sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Elizabeth Teixeira, mulher marcada para morrer, ainda está aqui

janeiro 10, 2025 Por Alexandre Morais Sem comentários

Legenda: Cena de "Cabra Marcado para Morrer" (1984), documentário de Eduardo Coutinho
Foto: Reprodução


Do Diário do Nordeste

Por Xico Sá

   O sucesso de público e de crítica de “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles, levou muita gente a buscar ou rever outros filmes sobre o período da Ditadura no Brasil. Fui direto ao “Cabra marcado para morrer” (1984), documentário de Eduardo Coutinho, obra filmada na Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco, com uma história que revela como a repressão atingiu uma família do Nordeste envolvida com a luta no campo.

  No filmaço baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, a advogada Eunice, mãe do escritor, é personagem principal na peleja por Justiça e na defesa da memória do ex-deputado paulista Rubens Paiva, seu marido, desaparecido e morto pelos militares em 1971.

   No documentário de Coutinho, a professora paraibana Elizabeth Teixeira assume a luta de João Pedro, marido assassinado por policiais e capangas do latifúndio do Nordeste, em 1962, aos 44 anos de idade, à beira de uma estrada no município de Sapé (PB). João Pedro era um líder negro das Ligas Camponesas, movimento social em defesa dos sem-terra desde os anos 1950.

  Com 11 filhos, enfrentando a pobreza rural, Elizabeth sofreu violência por parte do poder militar, porém, seguiu na defesa da reforma agrária. Com o golpe de 1964, ela foi forçada a abandonar a causa e parte da família. Para escapar viva, espalhou dez filhos nas casas de parentes e desapareceu da sua região.

  Coutinho, que já havia iniciado as suas filmagens sobre as Ligas Camponesas, foi também forçado a paralisar tudo — alguns profissionais da sua equipe sofreram prisões. Elizabeth fazia o papel de Elizabeth, na companhia de trabalhadores rurais do engenho Galileia, a 50 km do Recife, local emblemático do drama pela terra no Brasil.

O diretor fez a retomada da sua obra-prima em 1981, depois da Lei da Anistia. O filme foi lançado em 1984, com as cenas iniciais e a história do reencontro de Coutinho com Elizabeth — estava no interior potiguar e usava o nome Marta Maria Costa — e outros personagens da vida real do país.

  “Cabra marcado para morrer” ganhou vários prêmios internacionais e consta em todas as listas de críticos sobre as melhores produções brasileiras de todos os tempos. Elizabeth Teixeira, uma das maiores brasileiras da história, ainda está aqui. Ela mora em João Pessoa e vai completar 100 anos em fevereiro. Todos os vivas do mundo para esta mulher extraordinária.

Geraldo Azevedo, 80 anos

janeiro 10, 2025 Por Alexandre Morais Sem comentários

 

Foto: Marcelo Ribeiro

   O pernambucano Geraldo Azevedo (foto) chega aos 80 anos neste sábado, 11 de janeiro.

   A pedido do G1 Petrolina (terra natal do cantor, músico e compositor), o Ecad apresentou a relação das 10 músicas dele mais tocadas nos últimos cinco anos. No topo da lista aparece Dona da minha cabeça. Em seguida, Taxi lunar e Dia branco.

  Vale o destaque porque Geraldo tem 220 músicas como autor da letra ou da música. Ou das duas. Aí vem quase 700 gravações de músicas diversas. Um patrimônio a altura da idade e do talento do baixinho.

  Veja abaixo a relação das 10 mais, com as respectivas autorias. E mais abaixo, assista e escute Dona da minha cabeça, a campeã de audições.

  1. 1- Dona da minha cabeça - Fausto Nilo / Geraldo Azevedo
  2. 2- Táxi lunar - Geraldo Azevedo / Zé Ramalho / Alceu Valença
  3. 3- Dia branco - Renato Rocha / Geraldo Azevedo
  4. 4- Moça bonita - Capinan / Geraldo Azevedo
  5. 5- Chorando e cantando - Fausto Nilo / Geraldo Azevedo
  6. 6- Vida cigana - Geraldo Azevedo / Xico Chaves
  7. 7- Caravana - Geraldo Azevedo / Alceu Valença
  8. 8- Você se lembra - Fausto Nilo / Pippo Spera / Geraldo Azevedo
  9. 9- Bicho de sete cabeças (vocal) - Renato Rocha / Geraldo Azevedo / Zé Ramalho
  10. 10- Sabor colorido - Geraldo Azevedo


domingo, 5 de janeiro de 2025

Desvendando Beatriz

janeiro 05, 2025 Por Alexandre Morais Sem comentários

  


Do IMMuB
Por Túlio Vilaça

   Qual será a mais perfeita canção brasileira já composta? Já vi diversas listas, rankings e votações, com resultados diversos e em geral meio disparatados, já que não há meio de haver um critério objetivo para isso. Já vi saírem vencedoras “Carinhoso”, de Pixinguinha e Braguinha, que o próprio Pixinguinha não considerava tão boa por ser um choro sem a tradicional terceira parte; “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim Vinicius de Moraes, que é sim a canção brasileira com mais gravações; e em 2009, a revista Rolling Stone Brasil fez sua lista, cravando “Construção”, do Chico Buarque, em primeiro lugar.

   Pois eu vou discordar de todas estas classificações. A mais perfeita canção brasileira já feita chama-se “Beatriz”, de Chico, mas sobre a melodia de Edu Lobo. E vou defender este ponto sob os critérios mais objetivos possíveis de análise musical. O que evidentemente é muito pouco, porque não é em termos objetivos que uma obra de arte alcança o público, e mesmo a maior perfeição técnica pode soar vazia. Mas, ainda assim, é por meio do domínio técnico que o artista atua: a emoção de quem assiste ou ouve é fruto de uma organização de sentidos com suas regras próprias - inclusive para serem eventualmente quebradas.

   Beatriz é parte da trilha sonora do balé “O grande circo místico”, de Edu e Chico, criado para o Balé Guaira, sob direção de Naum Alves de Souza, a partir do poema homônimo de Jorge de Lima. O álbum da trilha foi lançado em 1983, com vários intérpretes, e a interpretação soberba de Milton Nascimento para Beatriz, acompanhado pelo piano de Cristóvão Bastos e as cordas arranjadas por Chiquinho de Morais. Edu, ao falar sobre o a composição de Beatriz e do musical, conta de sua admiração sobre a letra de Chico e um pouco do processo de composição:

   "Chico ia completando as outras letras e deixando essa, que chamávamos de 'valsona', para depois. Parecia que não conseguia fazê-la. Um dia, sugeri a ele que fizesse uma letra sobre a reação do público diante do artista de circo, sempre em dúvida se era desse jeito, se era daquele outro, se era bom, se era mau, como costuma acontecer com certas plateias. Na mesma hora ele me disse que ia para casa cuidar da 'valsona'."

  No dia seguinte, conta Edu, Chico chegou com a letra pronta, sem necessidade de ajustes. E Edu sempre conta também de sua admiração ao notar, dias depois, do preciosismo de Chico ao colocar a palavra céu sempre na nota mais aguda da canção, enquanto a palavra chão corresponde à nota mais grave - esta cantada apenas uma vez, na parte B. Mas este é apenas um dos detalhes das relações entre letra, melodia e harmonia de Beatriz, assim como o ponto de partida do poema de Jorge de Lima é apenas uma de suas intertextualidades.

   A segunda não deixa de ser também bastante evidente: a substituição do nome da equilibrista que no poema é a fundadora da dinastia de circo Knieps, de Agnes para Beatriz, além de facilitar a rima, estende a referência à musa de Dante Alighieri em sua viagem do Inferno ao Céu na “Divina Comédia” - por sinal, referendada na última estrofe da letra. A passagem da equilibrista para esta condição na verdade transpõe para ela características que no poema original são de suas tetranetas gêmeas, Marie e Helene. A visão mística das duas virgens incorruptíveis que se apresentavam nuas em contorcionismos espantosos no poema adquire uma sublimidade típica do romantismo na canção.

  Luiz Tatit, no seu método analítico da canção popular, estabelece duas coordenadas em um plano cartesiano (na verdade não exatamente, pois seu método é muito mais complexo que isto. Mas estas duas características fundamentais se prestam a serem cruzadas): em uma, a altura da nota, que adquire maior tensão quanto mais vai ao agudo e menos ao se dirigir à região grave; a outra, a velocidade rítmica da entoação das notas, sendo mais rápida sugerindo movimento, ação, e mais lenta, com notas mais estendidas, levando à sentimentalização (de resto, características partilhadas em comum com toda palavra cantada, vide a dicotomia recitativo/ária na ópera).

   Mas uma canção não é um ente bidimensional, e portanto há mais um eixo neste plano cartesiano além do x e do y. O eixo z é o da harmonia. A harmonia tonal, compartilhada por todo o Ocidente e base da canção popular, é baseada também em uma dicotomia, repouso/instabilidade. O acorde da tonalidade sugere imobilidade, enquanto o da dominante indica a ação - e conduz à tônica. Acordes de repouso e tensão se sucedem contando uma história paralela à letra e indicando muitas vezes o real significado das notas da melodia, que, conforme a harmonia que soe sob si, podem significar problema ou solução, alegria ou tristeza, meio ou fim.

   Beatriz é uma canção composta sob a égide pós-bossa-nova, privilegiando a harmonia. Mas mais que isso, a escola composicional de Edu Lobo é filha dileta da de Tom Jobim, este influenciado por Villa-Lobos, e todos por suas vezes influenciados pela corrente impressionista da música de concerto, em especial Debussy, em que harmonias semoventes assumem o protagonismo sobre melodias frequentemente estacionárias. Paulo da Costa e Silva estende esplendidamente esta análise neste artigo.

   Edu não chega, como Tom, a estabelecer aqui uma melodia estacionária. Ao contrário, a de Beatriz é finamente desenhada. A estrutura da canção é um clássico AABA: as estrofes A se organizam num desenho que ascende aos poucos, da tônica em direção à dominante - do chão ao céu, da estabilidade ao desequilíbrio, como a moça no arame. Todas terminam com a frase “E se eu pudesse entrar na sua vida”, encerrada no acorde da dominante, mas sem conduzir à tônica. A estrofe termina em suspenso, com o desejo não cumprido, a pergunta não respondida. A harmonia determina e reforça a significação da letra.

   A parte mais aguda da canção, em que Chico encaixou a palavra “Céu”, acontece justamente logo após a metade, quando a tensão da interpretação se radicaliza num paroxismo de indagações sobre a atriz. Tomemos as três estrofes A para compará-las, a primeira:

Olha / Será que ela é moça / Será que ela é triste
Será que é o contrário / Será que é pintura / O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu / Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel / E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha / Será que é de louça? Será que é de éter
Será que é loucura / Será que é cenário / A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu / E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel / E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha / Será que é uma estrela / Será que é mentira
Será que é comédia / Será que é divina / A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu / E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu / E se eu pudesse entrar na sua vida

   Os seis primeiros versos, que aqui agrupei em duas linhas, fazem a ascensão aventando crescentemente a constituição etérea do rosto, da casa, da vida (ops, não é a vida. Falaremos disso adiante) que culmina, nas três estrofes A, na palavra “Atriz” - esta afirmativa, no acorde da tônica e na nota fundamental, só que na região aguda, como se as luzes do picadeiro se acendessem todas sobre ela. Os dois versos seguintes constituem o devaneio que busca adivinhar como é a vida da atriz fora do palco, mas sempre imaginando uma vida condizente com a fantasia do palco, enquanto a melodia anda em círculos na região aguda; e no penúltimo verso, acontece uma possibilidade de volta à realidade: e se não é assim? E se na sua vida particular ela é outra, sem relação com a que brilha sob as luzes? Acompanhando a perspectiva de uma desilusão, a melodia desce de volta à terra, preparando para o desejo final nunca atendido.

   Mas ainda temos a parte B, a terceira estrofe. E nesta, a estrutura formal estrita e organizada das demais vai pelos ares.

Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz, ai
Diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

  Na parte B de Beatriz, não é mais Chico nem Jorge de Lima que falam, é o próprio Dante que pede para ser conduzido como na Divina Comédia. E nela, melodia e harmonia são viradas pelo avesso: além da já mencionada palavra “Chão” na nota mais grave, que ocorre somente aqui, ao contrário do “Céu” nas partes A que se repete, ocorrem modulações em sequência que levam a canção para um território totalmente diferente. É como se, num roteiro diferente do dantesco, depois de visitar o céu, houvesse uma visita às possibilidades do inferno, para depois poder voltar a vislumbrar o céu na última estrofe.

   A harmonia desta estrofe parte da dominante que encerra a parte B, indicando um desequilíbrio. Porém, ao invés de voltar à segurança da tonalidade, como ocorreria em caso de repetição da parte A, o que acontece é um mergulho no desconhecido: da dominante, o próximo acorde sobe meio tom, passando ao sexto grau menor da escala original. Este acorde é o novo chão - e é sobre ele que esta palavra será entoada -, mas por pouco tempo: imediatamente depois a harmonia passa a escorregar por acordes dominantes de diversos tipos, em sequência, muitas vezes em distâncias de semitom. O chão se move sem cessar, e, como a letra acabou de dizer, não é possível andar com os pés no chão.

  E então o verso “Para sempre é sempre por um triz” surge no quarto grau desta nova tonalidade, instável numa tonalidade instável, e em seguida a melodia, caprichosamente, sobe mais meio tom, como quem dá mais um passo na direção do abismo - e a harmonia acompanha este passo em um acorde suspenso que conduz ainda a uma outra tonalidade. Os dois últimos versos irão caminhar como que à deriva, sem rumo certo, perdidos da tonalidade inicial e como que em direção a um beco sem saída, consumado no fim da frase “Diz se é perigoso a gente ser feliz”, que termina sobre um acorde de dominante menor da tonalidade original, mas que aqui tem função totalmente diferente. Mas que, tornado maior em seguida, abre uma porta a esta altura totalmente inesperada para a volta ao tom, à parte A, à segurança. Beatriz conduziu o eu lírico da canção por um labirinto - perdão, esta é Ariadne - por perigos e desastres, devolvendo-o, incólume, ao fim de seu número.

   Mas ainda não acabou. Porque, em 2023, Chico decidiu-se por uma mudança na letra. Na volta à parte A, no verso A vida da atriz, a palavra “Vida” foi substituída por “Sina”. Tecnicamente, a mudança faz todo o sentido: primeiro, por passar a proporcionar uma rima interna com a palavra “Divina”, que encerra o verso anterior; e segundo, porque Chico termina todas as estrofes da parte A com a palavra “Vida”, e portanto, sua repetição ainda uma vez no interior da mesma estrofe a enfraquece, banalizando o termo ao antecipá-lo, em vez de guardá-lo para o verso que foi preparado ao longo de toda a estrofe.

   Mas há ainda a debater a inevitável mudança de significado acarretada pela troca de uma simples palavra. Vejamos: a cada uma das estrofes/parte A, o mesmo lugar da palavra vida/sina é ocupado por um dos aspectos da atriz/equilibrista que o eu lírico deseja conhecer melhor: o rosto, a casa, e finalmente, a vida/sina. Não há dúvida de que, no crescendo realizado por estas palavras, vida é um final consistente para este arco de significações. Só que, como notamos, a própria estrofe tem seu arco particular, que também termina na palavra “Vida”, só que em outro ponto.

  Então, não se trata apenas de uma repetição de palavra, mas de significado mesmo: logo após dizer que quer conhecer a vida da atriz, o eu lírico diz isso novamente, e logo no encerramento da canção. Esta reiteração poderia ser interessante se programada, mas ela ocorre acidentalmente, e com isso uma enfraquece, ainda que minimamente, a outra. Já a inclusão da palavra “Sina” muda a direção do encerramento de um dos arcos, e assim eles deixam de colidir.

  Finalmente, se a palavra “Vida” parece bem ampla, “Sina” consegue ser ainda um pouco mais, pois aponta para o futuro. Há um redirecionamento no questionamento: agora, o eu lírico quer entrar na vida da atriz para desvendar seu destino. Trata-se de uma ampliação de significado. Além disso, diante dos penúltimos versos das partes A anteriores (“E se ela só decora o seu papel / E se ela chora num quarto de hotel”), a possibilidade de uma sina não tão feliz para a atriz surge como uma possibilidade real. A pergunta então se abre para o trágico, de uma forma que a palavra vida não permitia. Se a vida da atriz é inacessível a seu público e a seu apaixonado, sua sina é inacessível também para si mesma.

  Edu Lobo brincou, depois da mudança, que Beatriz acabou levando 30 anos para ser finalmente terminada. Na minha modesta opinião, já era antes disso a mais perfeita canção da música brasileira, por todas as suas relações internas que se multiplicam e potencializam umas às outras em significados. Mas o tempo mostrou que mesmo a perfeição pode ser aperfeiçoada. Difícil dizer se isto vale para Beatriz, a musa, mas certamente valeu para Beatriz, a canção.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Festas em São José do Egito

janeiro 02, 2025 Por Alexandre Morais Sem comentários

   Tem gente que aguarda o ano inteiro pra rumar pra São José do Egito - PE na primeira semana do ano. A cidade vira um grande palco cultural com a vivência da Festa de Louro, homenagem ao repentista Lourival Batista, o Louro do Pajeú.

   Louro fazia aniversário em 6 de janeiro e era tradição receber poetas e artistas para comemorar. De tanta gente, a festa ganhava a rua e virava um espetáculo público.

   A movimentação aumentava porque a data também é o Dia de Reis, data religiosa comemorada oficialmente pelo município. Este ano, mais do que a data, as programações também combinam. A prefeitura caprichou na programação tradicional e criou o Pátio Cultural, dando um ar muito mais identitário à festa.

   Veja as programações abaixo.









sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Itapetim realiza hoje o tradicional Festival de Violeiros

dezembro 27, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários


   Acontece hoje (27) o tradicional Festival de Violeiros de Itapetim - PE. Esta é a 24ª edição do evento. 
As apresentações começam às 20h, na Praça Poeta Rogaciano Leite, com acesso livre. 

   As duplas concorrentes são Ivanildo Vila Nova e Rogério Menezes, Diomedes Mariano e André Santos, Biu Dionísio e Zé Carlos do Pajeú e Afonso Pequeno e Raimundo Caetano. A dupla Fernando Emídio e Val Pimenta faz apresentação especial e Alexandre Morais será o declamador. A apresentação fica por conta de Zé Adalberto e Izabela Ferreira. Ao final haverá show com César Amaral.

   A realização é do Governo Municipal, por meio da Secretaria de Cultura.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Alexandre Morais e Lindomar Sousa no programa Prosa de Mestre

dezembro 26, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários


  O programa Prosa de Mestre é conduzido pelo Poeta Repentista Edmilson Ferreira. É transmitido ao vivo pelos canais do Poeta no Youtube (Mestre do Repente) e no Facebook (edmilsonrepentista).

  Na última segunda-feira (23) foi realizada a edição de 241. Os convidados foram o Poeta Alexandre Morais e o músico e cantor Lindomar Sousa. Bom papo, música e poesia. Vale a pena conferir.

  Confira o programa na íntegra clicando a imagem acima.

sábado, 21 de dezembro de 2024

Flores celebra Moacir Santos

dezembro 21, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários

Foto: Fábio Seixo/7-03-2001

   A cidade de Flores será palco de um evento especial neste sábado (21). O 2º Experimento Colaborativo da Rede Criativa do Pajeú promete encantar o público com uma homenagem emocionante ao grande maestro Moacir Santos (foto), conhecido como o “Ouro Negro do Pajeú”.

   O encontro será das 15h às 21h, na Rua Siqueira Campos, em frente à Escola de Música Petronilo Malaquias. O evento celebra a genialidade de Moacir Santos, que projetou o Pajeú para o mundo, evidenciando a riqueza cultural e artística da região.

   Com o apoio do Sebrae, Territórios Empreendedores e IADH, a programação promete momentos de emoção e reflexão sobre o legado de Moacir, além de valorizar a criatividade local e o empreendedorismo.

  Moacir Santos deixou uma contribuição inestimável para a música brasileira e internacional. O evento será uma oportunidade de reviver sua obra, resgatar suas raízes e transmitir seu legado às futuras gerações.

  Para a organização, o 2º Experimento Colaborativo é mais do que uma homenagem. É um momento de celebração da identidade cultural do Pajeú, conectando a comunidade ao que há de mais valioso: suas raízes e histórias.

Antonio Marinho declamando em Afogados da Ingazeira

dezembro 21, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários


Há 10 anos -  Recital do Poeta Antonio Marinho, no 7º Pajeú em Poesia, realizado em 25/12/2014, na calçada da igreja matriz de Afogados da Ingazeira - PE. Imagens de Thadeu Filmagens.

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Caixa com fotos de antigas namoradas inspirou música de Toninho Geraes que, segundo decisão judicial, foi plagiada por Adele

dezembro 17, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários

Foto: Cris Gomes/Divulgação

 Do G1

   Uma caixa com fotos de antigas namoradas inspirou a canção "Mulheres", de Toninho Geraes. A música, de 1995, foi sucesso principalmente nos anos 90 na voz de Martinho da Vila, mas já teve várias regravações.

   Uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro do último dia 13 entendeu que a canção foi plagiada pela britância Adele e determinou que ela fosse retirada de streamings, sob pena de multa diária em caso de descumprimento.

  A história sobre a velha caixa de fotos foi contada por Toninho em várias entrevistas. Ao programa Sr. Brasil, de Rolando Boldrin, na TV Cultura, em 2012, ele afirmou que, depois de uma sessão de composições fracassada dedilhando o cavaquinho, decidiu procurar o telefone de um empresário dentro da tal caixa.

  Uma caixa com fotos de antigas namoradas inspirou a canção "Mulheres", de Toninho Geraes. A música, de 1995, foi sucesso principalmente nos anos 90 na voz de Martinho da Vila, mas já teve várias regravações.

  Uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro do último dia 13 entendeu que a canção foi plagiada pela britância Adele e determinou que ela fosse retirada de streamings, sob pena de multa diária em caso de descumprimento.

  A história sobre a velha caixa de fotos foi contada por Toninho em várias entrevistas. Ao programa Sr. Brasil, de Rolando Boldrin, na TV Cultura, em 2012, ele afirmou que, depois de uma sessão de composições fracassada dedilhando o cavaquinho, decidiu procurar o telefone de um empresário dentro da tal caixa.

Conteúdo do próprio

  Veja abaixo uma vídeo da música de Adele, publicado em 2022, no canal Witch Music. A letra é bem diferente mas a música!



segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Poema O que vale é ter valor

dezembro 16, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários


 Poema O que vale é ter valor, de autoria de Alexandre Morais, recitado por ele mesmo

Triunfo sedia Feira Literária

dezembro 16, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários


    A ‘1ª Feira Literária Germinar – Triunfo das Letras’ vai reunir escritores, artistas, editoras e público para debater literatura, lançar livros e participar de várias outras atividades. O evento acontece entre os dias 20 e 22 deste mês no Pátio de Eventos Maestro Madureira e em vários locais da região central da cidade sertaneja.

   Promovida pela Editora Germinar, a feira pretende destacar não apenas a produção literária local, mas também fomentar o diálogo entre o tradicional e o contemporâneo, valorizando a identidade cultural pernambucana.

   A programação intensa é de tirar o fôlego, incluindo oficinas, workshops, palestras, exposições literárias, apresentações culturais, feira de artesanato e estandes de vendas. A festa literária pretende refletir a diversidade e a força da cultura sertaneja, criando um espaço de aprendizado, troca e celebração para leitores de todas as idades.

  Entre os destaques da programação estão exposição e lançamentos literários com autores como Paulo André Moraes Pires com o livro “Memórias de um motorista de turnês” e Lucivaldo Ferreira, que relança a obra “Instantâneos”. O público também será contemplado com a palestra da pesquisadora Diana Rodrigues abordando o tema “A vida missionária de Frei Ibiapina com as mulheres na Casa de Caridade”.

  “A Feira Literária Germinar é uma iniciativa pioneira no Sertão do Pajeú, buscando promover a democratização do acesso à cultura e estimular o protagonismo de autores e artistas locais”, destaca Júlio César Fabrício, diretor da Editora Germinar e curador do evento. “Mais do que um festival, é um convite para refletir sobre a preservação das tradições culturais, incentivando o público e as empresas a apoiarem iniciativas que mantêm viva a identidade do nosso povo”, conclui.

PROGRAMAÇÃO

Dia 20 – Sexta-feira

Palestra
“Transformando traumas de infância em sucesso”
Com Lourdes Queiroz
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 9h

Exposição
“Sertão: estêncil e poesia”
Com Mariane Alves
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 9h

Oficina
“Tessituras de novas-antigas escrevivências no Sertão do Pajeú”
Com Janaína Ferreira
Local: Fábrica de Criação Popular
Horário: 10h

Performance
Poeta Islan e Forró Pé de Rabeca
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 10h30

Workshop
“Desafios da ilustração editorial: um olhar em aquarela”
Com Anacah
Local: Casa Pankararu
Horário: 15h

Lançamento
Caixa de cordéis e contação de histórias
Com Elis Almeida
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 17h às 19h

Dia 21 – Sábado

Palestra
“Resquícios indígenas no Pajeú”
Com Luiz Pankará
Local: Biblioteca Municipal de Triunfo
Horário: 9h

Oficina
“Reinventando cores: a pintura como arte da reciclagem”
Com Juh Arttes e Jefferson Pedro
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 10h30

Palestra
“Quebrando correntes: editoras independentes e a renovação da literatura”
Com Sabrina Carvalho e Bella Labanca
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 15h

Lançamento do livro
“Música extrema em deba(r)te: saberes e práticas marginais”
Com Guga Burkhardt
Local: Casa Pankararu
Horário: 15h

Recital de Poesias
Com as integrantes do Sarau Pantim
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 15h30

Palestra
“A vida missionária de Frei Ibiapina com as mulheres na Casa de Caridade”
Com Diana Rodrigues
Local: Casa do Artesão
Horário: 16h

Workshop
“O Caminho da Harmonia: Aikidô e a arte de escrever com o corpo”
Com o sensei Wilson Tenório
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 17h

Oficina
“Versos em movimento”
Com Elis Almeida
Local: Pelas ruas de Triunfo
Horário: 8h30

Lançamento 1
Cordel “A peleja da Veinha com o Careta”
Com Jéssica Caitano e Bruna Florie
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 15h

Lançamento 2
Livro “Poetizando com a Betty: palavras que vêm do coração”
Com Elizabete Nunes
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 10h

Lançamento 3
Livro “Desamor: um nó para se desatar”
Com Sebastião Araújo
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 9h

Dia 22 – Domingo

Lançamento 1
Livro “Memórias de um motorista de turnês”
Com Paulo André Moraes Pires
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 16h

Lançamento 2
Livro “Instantâneos”
Com Lucivaldo Ferreira
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 16h

Shows
Espetáculo “Caminhos”
Com o Palhaço Sequinho (Pedro Milhomens)
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 18h

Treca Euforia
Com Caretas femininas de Triunfo
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 18h