segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Oficina Literária em Triunfo

setembro 30, 2013 Por Alexandre Morais Sem comentários
         Sábado (28/09) vivi mais um bom momento em Triunfo - PE. Passamos o dia na Fábrica de Criação Popular, mantida pelo Sesc, com professores de Triunfo e de Serra Talhada. Fomos da história à prática poética. Muito bom mesmo.
         Fechamos o dia com a turma produzindo versinhos. Os primeiros versos de todas elas.
         Agora que descobriram que são capazes, vão multiplicar os saberes e fazeres em salas de aula.
         É isso aí. Vejam isso aqui:



A oficina

Alexandre, o poeta
Com muita convicção
Apresentou o cordel
Cultura e informação

Nossa poesia tem
Normas a obedecer
Vamos todos, minha gente
Aprender a escrever

< Márcia e Diana >



Cordel

Cordel na sala de aula
Causa admiração
Motivando toda sala
A ler com dedicação

Poesia de cordel
Faz o aluno refletir
Permitindo entre os versos
Sua opinião surgir

< Célia Rejane e Alda Lima >

 Triunfo

Cida encantadora
Que vem pra lhe visitar
Vê em ti tanta beleza
Que quer logo aqui ficar

As festas são animadas
Tema careta e tradição
De clima ameno e agradável
É oásis do sertão

< Odete e Sheila >

Glosas do Danizete

setembro 30, 2013 Por Alexandre Morais Sem comentários


Danizete Siqueira não foi à Mesa de Glosas de Tabira (mora em Recife), mas pegou os alguns motes lançados, fez suas glosas e mandou para gente.
 
Fica difícil entender
Por que está sendo comum
Neste século vinte e um
Tanta seca aparecer
E ninguém nada fazer
Pra mudar nosso Sertão
Será discriminação?
Sendo assim ninguém tolera
ESTAMOS VOLTANDO À ERA
DA CACIMBA E CACIMBÃO.

Não digo que ela é devassa
Porque lhe tenho respeito
Mesmo eu não tenho o direito
De atacar ninguém de graça
Mas toda vez que ela passa
Provocando, eu digo a ela
És o texto eu, a panela
Seu fogo dar com meu gás
ELA É FOGOSA DEMAIS
MAS EU BAIXO O FOGO DELA.

Eu nasci pra ser roceiro
Nesse Sertão causticante
E do solo Bandeirante
Não vou sentir nem o cheiro
Vou morrer pajeuzeiro
Cultivando horta e pomar
E posso até viajar
Sequestrado ou foragido
SOU CATINGUEIRO ASSUMIDO
E A CAATINGA É MEU LUGAR.

Na feira do troca-troca
Nunca perdi pra ninguém
Troquei alpiste em xerém
Inhame por mandioca
Um cuscuz por tapioca
Um sabiá num sofreu
E um pavão que mãe me deu
Num pato e numa perua
EU TROCO O BRILHO DA LUA
NUM SIMPLES SORRISO TEU.

Danizete Siqueira de Lima – Recife (PE), 28/09/2013.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

terça-feira, 24 de setembro de 2013

setembro 24, 2013 Por Alexandre Morais Sem comentários
Cada um sendo o que é
Sem máscaras e sem cena
Já é mais que necessário
Pra vida valer a pena

< Alexandre Morais >

< Foto: Sebá Neto >

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A saga de três poetas em São Paulo

setembro 23, 2013 Por Alexandre Morais Sem comentários

                Lá atrás, não muito atrás assim, descobrimos que era possível fazer o que se gosta e abrir caminhos na vasta trilha da vida com a foice bem encabada da poesia. Depois nos encontramos. Aí um dia acreditamos que podíamos trabalhar juntos, porque Raul já tinha dito que sonhando junto fica mais fácil de virar realidade. Pois foi. Os capítulos foram muitos e não vamos lembrar todos agora.
Comecemos então pelo dia em que decidimos gravar um CD juntos, eu Zé Adalberto e Genildo Santana. Mandei um email gritando “BORA, BORA”. Era pra São Paulo que eu tava chamando. Pronto! Tudo conspirou a nosso favor. Antes disso, claro, já tínhamos uma história e um anjo da guarda perfumado até no nome: Rosa Cleide. Essa menina acha que a gente tem futuro. Acreditamos nela.
Aí gravamos o CD. Sabe como? Em Tuparetama, na casa de Adelmo Aguiar, que além de aturar a gente colocou toda trilha de viola. Wellington Rocha gravou tudo, enquanto Claudio Gomes e Wally Ricardo filmavam e fotografavam. A esta altura, Rayane Brito já tinha feito as fotos. Vê aí quanta gente a mais já tava acreditando em nós também.
Só sei que ficou pronto. Batizamos o CD de Retrato 3 por 3 partimos pra Recife. E aí começou a saga tratada no título. E aqui a história fica melhor porque passa a ser ilustrada.
Foi assim:


Viagem: A TAM quis atrapalhar, mas não conseguiu. Ridiculamente não deixou Zé embarcar porque na passagem constava o nome José Adalberto, sem sobrenome. Isso mesmo com o RG em mãos, o qual a própria empresa exigiu no momento da compra. Perdeu! Compramos outra e viajamos que a gente tinha mais o que fazer do que deixar a TAM tirar nosso entusiasmo.

Recepção: Em São Paulo fomos recepcionados por figuraça aí, de camisa vinho. É Geneildo, irmão de Genildo. No primeiro dia teve festa. E em todos os outros tambem. Família mais que boa. Nos prestaram toda atenção.

           Rádio: Em seguida fomos à Rádio Cumbica, participar do programa Viola de Canto a Canto. Programa maravilhoso com os poetas Zé Luiz, Alencar Henrique e Andorinha. Recitamos ao vivo e Apresentamos algumas faixas do CD. O poeta Erivaldo da Silva, que nos convidou e nos aguardava tambem no 7º Festival de Poetas Repentistas da Zona Leste de São Paulo, participou por telefone. Foi pra lá que nós fomos assim que saímos da rádio. Olha as fotos dos dois momentos aí, sendo a do palco feita pelo paraibano gente boa Sebá Neto, que conhecemos lá:




Viola: Aí a gente foi assistir à gravação do Programa Viola, Minha Viola, apresentado por Inezita Barroso e levado ao ar pela TV Cultura. Foi no Sesc Bom Retiro e se apresentaram as duplas Rick e Renner e Mococa e Paraíso. Muito bom. Este programa vai ao ar domingo, dia 29/09. Oh nos lá:


Sé: Dando um voltinha o centro, claro fomos à Sé. Praça e Catedral:



         Recanto: Levados pelo amigo, músico e cantor Allê Martins, conhecemos o Recanto Sertanejo. Um ambiente tão simples quanto bom. Ponto de encontro de nordestinos e de gente que gosta de boa música. O dono é seu João, ou João Félix, autor daquela música: "...meu coração vira brasa / quando ela passa lá em casa / pra pegar água na bica..." lembra? Pois, seu João ainda compõe e canta muito bem. Estivemos lá duas vezes e nos deliciamos muito, trocando nossos versos pelas musicas deles:



           Fenacordel: Um momento especial foi participar da 1ª Feira Nacional de Cordel e Cultura Popular, no Memorial da América Latina, coordenado pelo poeta João Gomes de Sá. Muito bom. Muita gente boa e, claro, declamações.


          CTN: Aqui é que foi o auge. Passamos uma tarde inteira no Centro de Tradições Nordestinas, com palco e som ao nosso dispor. Os amigos Allê Martins, Fabrício e Pedro ajudaram muito cantando o melhor do sertanejo enquanto a gente bebia água e vendia discos. Excelente:



            Colégios: Foi a vez de irmos aos colégios. Primeiro ao Marupiara, em São Paulo capital, e depois no Instituto Renascença, em Caçapava. Com crianças, não precisa nem dizer, né? Coisa linda. Emocionante:









         Livro: E pra fechar, é Adalberto assinou contrato com a Editora Designe para publicação do cordel infantil "Real ou Imaginário: Circo é Diversão". Foi ou não foi bom demais?

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Cordel do Administrador

setembro 13, 2013 Por Alexandre Morais Sem comentários

Minha homenagem aos administradores 
< Alexandre Morais >
 


Entre as tarefas difíceis

De se cumprir no labor

Vou em versos destacar

O administrador

O que tem como missão

Ser solucionador



Por ser um definidor

Tem que ser visionário

Ousar quando preciso

Recuar se necessário

Ter a mente de patrão

E a alma de operário



Seu rico dicionário

Só ação vem expressar

Pensar e desenvolver

Reunir, orientar

Arbitrar e dirigir

Relatar e encaminhar



É digno registrar

O seu censo de união

Harmonizar os setores

Dispor humanização

Para o crescimento mútuo

A razão da profissão



Exemplo para os que vão

Abraçar essa carreira

Eis o Patrono da classe

Mestre Belmiro Siqueira

Administrar, seu ofício

Competência a bandeira



Nessa pátria brasileira

Há um dia especial

Do administrador

Nobre profissional

É o nove de setembro

Seu dia nacional



Regionais e Federal

Há os Conselhos da classe

Necessários para quê

A profissão regulasse

Atuam pra que o setor

Por descontrole não passe



Pra que identificasse

Tão dinâmica função

Um símbolo foi criado

Com completa precisão

Setas ao centro e aos lados

Princípio e fins da ação



Por sua determinação

Qualidade incomum

Lhe é válido um lema

Que não é pra qualquer um

Sem administrador, não

Se vai a lugar nenhum