Lá
atrás, não muito atrás assim, descobrimos que era possível fazer o que se gosta
e abrir caminhos na vasta trilha da vida com a foice bem encabada da poesia. Depois
nos encontramos. Aí um dia acreditamos que podíamos trabalhar juntos, porque
Raul já tinha dito que sonhando junto fica mais fácil de virar realidade. Pois foi.
Os capítulos foram muitos e não vamos lembrar todos agora.
Comecemos então
pelo dia em que decidimos gravar um CD juntos, eu Zé Adalberto e Genildo
Santana. Mandei um email gritando “BORA, BORA”. Era pra São Paulo que eu tava
chamando. Pronto! Tudo conspirou a nosso favor. Antes disso, claro, já tínhamos
uma história e um anjo da guarda perfumado até no nome: Rosa Cleide. Essa menina
acha que a gente tem futuro. Acreditamos nela.
Aí gravamos o
CD. Sabe como? Em Tuparetama, na casa de Adelmo Aguiar, que além de aturar a
gente colocou toda trilha de viola. Wellington Rocha gravou tudo, enquanto
Claudio Gomes e Wally Ricardo filmavam e fotografavam. A esta altura, Rayane
Brito já tinha feito as fotos. Vê aí quanta gente a mais já tava acreditando em
nós também.
Só sei que
ficou pronto. Batizamos o CD de Retrato 3 por 3 partimos pra Recife. E aí
começou a saga tratada no título. E aqui a história fica melhor porque passa a
ser ilustrada.
Foi assim:
Viagem: A TAM quis atrapalhar, mas não conseguiu. Ridiculamente não deixou Zé embarcar porque na passagem constava o nome José Adalberto, sem sobrenome. Isso mesmo com o RG em mãos, o qual a própria empresa exigiu no momento da compra. Perdeu! Compramos outra e viajamos que a gente tinha mais o que fazer do que deixar a TAM tirar nosso entusiasmo.
Recepção: Em São Paulo fomos recepcionados por figuraça aí, de camisa vinho. É Geneildo, irmão de Genildo. No primeiro dia teve festa. E em todos os outros tambem. Família mais que boa. Nos prestaram toda atenção.
Rádio: Em seguida fomos à Rádio Cumbica, participar do programa Viola de Canto a Canto. Programa maravilhoso com os poetas Zé Luiz, Alencar Henrique e Andorinha. Recitamos ao vivo e Apresentamos algumas faixas do CD. O poeta Erivaldo da Silva, que nos convidou e nos aguardava tambem no 7º Festival de Poetas Repentistas da Zona Leste de São Paulo, participou por telefone. Foi pra lá que nós fomos assim que saímos da rádio. Olha as fotos dos dois momentos aí, sendo a do palco feita pelo paraibano gente boa Sebá Neto, que conhecemos lá:
Viola: Aí a gente foi assistir à gravação do Programa Viola, Minha Viola, apresentado por Inezita Barroso e levado ao ar pela TV Cultura. Foi no Sesc Bom Retiro e se apresentaram as duplas Rick e Renner e Mococa e Paraíso. Muito bom. Este programa vai ao ar domingo, dia 29/09. Oh nos lá:
Sé: Dando um voltinha o centro, claro fomos à Sé. Praça e Catedral:
Recanto: Levados pelo amigo, músico e cantor Allê Martins, conhecemos o Recanto Sertanejo. Um ambiente tão simples quanto bom. Ponto de encontro de nordestinos e de gente que gosta de boa música. O dono é seu João, ou João Félix, autor daquela música: "...meu coração vira brasa / quando ela passa lá em casa / pra pegar água na bica..." lembra? Pois, seu João ainda compõe e canta muito bem. Estivemos lá duas vezes e nos deliciamos muito, trocando nossos versos pelas musicas deles:
Fenacordel: Um momento especial foi participar da 1ª Feira Nacional de Cordel e Cultura Popular, no Memorial da América Latina, coordenado pelo poeta João Gomes de Sá. Muito bom. Muita gente boa e, claro, declamações.
CTN: Aqui é que foi o auge. Passamos uma tarde inteira no Centro de Tradições Nordestinas, com palco e som ao nosso dispor. Os amigos Allê Martins, Fabrício e Pedro ajudaram muito cantando o melhor do sertanejo enquanto a gente bebia água e vendia discos. Excelente:
Colégios: Foi a vez de irmos aos colégios. Primeiro ao Marupiara, em São Paulo capital, e depois no Instituto Renascença, em Caçapava. Com crianças, não precisa nem dizer, né? Coisa linda. Emocionante:
Livro: E pra fechar, é Adalberto assinou contrato com a Editora Designe para publicação do cordel infantil "Real ou Imaginário: Circo é Diversão". Foi ou não foi bom demais?