segunda-feira, 27 de abril de 2020

De sábado pra domingo

abril 27, 2020 Por Alexandre Morais Sem comentários
  
   Nestes dias de isolamento, às vezes, nos pegamos perguntando que dia é hoje. Os dias tem parecido iguais. Temos nos mantido (pelos menos os conscientes) retrancados. Acuados pelo medo do Novo Coronavírus e em respeito aos que realmente sabem o que dizem.
   De sábado pra domingo, no entanto, um fato grave, muito grave, gravíssimo (salve, salve Graciliano Ramos, nordestino das Alagoas) mexeu com a gente que se sente gente. Um cidadão que conquistou espaço na mídia (nada seletiva), que se acha humorista (este é um direito que não podemos tirar-lhe) e usa da democrática internet para se promover aos olhos e ouvidos dos que fazem parte de nossa massa (salve, salve Zé Ramalho, nordestino da Paraíba), testou positivo. Testou positivo para um vírus mais antigo, mais resistente e mais devastador que o tal corona.
   De sábado pra domingo, Murilo Couto (um nortista do Pará, pasmem) com o jeito, a cara e o traje do preconceito, do desrespeito, da desumanidade, da desinformação, da arrogância, da inconsciência, da inconsequência e da covardia (estava sozinho, sem interlocutores), achando fazer graça, espirrou (ou cuspiu) na cara de Assisão.
   De sábado pra domingo (falando apenas neste assunto), nada novo aconteceu. Se repetiu.
   Mas, de sábado pra domingo, Assisão ficou muito mais “ão”. O rei do forró ficou mais representaç“ão” do Brasil de baixo: “in”, “re” e “dis” criminado por ser real, natural e moral. A cusparada do cretino saiu da boca da elite de cima e pegou na cara da elite de baixo (essa, sim, fazendo jus ao termo). A elite humana de todas as raças, gêneros e espacialidades sentiu-se atingida em sua essência.
   Claro, de sábado pra domingo, houve reaç“ão”.
   E aí o dito cujo, mais sujo do que cujo (salve, salve Dias Gomes, nordestino da Bahia), apareceu pedindo desculpas. Desculpas sem verdade é verdade. Apareceu com a mesma cara, jeito e (ul)traje que julga serem engraçados. Por assim dizer, um desgraçado mesmo.
   E nós? Nós crescemos. Ficamos mais aumentativos. Ativos. Vivos.
   Ficamos mais “ão”. Como o nosso grande, muito grande, grandessíssimo Assisão.
    E assim seremos e reagiremos. Sempre.
   Sou gente, sou arte, sou Assisão. Se mexeu com ele, mexeu comigo também.

Alexandre Morais (nordestino de Pernambuco, com um orgulho da mulesta dos cachorro), Poeta e jornalista

domingo, 19 de abril de 2020

Dia do Índio

abril 19, 2020 Por Alexsandro Acioly Sem comentários


Por que 19 de abril é o Dia do Índio?

Imagem/Internet

   O 19 de abril remete ao dia em que delegados indígenas, representantes de várias etnias de países como o Chile e o México, reuniram-se, em 1940, no Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Essa reunião tinha o propósito de discutir várias pautas a respeito da situação dos povos indígenas após séculos de colonização e da construção dos Estados Nacionais nas Américas.
   No início do século XX, havia um interesse muito grande por essas etnias, sobretudo com o desenvolvimento da etnologia, isto é, o ramo da antropologia que se dedica aos estudos das chamadas “culturas primitivas”. O esforço pela compreensão dos hábitos e da importância dos povos indígenas para história despertou a atenção também para o âmbito das políticas públicas que visassem à salvaguarda desses hábitos e costumes.
   O Primeiro Congresso Indigenista Interamericano serviu como agenda programática para essas políticas públicas. Uma das decisões tomadas foi a escolha do dia em que ocorreu o congresso como o Dia do Índio. A partir do ano seguinte, vários países do continente americano passaram a incluir em seus calendários o 19 de abril como dia de homenagem aos povos nativos ou indígenas.

Por que celebrar o Dia do Índio?

   A celebração do Dia do Índio tem como propósito também a preservação da memória e a reflexão crítica nas universidades, escolas e demais instituições semelhantes sobre o passado da relação de dominação e conquista das civilizações europeias no continente americano.

Instituição do Dia do Índio no Brasil

   No caso do Brasil, o Dia do Índio foi instituído via decreto-lei, em 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas, que exercia o poder de forma autoritária no chamado Estado Novo. Veja o texto do decreto-lei:


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, e tendo em vista que o Primeira Congresso Indigenista Interamericano, reunido no México, em 1940, propôs aos países da América a adoção da data de 19 de abril para o "Dia do Índio",
DECRETA:
Art. 1º É considerada - "Dia do Índio" - a data de 19 de abril.

Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 2 de junho de 1943, 122º da Independência e 55º da República.”
GETÚLIO VARGAS

   Vê-se que Vargas, bem como seu corpo de ministros, orientou-se diretamente pela resolução do Congresso Indigenista Interamericano. Havia também, no contexto do Estado Novo, a forte influência de sertanistas e estudiosos de comunidades indígenas, como o Marechal Cândido Rondon, que era também entusiasta do governo de Getúlio.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/19-abril-dia-Indio.htm - Por: Cláudio Fernandes


 

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Curiosidades do Cangaço

abril 13, 2020 Por Alexsandro Acioly Sem comentários

Maria de Déa

Imagem/Internet 
   A baiana Maria Gomes de Oliveira era chamada desde a infância de Maria de Déa, em referência a sua mãe. Nem a família nem o bando de Lampião a tratavam por Maria Bonita, apelido que só se difundiu após sua morte. Há algumas versões sobre a origem desse nome. Uma delas diz que se tratou de invenção dos repórteres dos jornais do Rio de Janeiro, possivelmente inspirados no filme Maria Bonita, lançado em 1937 e baseado na obra de mesmo nome de Afrânio Peixoto, de 1921. Outra, que teria sido dado por soldados que se impressionaram com a beleza da cangaceira quando ela foi morta em 28 de julho de 1938, aos 28 anos.
Fonte:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Bonita


   Conhecida como a Joana d’Arc da Caatinga, Maria bonita era vista como uma heroína do cangaço. Era destemida, empoderada, bem humorada. Companheira do cangaceiro Lampião, foi responsável por lutar contra a ação de coronéis e o governo.
   O nome Maria Bonita só veio a se popularizar depois de sua morte, em 28 de julho de 1938, aos 28 anos de idade. Antes disso, a rainha do cangaço era chamada por familiares de Maria de Déa.
Fonte: https://conhecimentocientifico.r7.com/maria-bonita-quem-foi/

Luto na MPB

abril 13, 2020 Por Alexsandro Acioly Sem comentários

Morre aos 72 anos cantor baiano Moraes Moreira

Imagem/Internet
   O cantor baiano Moraes Moreira morreu nesta segunda-feira (13) no Rio de Janeiro. Segundo o Blog do Marrom, que informou em primeira mão a notícia, o também cantor e compositor Paulinho Boca de Cantor confirmou a informação. Muito emocionado, Paulinho mal conseguia falar e contou que ele faleceu durante o sono. 
A causa da morte de Moraes ainda não foi informada. Também não há informação sobre quando e onde será o sepultamento. Ele estava em sua casa, na Gávea, ao falecer - ele vivia sozinho e já foi encontrado morto. O cantor deixa dois filhos, o também músico Davi Moraes e Maria Cecília, e dois netos, Alice e Francisco.
    Em janeiro, o cantor fez um show no Pelourinho, ao lado do filho. Sentado durante a apresentação, já parecia estar debilitado. Em fevereiro, no Carnaval, voltou a se apresentar no Pelô. "Eu já passei por tantos carnavais aqui na Bahia e o povo no chão  pedia para a gente cantar. E hoje em dia o  trio elétrico é essa loucura toda", disse. "Aqui, no Pelourinho, se forma. Viva o Pelourinho!".

Fonte: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/morre-aos-72-anos-cantor-baiano-moraes-moreira/

quinta-feira, 9 de abril de 2020

O eco do invisível

abril 09, 2020 Por Alexandre Morais Sem comentários
Foto: Claudio Gomes

    A cidade oca, e o eco do invisível extrapolando o limite dos decibéis permitidos pela lei municipal.
    É a vez da revolução dos bichos. Um grilo rebelde está perturbando a ordem. São vinte e três horas, doze minutos, e não consigo dormir; os sapos fazem a orquestração para a serenata de Deus. A grilaiada em coro, saúdam a lua cheia que hoje, está como nunca. Escuto o barulho das folhas crescendo, ouço os passos dos insetos; nunca na vida se ouviu tanto a natureza que, só está sendo interrompida na hora dos panelaços. Depois, que maravilha, que sossego, que paz, que coisa esplendorosa é a voz de Deus.
    Um bando de galos já tecem o nosso amanhecer. Bem que o poeta disse: “Um galo sozinho não tece uma manhã”; ele tinha razão. A natureza por fim, resolveu dá um basta na insensatez humana, e botar ordem nessa bagunça. Todo mundo pra dentro de suas casas, já; uma voz vinda do vento ordena, e ai de quem não obedecer, pois se sair o vírus pega, se ficar o vírus some.
   Então, já pra dentro de casa.


< Maciel Melo >

domingo, 5 de abril de 2020

Itaú Cultural cria editais de emergência para apoiar artistas na crise

abril 05, 2020 Por Alexandre Morais Sem comentários
Museu Nacional recebe mostra de arte e tecnologia da Coleção Itaú ...

O Itaú Cultural anunciou nesta sexta (3) a criação de três editais emergenciais para financiar artistas que estão impedidos de se apresentarem presencialmente em razão da pandemia de Covid-19.

As inscrições do primeiro edital Arte como Respiro, voltado às artes cênicas, serão abertas às 9h da próxima segunda-feira (6) e vão até o fim da sexta (10).
Poderão se inscrever artistas de teatro, dança e circo. Serão selecionados até 120 projetos –até 90 trabalhos produzidos na quarentena e 30 espetáculos cênicos gravados antes deste período.

Os escolhidos serão informados por email até dia 25 e abril e receberão até R$ 10 mil como remuneração pelo licenciamento dos direitos autorais. Para saber mais informações, acesse o edital aqui.


As datas das outras duas edições
do Arte como Respiro, direcionadas às artes visuais e à música, ainda não foram anunciadas.

Fonte: Folha de Pernambuco