTÔNIO AÇUDINHO, O CEGO CANTADOR

 

Alexsandro Acioly

(Pesquisador e Historiador - CPDOC/PAJEÚ)

 

Imagem Ilustrativa - (Internet)

Que Carnaíba é a terra do saudoso Zé Dantas, parceiro do eterno rei do baião, Luiz Gonzaga, acho que o Brasil e o mundo inteiro sabem disso. Que Carnaíba é considerada a terra da música, mesmo havendo algumas ressalvas, milhares de pessoas sabem. Que Carnaíba tem uma Orquestra Filarmônica Centenária, da qual emanaram músicos maravilhosos, e que ainda hoje, continuam a permear o Sertão do Pajeú com novos talentos, poucos sabem.

Agora, que um dos grandes cantadores que existiu lá pelo final do século XIX na região do Pajeú, era fruto deste celeiro musical, creio que pouquíssimas pessoas saibam.

Estou falando de “Antônio Açudinho”, natural do Pajeú das Flores, mais precisamente da Villa de Carnaíba, ou até mesmo da Fazenda Carnahyba, sendo ainda desconhecida a data do seu nascimento e de sua morte.

Lendo a belíssima obra (trilogia) do moxotoense, Ulysses Lins de Albuquerque, tive o prazer de conhecer um pouco da história desse pajeuzeiro que, segundo o autor, foi um dos maiores cantadores que ele já viu cantar, sendo os seus versos e improvisos perfeitamente admiráveis.

Açudinho, além de analfabeto também era cego, cegueira esta causada pela picada de uma cobra Jararaca. Ulysses Lins frisa muito bem em um dos seus livros a inteligência e a memória gigante que tinha o velho cantador.

No livro, Moxotó Brabo, o segundo dessa trilogia, Ulysses descreve uma das maiores pelejas de Açudinho, fato ocorrido na povoação de Custódia por volta do ano de 1900 entre ele e outro cantador vindo de Caruaru, no agreste pernambucano. Esta cantoria teve a presença do Padre Frutuoso Rolim, da paroquia de Pesqueira, mas que havia ido celebrar a missa em comemoração ao padroeiro da cidade, São José.

Segue abaixo, quatro sextilhas desse desafio entre Açudinho e Ferreirinha:

 

A – Meu colega Ferreirinha,                                                            

       Seja bem-vindo a esta terra,

       Mas me diga se é de paz,

       Ou se tem intenções de guerra,

       Pois eu preciso avisar

       Os meus caboclos da serra.

F – Muito obrigado, Açudinho,

       E consista que o saúde.

       Mas você fala com um homem

       Que a ninguém no mundo ilude;

       Eu venho aqui de bem longe,

       Só conhecer seu açude.

A – Pois assim somo amigos,

       E eu lhe trato com carinho,

       E agora estou satisfeito

       Porque não canto sozinho;

       Porém quanto ao meu açude,

       Não passa de um açudinho.

F – Açudinho isto é modéstia,

      Pois não se pode negar

      Que ele na boca do povo

      Parece um braço de mar;

      Mas com toda essa grandeza,

      Nele eu quero mergulhar.

 

Claro que a peleja não ficou só nisso, provavelmente estendera-se durante toda a noite.

        Açudinho talvez tenha sido um desses menestréis, que foram esquecidos pelos seus contemporâneos, pois pouco se fala nesse velho repentista e cantador de histórias. No livro, Um Certo Jó, de autoria de Alberto da Cunha Melo, este cita uma lista de cantadores onde aparece o nome de Açudinho, mas infelizmente, não há a data de nascimento, morte ou até mesmo a sua naturalidade. O certo é que ele existiu e foi apagado da lembrança de alguns pajeuzeiros e moxotoenses do nosso sertão pernambucano, pois raros são os relatos à respeito desse cantador que encantou o Pajeú e o Moxotó com suas belas pelejas. 
 
Fontes: 
- Albuquerque, Ulysses Lins de, 1889-1979
Um sertanejo e o Sertão/Ulysses Lins de Albuquerque. - 4. ed.  
- Albuquerque, Ulysses Lins de, 1889-1979
Moxotó Brabo/Ulysses Lins de Albuquerque. - 3. ed.
- Albuquerque, Ulysses Lins de, 1889-1979
Três Ribeiras/Ulysses Lins de Albuquerque. - 3. ed.