terça-feira, 31 de março de 2020
sábado, 28 de março de 2020
sexta-feira, 27 de março de 2020
Palco Pajeú
Imagem/Divulgação |
Em função
das recomendações referentes à pandemia da Covid-19 (Coronavírus), o programa
Palco Pajeú desta sexta-feira, dia 27/03/20, não receberá convidados e terá a equipe
reduzida. Apenas um apresentador e o técnico de som estarão nos estúdios.
“As
intérpretes de Libras gravarão em casa e as imagens serão lançadas na página do
programa na internet. Outros vão participar por telefone”, explica o
apresentador e produtor do programa, Alexandre Morais. O público, no entanto,
poderá acompanhar o programa em vídeo e interagir através das redes sociais
normalmente.
Canais – O programa é levado ao ar todas as sextas-feiras,
das 16h às 18h, pela Rádio Pajeú, FM 99,3. A página da emissora no facebook (www.facebook.com/radiopajeu)
transmite tudo em vídeo. O histórico e outras publicações do programa podem ser
vistas também no endereço www.facebook.com/palcopajeu.
terça-feira, 24 de março de 2020
quinta-feira, 19 de março de 2020
Palco Pajeú
Imagem/Divulgação
Em função
das recomendações referentes à pandemia da Covid-19 (Coronavírus), o programa
Palco Pajeú desta sexta-feira, dia 20/03/20, não receberá convidados e terá a equipe
reduzida. Apenas um apresentador e o técnico de som estarão nos estúdios.
“As
intérpretes de Libras gravarão em casa e as imagens serão lançadas na página do
programa na internet. Outros vão participar por telefone”, explica o
apresentador e produtor do programa, Alexandre Morais. O público, no entanto,
poderá acompanhar o programa em vídeo e interagir através das redes sociais
normalmente.
Zé Marcolino - Sem convidados ao vivo, o programa será
temático. Destaque para a vida e obra do poeta e compositor Zé Marcolino. Autor
de músicas como Pássaro Carão, Numa sala de reboco, Cacimba Nova, Cantiga de
Vem-vem e Quero chá, Zé Marcolino foi gravado por grandes nomes da música
brasileira. O maior parceiro foi Luiz Gonzaga.
Natural
de Sumé, na Paraíba, Marcolino morou por muitos anos na pajeuzeira Serra Talhada.
Faleceu em 1987, vítima de um acidente automobilístico. Em homenagem a ele, há
32 anos realiza-se no Pajeú a Missa do Poeta.
Canais – O programa é levado ao ar todas as sextas-feiras,
das 16h às 18h, pela Rádio Pajeú, FM 99,3. A página da emissora no facebook (www.facebook.com/radiopajeu)
transmite tudo em vídeo. O histórico e outras publicações do programa podem ser
vistas também no endereço www.facebook.com/palcopajeu.
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sexta-feira, 13 de março de 2020
quinta-feira, 12 de março de 2020
quarta-feira, 11 de março de 2020
quarta-feira, 4 de março de 2020
Marcas na História
D. Sebastião e a Pedra Bonita
A Pedra do Reino - Imagem/Internet |
No termo de Pajeú, em Pernambuco, os últimos rebentos das formações graníticas da costa se alteiam, em formas caprichosas, na Serra Talhada, dominando, majestoso, toda a região em torno e convergindo em largo anfiteatro acessível apenas por estreita garganta, entre muralhas a pique. No âmbito daquele, como púlpito gigantesco, ergue-se um bloco solitário - A Pedra Bonita.
( Os Sertões )
Num acampamento em pleno sertão pernambucano, 17 homens, de repente,
sacaram seus facões. Com eles, executaram mulheres, velhos e crianças.
Outros, num estado de descontrole, seguiram o exemplo. Assassinaram seus
próprios pais, filhos e esposas. Usaram o sangue para lambuzar duas
torres de pedra, marcos do acampamento. As mesmas pedras serviram para
quebrar o crânio de crianças. Mais de 200 pessoas foram mortas.
Era
14 de maio de 1838. Os homens em questão, tanto os assassinos quanto os
mortos, eram seguidores de uma seita conhecida como Pedra do Reino ou
Pedra Bonita. O episódio, o mais trágico e sangrento dos movimentos
sebastianistas brasileiros, inspirou grandes romances de José Lins do
Rego, Pedra Bonita, e de Ariano Suassuna, A Pedra do Reino – este,
aliás, ganhou os palcos de São Paulo numa montagem teatral. Apesar
disso, permanece desconhecido.
O sebastianismo é um movimento
místico português iniciado no século 16, que pregava que o rei
Sebastião, morto numa batalha, voltaria para ocupar o trono. No Brasil,
esses ideais foram incorporados no sertão nordestino – inspiraram até
Antônio Conselheiro em Canudos.
A
história da Pedra do Reino começou dois anos antes da carnificina, em
Villa Bella, comarca de Serra Talhada. Um dia, um rapaz de nome João
Antônio Vieira dos Santos afirmou que dom Sebastião habitava um reino
encantado perto de um local conhecido como Pedra Bonita.
Em suas
pregações, angariou dinheiro dos seguidores e montou um acampamento no
tal lugar mítico. Conhecido como Primeiro Reinado da Pedra Bonita, foi
marcado por discursos fanáticos e idéias contra o poder e a propriedade
privada. As autoridades não gostaram e expulsaram João Antônio de lá.
Dois
anos depois, outro homem, João Ferreira, que dizia ter visões de dom
Sebastião, assumiu o lugar de João Antônio e continuou a arregimentar
pessoas para seu acampamento. O Segundo Reinado da Pedra Bonita teve
mais de 300 moradores. A vida nele era um tanto bizarra. Os habitantes
passavam o dia embriagados e fumavam uma erva alucinógena para “entrar”
no reino de dom Sebastião. A matança aconteceu pouco após João Ferreira
anunciar que, numa visão de dom Sebastião, este afirmava que o sangue
dos seguidores o traria de volta.
A polícia soube do ocorrido e mandou
60 homens a Pedra Bonita. Houve um enfrentamento entre eles e os
seguidores – e mais 22 mortes. O criador da seita, João Antônio, acabou
morto.
Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/acervo/seita-pedra-bonita-sebastianismo-brasileira-434944.phtml
"Os Sertões" - Euclides da Cunha
terça-feira, 3 de março de 2020
Artes Visuais
Galeria Maumau abre inscrições para oficina de projetos na área das artes visuais
As inscrições podem ser feitas por e-mail, no período de 2 a 20 de Março
Imagem/Internet |
O curso Táticas Visuais abre inscrições para a oficina de elaboração e
gestão de projetos e espaços de artes visuais. A capacitação será
ministrada pelas produtoras culturais Clarice Hoffmann e Lia Letícia,
profissionais que atuam há décadas no segmento das artes visuais em
diversos projetos. A oficina será realizada em módulos de 23 a 28 de
março e de 6 a 11 de abril, na Galeria Maumau (Rua Nicarágua,
173, Espinheiro – Recife). As inscrições podem ser feitas no período de
02 a 20 de março. Os interessados devem enviar e-mail para taticasvisuais@gmail.com e receberão ficha de inscrição.
A atividade formativa é direcionada especialmente para produtores
culturais, artistas e estudantes que atuem ou desejem atuar no setor das
artes visuais. O objetivo é capacitar e qualificar para a elaboração e
gestão de projetos e espaços dedicados às artes visuais, com foco no
último edital Funcultura, lançado pelo Governo do Estado de Pernambuco.
Com um total de 60 horas/aula, o curso terá dois módulos, com
encontros de segunda a sábado, das 8h30 às 13h30. O primeiro módulo, com
facilitação de Clarice Hoffmann, será dedicado à elaboração de
projetos, com aulas de 23 a 28 de março. O segundo módulo, com
facilitação de Lia Letícia, abordará a gestão de espaços independentes,
com encontros de 06 a 11 de abril. A oficina conta com 20 vagas e inclui
a participação de pessoas surdas que terão acessibilidade a partir de
um intérprete de Libras. O projeto Táticas Visuais foi aprovado no
Funcultura / Governo de Pernambuco do ano de 2018 na área de
formação/capacitação em Artes Visuais.
Durante o curso, serão apresentados estudos de caso de projetos
realizados em âmbito local e nacional, proporcionando a reflexão e o
diálogo crítico sobre as experiências e os processos artísticos e de
gestão. Os participantes também farão exercícios práticos para que
identifiquem suas potencialidades e elaborem ou aperfeiçoem seus
próprios projetos, utilizando estratégias colaborativas e de atuação em
rede. Como última atividade do curso, os participantes serão estimulados
a produção e realização colaborativa de uma ação artística.
Facilitadoras
Clarice Hoffmann é jornalista e produtora cultural. Elaborou projetos aprovados em editais do Funcultura, do Centro Cultural Correios e do Itaú Cultural. Além de idealizar propostas que ganharam visibilidade nacional, já assinou a coordenação de produção e a produção executiva de diversas iniciativas. Sua experiência mais importante como facilitadora, se deu em Conceição das Crioulas, área quilombola localizada no município de Salgueiro, através de encontros mensais realizados ao longo de um ano. Vale citar também, a sistematização e produção dos estudos de caso para o livro Mobilizar para Transformar, publicado por Oxfam.
Lia Letícia é artista visual, arte-educadora,
produtora cultural. Atua como coordenadora de diversas atividades e de
espaços da área das artes visuais, como as ações artísticas do projeto
Criaturas Urbanas, do Cinecão e da Galeria Maumau. Entre os projetos de
educação nos quais atuou vale destacar a Escola Engenho e as Tardes de
Quintal. Também presta serviço de arte-educação para Secretaria de
Cultura do Governo de Pernambuco e SESC.
Serviço
Oficina Táticas Visuais – Da elaboração a gestão de projetos
Módulo I – De 23 a 28 de março (segunda a sábado), das 8h30 às 13h30
Módulo II – De 06 a 11 de abril (segunda a sábado), das 8h30 às 13h30
Local: Maumau – Rua Nicarágua, 173 – Espinheiro – Recife
Inscrições: Até 20 de março, sujeito ao limite de 20 vagas
Taxa de inscrição: R$ 100,00
Contato: taticasvisuais@gmail.com
Oficina Táticas Visuais – Da elaboração a gestão de projetos
Módulo I – De 23 a 28 de março (segunda a sábado), das 8h30 às 13h30
Módulo II – De 06 a 11 de abril (segunda a sábado), das 8h30 às 13h30
Local: Maumau – Rua Nicarágua, 173 – Espinheiro – Recife
Inscrições: Até 20 de março, sujeito ao limite de 20 vagas
Taxa de inscrição: R$ 100,00
Contato: taticasvisuais@gmail.com
Fonte: http://www.cultura.pe.gov.br/canal/funcultura/galeria-maumau-abre-inscricoes-para-oficina-de-projetos-na-area-das-artes-visuais/
segunda-feira, 2 de março de 2020
O Poeta da Vila
Noel Rosa: As histórias por trás das 3 músicas mais ouvidas do artista nascido há 109 anos
Imagem/internet |
Considerado um dos mais importantes
artistas brasileiros da história, o cantor e compositor carioca Noel de
Medeiros Rosa morreu cedo em decorrência de tuberculose, aos 26 anos.
Mas apesar da vida curta, compôs quase 250 canções, a maioria num espaço
de cinco anos.
A obra do artista é tida como um retrato-síntese
das mudanças culturais, políticas e econômicas no Rio de Janeiro no
início do século 20, abordando temas que envolvem as mais diversas
classes sociais.
Em suas 71 canções gravadas, segundo o
Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), o chamado Poeta
da Vila passa por marchinhas carnavalescas, teatro musicado, choro,
samba-canção.
Veja abaixo a história em torno das três músicas mais executadas nas
plataformas digitais YouTube e Spotify interpretadas pelo próprio Noel
Rosa, nascido há 109 anos, em 11 de dezembro de 1910.
Conversa de Botequim
Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa / Uma boa média que não seja requentada / Um pão bem quente com manteiga à beça
A música mais ouvida é Conversa de Botequim, executada mais de
546 mil vezes na Spotify e 1,3 milhão de vezes no Youtube. A canção
registrada em 1935 foi feita com o compositor e arranjador paulista
Vadico, considerado o maior parceiro de Noel.
Em Noel Rosa, uma Biografia
(1990), os autores João Máximo e Carlos Didier descrevem a canção como
uma "prodigiosa crônica dos cafés cariocas e seus folgados
frequentadores", cercados de garçons, cinzeiros, palitos, jogo do bicho,
futebol e pagamento fiado.
Para o antropólogo Roberto DaMatta, em
artigo no jornal O Globo, os "faça o favor" espalhados pela letra
representam um marcador cultural que torna o pedido algo "educado",
mesmo que ele seja um imperativo abusivo e absurdo.
Mas segundo os biógrafos o principal ponto da música Conversa de Botequim, "escorregadia como um choro", é a harmonia entre letra e melodia.
"Em
nenhuma outra é tão harmonioso o casamento da melodia com a letra,
pontuação perfeita, acentuação irrepreensível (nem todos têm muito
cuidado para com esse detalhe técnico de uma letra, a acentuação da
palavra tendo de coincidir com a acentuação musical, isto é, a sílaba
mais forte correspondendo à nota sobre a qual recai o acento melódico)",
descrevem.
Segundo os biógrafos, não é possível determinar se
Vadico foi o responsável pela melodia inteira e "Noel criou para ela os
mais exatos versos de toda a canção brasileira", ou se ambos trabalharam
na construção da música, hipótese mais provável.
Outra parceira de Noel, Aracy de Almeida interpretaria uma das mais conhecidas versões de Conversa de Botequim.
Com que Roupa
Com que roupa que eu vou / Pro samba que você me convidou?
Noel
ri da própria desgraça na canção Com que Roupa, gravado em 1930, na
qual lamenta: "Mesmo eu sendo um cabra trapaceiro, não consigo nem ter
pra gastar".
Em sua versão original, a música, regravada dezenas
de vezes por outros artistas, foi executada mais de 410 mil vezes no
Spotify e 826 mil no YouTube.
Segundo a dupla de biógrafos de Noel Rosa, à época da composição da música coexistiam dois tipos de samba na cidade.
Um
deles misturava "intelectuais e macumbeiros, funcionários públicos e
boêmios, pequenos comerciantes bem-sucedidos e operários modestos,
ex-escravos e músicos", como Sinhô e Pixinguinha.
O
outro, menos conhecido naquele momento, se espalhava pelos morros com
menos e músicos treinados ou instrumentos, letras mais próximas do
cotidiano da região, com acompanhamento mais improvisado, rudimentar,
com tamborins, cuícas, surdos, pandeiros, cavaquinhos, palmas e batidas
na mesa.
Noel parece se aproximar mais da segunda vertente nesta canção com bandolim e violões, que foi um sucesso estrondoso de público.
Ao longo dos anos, o sambista deu diversas versões
sobre a origem da música, da qual dizia não gostar. Elas iam do retrato
realista das dificuldades econômicas do povo à alegoria da situação
política às voltas com a Revolução de 1930, golpe que levaria Getúlio
Vargas ao poder.
Os biógrafos também exaltam aspectos mais
técnicos da canção, marcada por um "feliz casamento de música e verso".
"Há também a originalidade do tema, as rimas pouco usuais na canção
popular, a construtura técnica na qual o sexto verso do coro é uma
espécie de chave. Sempre terminando em palavra que rima com 'roupa', o
verso funciona como um breque e 'chama' musicalmente o estribilho. Uma
tentação para os improvisadores (mais tarde, nas rodas de samba, a
maestria do versejador será medida por esse sexto verso)."
No livro No Tempo de Noel
(1963), Almirante, o primeiro biógrafo do sambista, aponta que o
artista não esperava que a música fizesse tanto sucesso e até a vendeu
por 180 cruzeiros para cantores do Teatro Municipal.
Feitiço da Vila
Lá, em Vila Isabel / Quem é bacharel/ Não tem medo de bamba
A
origem social de Noel Rosa, crescido no bairro de classe média Vila
Isabel, e a condição de estudante universitário (abandonaria o curso de
medicina por causa da carreira artística) "justificam a originalidade e
profundidade de suas formulações poéticas e o apelido que ganha de
Filósofo do Samba", segundo a Enciclopédia do Itaú Cultural.
Seu bairro de origem é cenário de uma de suas principais músicas, Feitiço da Vila, gravação de 1934 que se tornou um sucesso ao redor do país. Noel era cobrado a cantá-la por onde fosse.
"Enterneci-me vivamente quando pressenti que o meu samba Feitiço da Vila
batera fundo no espírito daquela gente boa. Difundiram-no,
popularizaram-no, e numa mostra de curiosidade bem feminina as moças
perqueriram as razões que lhe inspiraram o título. Traduzi-o por
Feitiço de Minha Pátria, pois, como já disse Cícero, 'a pátria é onde se
está bem', e nunca me senti melhor do que no recanto calmo e bonançoso
de Vila Isabel", afirmou Noel.
Era também uma homenagem a Lêla Casatle, uma jovem da Vila Isabel que fora eleita Rainha da Primavera.
A
canção fruto de parceria com Vadico, executada 417 mil vezes no YouTube
e outras 73 mil vezes no Spotify, teve tanto sucesso que suscitou
inclusive uma provocação do sambista rival Wilson Batista, batizada de Conversa Fiada.
"É conversa fiada / Dizerem que o samba / Na Vila tem feitiço / Eu fui ver para crer / E não vi nada disso."
A disputa rendeu uma tréplica de Noel, chamada Palpite Infeliz. "Meu Deus do céu, que palpite infeliz! / (...) Você não viu porque não quis / Quem é você que não sabe o que diz?"
Décadas depois, Martinho da Vila, artista oriundo do mesmo bairro que regravou Feitiço da Vila, comporia Noel: A Presença do Poeta da Vila. "Seus sambas muito curti / Com a cabeça ao léu / Sua presença senti / No ar de Vila Isabel."
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-50743843