sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
Ademar Rafael - Crônicas de Bem Viver
Ademar Rafael |
O incansável pesquisador e escritor Fernando Pires, funcionário aposentado do Banco do Brasil e internauta desde os primórdios da rede mundial dos computadores, entrega para esta e para as gerações futuras uma obra digna de todos os adjetivos de qualidade. O livro “Afogados da Ingazeira – Páginas da sua história” integrará o rol das publicações obrigatórias em todas bibliotecas que queiram informar com exatidão os fatos históricos da região em horizonte temporal distante. É uma obra candidata a seguir o caminho do sucesso obtido com “Afogados da Ingazeira – Memórias.”
Deixar de ler este livro é abdicar do direito de conhecer nossa história, inteligentemente ordenada, descrita em formato claro e fidedigno. O autor, com a ética que o caracteriza, conta os fatos como eles aconteceram, as “Notas do Autor” sevem para clarear o tema, jamais alterar seu conteúdo.
Flávio Leandro - Pra mim, 2022 será o ano da ressignificação!
Filme produzido no interior da Paraíba vence Festival Internacional de Cinema Infantil
“A Botija é uma tentativa de fazer um resgate histórico da cultura da oralidade que vem se perdendo ao longo do tempo, dessa forma mantendo viva a tradição de propagar conhecimentos presentes no imaginário popular por meio de narrativas e produções culturais”, falou a diretora.
A animação foi produzida a partir de contemplação na lei Aldir Blanc e a produção foi apoiada pela Prefeitura Municipal de Boa Vista/PB por meio da Secretaria de Educação, Turismo, Cultura e Desportos. A produtora responsável pelo filme foi a Black Raven.
Com produção de Flávio Alex Farias, dublagem de Rebeca Soares e Rou Tavares e ilustrações do boavistense William Andrade, ‘A botija’ em seu enredo conta a história de Lavínia, uma menina muito curiosa, que viaja no tempo através das memórias do seu avô. Nesse episódio, Manoel conta a história de um homem que se aventura em busca de uma botija que recebeu em sonho.
“Aproveito para destacar a importância da participação da animação em um festival desse porte, uma vez que a produção consegue uma propagação mais abrangente. Na verdade, não há palavras que consigam expressar fielmente a sensação que essa vitória nos trouxe, então, gostaria apenas de agradecer imensamente a toda equipe que fizeram um excelente trabalho ao dar corpo, voz e vida ao roteiro”, conclui Menara.
Copiado de https://www.pbagora.com.br/noticia/cultura/filme-produzido-no-interior-da-paraiba-vence-festival-internacional-de-cinema-infantil/
O eterno acordeon de Sivuca
Ao ter seu primeiro contato com a sanfona, aos 9 anos de idade, Sivuca não demorou muito para encontrar ali sua verve artística, pois já era um nome presente em feiras e festas populares, o que o levou a se mudar para Recife aos seus 15 anos, onde trabalhou na Rádio Clube de Pernambuco e recebeu o apelido de Sivuca.
Assim, as portas para o sanfoneiro seguiram se abrindo, e logo em 1951 veio a lançar uma de suas clássicas faixas, ‘Adeus, Maria Fulô’, canção que compôs junto de, a esse momento seu mestre, Humberto Teixeira, se tornando um marco para o baião no país.
Ao morar em Nova Iorque por um período que perdurou de 1964 a 1976, Sivuca, que se encontrava em uma crescente visibilidade, encontrou a possibilidade de desconstruir a visão da música clássica frente ao acordeon nos espaços dos conservatórios, pois até então era visto apenas como uma forma de matar a solidão dos fazendeiros, não interagindo com a sonoridade da elite.
Tal feito levou o arranjador e multi-instrumentista a trabalhar para nomes como Miriam Makeba, assumindo sua direção musical, e Harry Belafonte, que apesar do grande impacto para sua carreira, Sivuca não se via confortável para fazer aquilo que sabia, que era tocar a música de sua terra, o sentimento do nordeste.
Foi então que o acordeonista conheceu sua companheira Glória Gadelha, elo que o trouxe de volta para solos brasileiros, material e espiritualmente, o presenteando com a composição de uma das jóias do forró brasileiro, ‘Feira de Mangaio’, canção que explodiu na voz de Clara Nunes!
Sivuca viveu com o coração em festa, levando sua feliz sanfona estrada afora, e hoje, 15 anos de sua passagem, sua imagem permanece entranhada dentro da música brasileira, como quem inseriu o acordeon como instrumento presente na cultura popular, e que foi capaz de sentimentar em forma de som a riqueza de suas raízes!
Para além da música, Sivuca enalteceu a cultura regional nordestina, e confrontou toda forma de negligência que a sanfona sofria dentro do cenário da música clássica e internacional, colocando o ‘instrumento do mato’ para dentro de conservatórios de música do mundo!
Copiado de https://immub.org/noticias/o-eterno-acordeon-de-sivuca
quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
A amizade e Feliz Ano Novo
Maciel Melo / Foto: Claudio Gomes
A amizade
Os verdadeiros amigos
não guardam rancores,
mágoas, nem desafetos,
e muito menos avareza.
Os verdadeiros amigos
guardam saudades,
lembranças de momentos sublimes, e mesmo distantes mantém o laço afetivo de uma grande amizade.
Os verdadeiros amigos acreditam na coletividade, na amplidão do ser, no poema que sonha, que ri e que chora, no tesão do agora, no amargo-doce de amar a vida. Os verdadeiros amigos não deixam nada pra depois.
Os verdadeiros amigos não nos esquecem jamais.
Maciel Melo.
Um feliz ano novo pra você, e todas as pessoas que você ama.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2021
Versos de Saudade - Alexandre Morais
Saudades
Versos de Alexandre Morais
Artes de Marcos Pê
Muitas mulheres me amaram
E eu também as amei
Mas por razões que eu não sei
Todas me abandonaram
Umas até retornaram
Mas por virem sem vontade
Foram com facilidade
E por esse vai e vem
Fiz do peito um armazém
Pra empaiolar saudade
Algumas, algumas vezes
Voltaram mais de uma vez
Com muitas fiquei um mês
E com poucas fiquei meses
Mas meus costumes burgueses
Eram pobres na verdade
E o banco da mocidade
Empresta, mas faz cobrança
Fiz do peito uma poupança
Pra depositar saudade
De apaixonado eu fiz fama
Mas no amor só sofri
E saudades já senti
Três vezes da mesma dama
Se ia, ficava o drama
Ao voltar, com falsidade
Trazia só a metade
Da que veio no começo
Fiz do peito o endereço
Da morada da saudade
A saudade é troço ruim
Pesado de carregar
Poucos podem suportar
E muitos pedem o fim
Quem veio por onde eu vim
Sofreu seca e tempestade
E sabe que a liberdade
Não é mar é uma ilha
Fiz do peito uma rodilha
Para o pote da saudade
Nessa vida o que se planta
Nem sempre é o que se colhe
Por mais que se adube e molhe
Tem talo que não levanta
Como eu, quem se encanta
Com beleza e quantidade
Esquece da qualidade
E foi não foi quebra a cara
Fiz do peito uma coivara
Com garranchos de saudade
Quando só na noite fria
Ainda escuto o barulho
Que o silêncio do orgulho
Grita na mente vazia
Comprei tudo que eu queria
Mas vendi a lealdade
Comparado à mocidade
Quem foi moto hoje é lambreta
Fiz do peito caderneta
Pro fiado da saudade
Como autêntico boêmio
Em bares eu fiz pernoite
E enquanto existisse noite
Uma taça era o meu prêmio
Agora sofro abstêmio
No balcão da crueldade
E o prêmio é uma grade
Que o coração rodeia
Fiz do peito uma cadeia
Para aprisionar saudade
Na igreja eu pouco fui
Nunca pisei num altar
Porque pensava: casar
Em nada nos evolui
Mas a casa quando rui
É outra a realidade
E solidão quando invade
A roda roda ao contrário
E eu fiz do peito um rosário
Só com contas de saudade
domingo, 26 de dezembro de 2021
Pelejas do Pajeú marcam os últimos lançamentos da Cepe Editora em 2021
Por Cleide Alves
Na
próxima quinta-feira, dia 30, a Cepe Editora lançará no município de Itapetim, Sertão de
Pernambuco, três
títulos que evidenciam
a produção poética nordestina. Dois deles saem pela Coleção Pajeú e remetem a
nomes referenciais do repente, cujos centenários de nascimento são comemorados
em 2021: Pedro
Amorim (O Poeta dos Vaqueiros)
e Dimas
Batista (Obras Poéticas). O terceiro
livro,
O Aventureiro
e o Boêmio, tem
coautoria do professor
do Departamento
de Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Marcos Nunes e do escritor e advogado Raimundo
Patriota, filho de Louro do Pajeú. O lançamento acontece às
19h, na Praça Rogaciano
Leite, dentro
das comemorações do aniversário da cidade, que completa 68 anos
dia 29.
O amor, o vaqueiro aboiador, a vida no Sertão, a saudade dos pais falecidos e a tristeza pela morte prematura de uma filha serviram de mote para Pedro Amorim escrever as poesias e os sonetos que compõem O Poeta dos Vaqueiros, agora relançado pela Cepe Editora. Nascido em Desterro (PB), em 18 de setembro de 1921, Pedro Vieira de Amorim migrou para Itapetim (PE) ainda criança, onde faleceu em 2011. Tinha na agricultura sua atividade principal, mas era famoso pelas poesias, cantorias e o bom humor.
Com
116 páginas, o livro está dividido em duas partes: a primeira tem 18 poesias e
a segunda, 12 sonetos. O Poeta dos Vaqueiros,
publicado originalmente em 1988, ganha nova impressão com acréscimos de versos
que Pedro Amorim fez depois, muitos ainda sob o impacto da perda da filha
Cléfira. “Meu pai tinha como sonho a reedição deste livro”, informa Bartira
Amorim, em nota de agradecimento na abertura do título.
“O Poeta dos Vaqueiros é a
revelação criadora do seu mundo sertanejo, vaqueiro e poeta. Seus versos têm a
sonoridade do aboio dos vaqueiros e a virilidade da voz do Sertão”, destaca o
advogado José Rabelo de Vasconcelos, no prefácio.
Obras
Poéticas - Vindo de
uma tradicional família de cantadores, irmão de dois outros nomes estelares da
poética sertaneja (Lourival/Louro do Pajeú e Otacílio), Dimas Batista é
homenageado pela Coleção Pajeú com a coletânea Obras
Poéticas.
Cantador, violeiro e repentista admirado por artistas e intelectuais, como
Alceu Valença e Ariano Suassuna, foi considerado um metrificador de raro
talento e o mais erudito entre os poetas populares.
“Atrevo-me
a reputá-lo como o poeta mais caprichoso que Itapetim ofereceu ao mundo até a
atualidade. Seu verso era lapidado, feito sob uma medida ímpar, farto em rima e
rico em oração, tal era seu capricho na escultura da estrofe”, destaca no
prefácio o advogado,
poeta e pesquisador itapetinense Saulo Passos.
Dimas Batista nasceu no povoado das Umburanas,
hoje Itapetim, em 21 de julho de 1921. Começou na cantoria aos 15 anos de
idade, por mais de 15 anos ganhou o mundo e fez fama com sua arte, sendo
vencedor em todas as contendas que participou. Conviveu, fazendo duplas, com
nomes fundamentais da chamada “Era de Ouro” da poesia popular nordestina.
Grande mestre, tinha predileção por alguns gêneros poéticos, como o martelo, o
galope à beira-mar e o quadrão trocado, considerado um dos mais difíceis, além de grande
glosador.
Aos 50 anos de idade, formou-se em Letras,
cursou ainda Direito e Pedagogia. Falava com fluência inglês, francês e
espanhol. Abandonou a viola e se tornou professor de literatura e língua
portuguesa. Com 265
páginas, o livro Obras Poéticas, Dimas Batista reúne mais
de 40 textos, entre poesias, sonetos, versos e trechos de livros publicados
ainda em vida. Dimas Batista faleceu aos 65 anos, em Fortaleza, vítima de um
acidente vascular cerebral, e foi sepultado em Tabuleiro do Norte (CE), onde
residia com
a família.
Pinto
Velho do Monteiro nasceu em 1895, a 21 de novembro, na então Vila do Monteiro,
na Paraíba. Exerceu várias profissões, em diversas regiões. Foi vaqueiro,
soldado de Polícia, guarda do serviço contra a malária no Norte do país,
auxiliar de enfermagem e vendedor de cuscuz no Recife, antes de se
fixar na viola.
Já Lourival
Batista Patriota, o Louro do Pajeú, nasceu em 1915, a 6 de janeiro, na Vila de
Umburanas, hoje Itapetim. No prefácio, o poeta Joselito Nunes descreve os companheiros
de tantas pelejas: “Sempre que eu encontrava Louro em São José do
Egito era de sandálias japonesas, camisa aberta ao peito, um cigarro pendente
num canto da boca, uma bengala pendurada num dos braços, um pacote de pão num
sovaco e um livro no outro. Já de Pinto ficou uma imagem que publiquei no livro
e que chama a atenção pelo inusitado. Ele deitado na cama, onde passaria seus
últimos dias, tendo ao lado uma mesinha de cabeceira, sem nenhum frasco ou
caixa de remédio, mas sim com uma bisnaga de óleo singer. Alguma coisa alusiva
a uma possível máquina de fazer versos que ali repousava”.
Os
primeiros títulos da Coleção Pajeú, criada pela Cepe para dar mais visibilidade
à produção poética sertaneja, foram lançados em junho de 2021: Meu Eu
Sertanejo, antologia que reúne 40 poemas do compositor e repentista de Serra
Talhada Henrique
Brandão; Redes
de poesia, primeiro livro do poeta Andrade Lima, com cerca
de 170 poemas de
temáticas diversas; e Mesas da 1ª Feira de Poesia Popular, que
registra as poesias improvisadas por 19 poetas que participaram das três mesas de
glosas realizadas na feira promovida pela Cepe, em São José do Egito, em 2019.
Serviço:
O Poeta dos Vaqueiros (Coleção Pajeú): R$
30,00
Obras Poéticas (Coleção
Pajeú): R$ 45,00
O Aventureiro e o Boêmio: R$ 40,00
sábado, 18 de dezembro de 2021
A boa nova para este Natal
Uma boa nova foi anunciada. A data é a véspera da véspera de Natal. O local é uma bodega. E todos estão convidados para receber a mensagem. Aliás, a mensagem e o verso.
Nada de profecias. Estamos só anunciando as obras de dois bem feitores. Ou a obra, porque esta eles fizeram juntos. É o lançamento do livro A Mensagem e o Verso, fruto da fé, das reflexões e das artes de Celso Brandão e Ademar Rafael.
Adiantando uma coisinha, o Cultura e Coisa e Tal fez uma pergunta pra cada um. Ei-las, com as respectivas respostas e fotos:
Celso, qual a mensagem do livro A Mensagem e o Verso?
É tentar chegar aos corações das pessoas. Posso até está sendo muito pretensioso, mas na verdade todas as mensagens foram inspiradas no texto sagrado e de forma compilada apresentamos uma mensagem de autoestima, tentando levar alimento para alma que muitas vezes está faminta. É um livro pra se ler todo dia, degustando, sorvendo cada partícula.
Ademar, qual o verso do livro A Mensagem e o Verso?
De forma objetiva o verso se faz presente em cada uma das 200 estrofes conectadas com as mensagens bíblicas e os respectivos comentários. No formato subjetivo o verso aparece como a inserção do “doce da poesia” no ácido cotidiano que enfrentamos.
Festival de Ciranda do Recife começa neste fim de semana
Noé Cirandeiro é uma das atrações do evento - Foto: Ashlley Melo / Divulgação |
Da Folha de Pernambuco
Após quase quarenta anos, o Festival de Ciranda do Recife volta com força total. A festa, tradicional no calendário cultural da capital pernambucana, que por muitos anos aconteceu no Pátio de São Pedro, no Recife, agora, se concentra em novos espaços. Nesta edição, os amantes da cultura popular, em qualquer parte do mundo, vão poder prestigiar a dança, a poesia, o ritmo e a musicalidade da ciranda, por meio da internet, rádio e televisão. O evento começa neste domingo (19) e segue até o dia (22). Serão quatro dias de programação, e mais de 20 cirandeiros, de diferentes regiões e gerações do estado, animando o público.
O Festival de Ciranda do Recife tem como proposta exaltar a nova geração de mestres e mestras, que vêm preservando esta importante tradição de cultura popular do país. Além disso, tem como proposta festejar a conquista recente de ser consagrado Patrimônio Imaterial do Brasil. A estreia dos shows acontece neste domingo (19) e segue até o dia (22), sempre a partir das 20h, por meio do canal da Associação das Cirandas de Pernambuco, no Youtube.
Fazem parte da programação nomes como, as mestras: Dulce Baracho e Severina Baracho (Abreu e Lima), filhas de um importante ícone da ciranda pernambucana, o Mestre Baracho, natural do Município de Nazaré da Mata. Também integram a grade artística, Cristina Andrade (Recife), Elisete Souza (Cabo de Santo Agostinho), Margareth Laurindo (Goiana).
Entre os artistas regionais, os mestres: João Limoeiro (Carpina), Zé Dias (Lagoa do Itaenga), Josivaldo Caboclo (Lagoa do Itaenga), Sérgio da Imperial (Recife), Hamilton Filho (Recife), Mestre Bi (Nazaré da Mata), Anderson Miguel (Nazaré da Mata), Ricco Serafim (Cabo de Santo Agostinho), Canarinho (Aliança), Noé (Surubim), Adiel Luna (Carpina), Edmilson João (Lagoa do Itaenga), Natal (Lagoa do Itaenga).
Transmissão
O Festival Ciranda do Recife também vai contar com exibições na
televisão. A TV Pernambuco, emissora pública do estado, vai levar para
os lares de todos os pernambucanos, todo o colorido, arte e cultura da
ciranda. Na TV, o telespectador vai acompanhar os shows em dois dias. No
sábado, 25 ( Dia de Natal), e também no dia 1º de janeiro de 2022, na
chegada do Ano-novo, a partir das 20h. A TVPE está disponível em sinal
digital no Recife e Região Metropolitana, pelo canal 46.1, em Caruaru,
pelo canal 12.1. Já em Petrolina, pelo 13.1.
A mesma programação será transmitida pela Rádio Frei Caneca FM,
emissora pública do Recife. A ideia é sintonizar os ouvintes no clima
da festa, que reúne importantes nomes da Ciranda pernambucana. Para
acompanhar a programação no rádio, é preciso sintonizar a frequência:
(101.5 FM). Os shows também vão ser transmitidos online, no aplicativo e
site da rádio.
Origem
Historicamente, o Festival Ciranda sempre foi realizado no Pátio de São
Pedro, bairro de Santo Antônio, no Recife. Entretanto, em virtude do
risco de aglomeração e contágio pelo novo coronavírus, será realizado de
forma on-line. A apresentação dos artistas será realizada na Casa da
Cultura da Cidade do Recife, com a participação do Som na Rural, um
equipamento que vem ao longo dos anos se dedicando a divulgação da
ciranda. O incentivo para esta ação é do Sistema de Incentivo à Cultura,
da Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura da Cidade do
Recife. Não há presença de público em virtude das regras sanitárias.
O projeto conta com produção musical: Buguinha Dub, Maciel Salú e Henrique Albino; produtores executivos: Joana D’Arc Ribeiro, Ricco Serafim e Josivaldo Caboclo; proponente e coordenação geral: Hamilton Filho; Gravações e edições de vídeos: Nilton Pereira; assessoria de imprensa: Salatiel Cícero e Hamilton Neto; um seleto grupo de músicos da região da mata norte e agreste, experientes com a musicalidade da cultura popular pernambucana.
Segundo levantamento, apurado nos registros da imprensa, a última vez do Festival de Ciranda, no Recife, aconteceu em 1986. À época, foi festejado a 12ª edição. Quase quatro décadas depois, não foram encontradas mais informações sobre o evento na mídia.
Conteúdo copiado de: https://www.folhape.com.br/cultura/festival-de-ciranda-do-recife-comeca-neste-fim-de-semana/209696/
terça-feira, 14 de dezembro de 2021
Acalme a pressa - Poesia, Música e Artes Plásticas
O terror da moral e dos bons costumes
Odair José se auto denomina como “cronista social”, escrevendo músicas narrando sobre o cotidiano com bastante romantismo, como em Eu, você e a praça (1973). Mas além disso, nosso Terror das Empregadas sempre foi um contestador. Seu exemplo mais conhecido desse tipo de música polêmica foi Eu vou tirar você desse lugar, 1972, canção em que o eu lírico declara seu amor para uma prostituta. Contudo, ainda em 1971, no seu segundo disco pela CBS intitulado Meu Grande Amor, temos a faixa Vou Morar Com Ela em que ele entoa:
O meu amorFoi aumentandoCresceu demaisE uma hora por diaJá não resolve mais[...]Não suporto mais viver longe delaNão aguento mais, eu vou morar com elaNão suporto mais viver longe dela[...]Não aguento mais, eu vou morar com elaTodo mundo acha que eu não devo irMinha família pensa até que eu enlouqueciQue eu enlouqueci[...]
Eu vou tirar você desse lugarEu vou levar você pra ficar comigoE não me interessa o que os outros vão pensar
Deixe essa vergonha de lado!Pois nada disso tem valorPor você ser uma simples empregadaNão vai modificar o meu amor