sexta-feira, 22 de junho de 2012
sábado, 16 de junho de 2012
Os Cem Melhores...
Começo a folhear o presente enviado pelo amigo e colaborador deste blog, Aristeu Bezerra, Os Cem Melhores Poetas Brasileiros do Século. Igualzinho a este aí da imagem.
Divido com vocês "Cântico", de Carlos Nejar, página 214 da obra:
Limarás tua esperança
até que a mó se desgaste;
mesmo sem mó, limarás
até que a mó se desgaste;
mesmo sem mó, limarás
contra a sorte e o desespero.
Até que tudo te seja
mais doloroso e profundo.
mais doloroso e profundo.
Limarás sem mãos ou braços,
com o coração resoluto.
Conhecerás a esperança,
após a morte de tudo.
SER OU NÃO SER DE NINGUÉM
Arnaldo Jabour
(Enviado por Aristeu Bezerra)
Na hora de cantar, todo mundo enche o peito nas boates e gandaias, levanta os braços, sorri e dispara: "...eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também..."
No entanto, passado o efeito da manguaça com energético, e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração tribalista se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois?
Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, de que toda ação tem uma reação? Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja, é preciso comer o bolo todo e, nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc...
Embora já saibam namorar, os tribalistas não namoram. "Ficar" também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix". A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo. Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho. Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança? A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais.
Assim, como só deseja a cereja do bolo tribal, enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas. Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas, e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer boa noite, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar.
Já dizia o poeta que amar se aprende amando. Assim, podemos aprender a amar nos relacionando. Trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos. E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento...
É arriscar, pagar para ver e correr atrás da tão sonhada felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.
É arriscar, pagar para ver e correr atrás da tão sonhada felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.
Ser de todo mundo, não ser de ninguém, é o mesmo que não ter ninguém também... É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida SOLIDÃO...
Seres humanos são anjos de uma asa só, para voar têm que se unir ao outro."
Programa de intercâmbio está com edital aberto
MinC -
05/06/2012
Coordenado pela Sefic e com recursos do Fundo Nacional da Cultura (FNC), o programa consiste na concessão de auxílio financeiro para o custeio de despesas relativas à participação de artistas, técnicos, agentes culturais e estudiosos em atividades culturais promovidas por instituições brasileiras ou estrangeiras.
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Coordenado pela Sefic e com recursos do Fundo Nacional da Cultura (FNC), o programa consiste na concessão de auxílio financeiro para o custeio de despesas relativas à participação de artistas, técnicos, agentes culturais e estudiosos em atividades culturais promovidas por instituições brasileiras ou estrangeiras.
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Projeto incentiva leitura com distribuição de livros grátis
Agência Fapesp - 05/06/2012
O projeto “De mão em mão”, parceria entre a Editora Unesp, a Prefeitura de São Paulo e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, entrou em sua segunda etapa com a distribuição gratuita de dois títulos: Contos paulistanos, de Antônio de Alcântara Machado, e A nova Califórnia e outros contos, de Lima Barreto.
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O projeto “De mão em mão”, parceria entre a Editora Unesp, a Prefeitura de São Paulo e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, entrou em sua segunda etapa com a distribuição gratuita de dois títulos: Contos paulistanos, de Antônio de Alcântara Machado, e A nova Califórnia e outros contos, de Lima Barreto.
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Curso de Gestão Cultural
Imagem copiada de: http://www.gazetasetelagoana.com.br/?p=471 |
O
Senac-DF abriu uma turma de Especialização em Gestão Cultural
com início previsto para 18.08.2012.
O horário de atendimento é de 8h30 às 12h
e das 13h30 às 16h30 (horário da Tesouraria), de segunda a sexta.
O referido curso
tem por custo os valores: R$ 80, 00, referente à matrícula e mais 16 parcelas de
R$ 220, 00, totalizando R$ 3.600,00.
Para efetivar a sua matrícula, você deve enviar para a Secretaria da
Unidade-polo de EAD Senac Distrito Federal, por
Sedex ou correspondência registrada, para Edifício SIA Centro Empresarial SIA -
Trecho 3, Lotes 625/695 Bloco C - Cobertura , Brasília, CEP:71.200-030,
Distrito Federal, aos cuidados de Inês Soares (informando o nome do curso no envelope),
os seguintes
documentos:
ü
Cópia autenticada (frente e verso) do diploma de curso
superior assinadas;
ü
Cópia autenticada (frente e verso) do histórico escolar da
Graduação;
ü
Carta de intenção (no máximo 1
página) justificando a escolha pelo curso e apontando a área de interesse,
endereçada ao gerente da Unidade de Educação a Distância do Senac Distrito
Federal ;
ü
Duas fotos 3x4;
ü
Cópia do comprovante de residência;
ü
Cópia autenticada da carteira de identidade (frente e verso);
ü
Cópia autenticada do CPF;
ü Currículo
resumido;
ü Cópia
autenticada de certidão de nascimento ou casamento;
ü Cópia
autenticada da declaração de conclusão do superior, válida por 30 dias (somente
para os que não tiverem como apresentar, de imediato, o diploma de curso
superior);
ü Cópia
autenticada do Título de Eleitor e o devido comprovante
de votação nas últimas eleições;
ü Cópia
autenticada do comprovante de quitação com as obrigações militares
A
Lei nº 4375/64 dispõe em seu art. 74 alínea B, que: "Nenhum brasileiro, entre 1º de janeiro do ano em que completar 19
(dezenove), e 31 de dezembro do ano em que completar 45 (quarenta e cinco) anos
de idade, poderá, sem fazer prova de que está em dia com as suas obrigações
militares: d) prestar exame ou matricular-se em qualquer estabelecimento de
ensino”. O mesmo ocorre com o Título de Eleitor e o comprovante de
votação nas últimas eleições.
Se você preferir ir pessoalmente à
Unidade-polo do Senac, não será preciso cópia autenticada. Basta levar cópia e
original dos documentos.
Um lembrete importante: a documentação deve ser entregue ou enviada em até 15 dias úteis (a contar da data da inscrição). Lembre-se de que a ordem de chegada da documentação é um dos critérios para garantia da vaga na formação da turma. Portanto, quanto mais rápido você mandar, melhor!
E outra informação: a abertura de turmas
está condicionada à matrícula de um número mínimo de alunos.
*Assim que recebermos a sua documentação, ela será analisada, e, em seguida, enviaremos um e-mail com orientações sobre a forma de pagamento da taxa de matrícula, no valor de R$ 80,00 (oitenta reais), para que você possa efetivar a sua matrícula.
Uma dica: para que não haja problemas com a nossa comunicação, procure sempre manter espaço disponível em sua caixa postal.
Caso tenha qualquer dúvida, entre em
contato com a Secretaria da Unidade-polo da Rede Pós-EAD Senac pelo telefone (61) 3313-8731
ou pelo e-mail: secretaria-ead@senacdf.com.br
É um prazer tê-lo conosco na Rede Pós-EAD Senac.
Atenciosamente
Denize Gonçalves Machado Santos.
Auxiliar de Secretaria
CEP-EAD – Senac-DF
http://ead.senacdf.com.brterça-feira, 5 de junho de 2012
O roubo do relógio
Por Rolando Boldrin
Naquele arraial do Pau Fincado, havia um sujeitinho
danado pra roubar coisas. Às vezes galinha, às vezes cavalo, às vezes
coisas miúdas. A verdade é que o dito cujo era chegado em surrupiar bens
alheios.
Todo mundo daquele arraial já estava até acostumado com os tais furtos. E a coisa chegou a tal ponto de constância que bastava alguém da por falta de qualquer objeto e lá vinha o comentário: ``Ah, foi o Justino Larápio´´.
E foi numa dessas que sumiu o relógio do cumpadi João, um cidadão por demais conhecido por aquelas bandas do Pau Fincado. Foi a conta de sumir o relógio dele para o dito cujo correr pra delegacia mais próxima e dar parte do fato.
O delegado pediu que o sêo João arranjasse três testemunhas para lavrar o ocorrido e então prender o tal ladrãozinho popular. Arranjar três testemunhas de que o tal Justino havia surrupiado qualquer coisa era fácil, dado a popularidade do dito cujo pra esses afazeres fora da lei.
A cena que conto agora transcorreu assim, sem tirar nem pôr. Intimado o Justino, eis ali, ladrão, vítima e três testemunhas:
DELEGADO (para a primeira testemunha) – O senhor viu o Justino roubar o relógio do sêo João, aqui presente?
TESTEMUNHA 1 – Dotô.Vê, ansim com os óio, eu num posso dizê que vi. Mas sei que ele é ladrão mêmo. O que ele vê na frente dele, ele passa a mão na hora. Pode prendê ele dotô!
DELEGADO (para a segunda testemunha) – E o senhor? Viu o Justino roubar o relógio do sêo João?
TESTEMUNHA 2 – Óia, dotô ...num vô falá que vi ele fazê isso, mas todo mundo no arraiá sabe que ele róba mêmo, uai. Pode prender sem susto. Eu garanto que foi ele que robô esse relógio.
DELEGADO (para a última testemunha) – E o senhor? Pode me dizer se viu o Justino roubar o relógio do sêo João?
Todo mundo daquele arraial já estava até acostumado com os tais furtos. E a coisa chegou a tal ponto de constância que bastava alguém da por falta de qualquer objeto e lá vinha o comentário: ``Ah, foi o Justino Larápio´´.
E foi numa dessas que sumiu o relógio do cumpadi João, um cidadão por demais conhecido por aquelas bandas do Pau Fincado. Foi a conta de sumir o relógio dele para o dito cujo correr pra delegacia mais próxima e dar parte do fato.
O delegado pediu que o sêo João arranjasse três testemunhas para lavrar o ocorrido e então prender o tal ladrãozinho popular. Arranjar três testemunhas de que o tal Justino havia surrupiado qualquer coisa era fácil, dado a popularidade do dito cujo pra esses afazeres fora da lei.
A cena que conto agora transcorreu assim, sem tirar nem pôr. Intimado o Justino, eis ali, ladrão, vítima e três testemunhas:
DELEGADO (para a primeira testemunha) – O senhor viu o Justino roubar o relógio do sêo João, aqui presente?
TESTEMUNHA 1 – Dotô.Vê, ansim com os óio, eu num posso dizê que vi. Mas sei que ele é ladrão mêmo. O que ele vê na frente dele, ele passa a mão na hora. Pode prendê ele dotô!
DELEGADO (para a segunda testemunha) – E o senhor? Viu o Justino roubar o relógio do sêo João?
TESTEMUNHA 2 – Óia, dotô ...num vô falá que vi ele fazê isso, mas todo mundo no arraiá sabe que ele róba mêmo, uai. Pode prender sem susto. Eu garanto que foi ele que robô esse relógio.
DELEGADO (para a última testemunha) – E o senhor? Pode me dizer se viu o Justino roubar o relógio do sêo João?
TESTEMUNHA 3 – Dotô, ponho a mão no fogo si num foi ele. Prende logo esse sem vergonha, ladrão duma figa. Foi ele mêmo!
DELEGADO – Mas o senhor não viu ele roubar? O senhor sabe que foi ele, mas não viu o fato em si?
TESTEMUNHA 3 – Num carece de vê, dotô! Todo mundo sabe que ele róba. Pode preguntá pra cidade intêra.Foi ele. Prende logo esse peste!
DELEGADO (olhando firme para o Justino) – Olha aqui, Justino. Eu também tenho certeza de que foi você que roubou o relógio do sêo João. Mas, como não temos provas cabíveis, palpáveis e congruentes.... você está, por mim, absolvido.
JUSTINO (espantado, arregalando os olhos para o delegado) – O que, dotô ? O que que o sinhô me diz? Eu tô absorvido????
DELEGADO – Está absolvido.
JUSTINO – Qué dizê intão que eu tenho que devorvê o relógio?
DELEGADO – Mas o senhor não viu ele roubar? O senhor sabe que foi ele, mas não viu o fato em si?
TESTEMUNHA 3 – Num carece de vê, dotô! Todo mundo sabe que ele róba. Pode preguntá pra cidade intêra.Foi ele. Prende logo esse peste!
DELEGADO (olhando firme para o Justino) – Olha aqui, Justino. Eu também tenho certeza de que foi você que roubou o relógio do sêo João. Mas, como não temos provas cabíveis, palpáveis e congruentes.... você está, por mim, absolvido.
JUSTINO (espantado, arregalando os olhos para o delegado) – O que, dotô ? O que que o sinhô me diz? Eu tô absorvido????
DELEGADO – Está absolvido.
JUSTINO – Qué dizê intão que eu tenho que devorvê o relógio?
Mais uma neste mote
No caminho do amor eu não dou sorte,
Só deparo com pau e pedregulho
Se não fosse um restinho de orgulho
Eu já tinha me entregue à brusca morte.
Minha bússola é sem sul e é sem norte,
Todo rumo que aponta é para trás,
Todo plano que eu faço ela desfaz
Já desfez mais de dez dos que já fiz
O que eu devo fazer pra ser feliz,
Se o que eu faço até hoje não me faz?
domingo, 3 de junho de 2012
Glosando com Pepita Lins
O relógio do tempo do amor
Deveria atrasar de vez em quando
(Mote: Alexandre Morais)
Deveria atrasar de vez em quando
(Mote: Alexandre Morais)
Me atrasei percebendo que já era
Que esse sonho não é mais o que queria
O que fez dessa vez foi covardia
E a lembrança só mais me desespera
Se me ligas dizendo que me espera,
Eu não sei dizer não pois tô te amando
Todo tempo é tempo e tá passando
Pra lembrar que sem ti só sinto dor
O relógio do tempo do amor
Deveria atrasar de vez em quando
Que esse sonho não é mais o que queria
O que fez dessa vez foi covardia
E a lembrança só mais me desespera
Se me ligas dizendo que me espera,
Eu não sei dizer não pois tô te amando
Todo tempo é tempo e tá passando
Pra lembrar que sem ti só sinto dor
O relógio do tempo do amor
Deveria atrasar de vez em quando
(Pepita Lins)
Sei que o tempo só anda para frente
E o relógio é quem marca esse andar
Mas nem tudo que passa é pra passar
Por exemplo, um amor que marca a gente
Os ponteiros da hora do presente
Do futuro, se vão se aproximando
É porque o passado está chegando
E o amor quando passa deixa dor
O relógio do tempo do amor
Deveria atrasar de vez em quando
(Alexandre Morais)
O que eu devo fazer pra ser feliz
Se até hoje o que faço não me faz
Se até hoje o que faço não me faz
(Mote: Elenilda Amaral)
Já tentei, fiz de tudo e nada feito
Nada faz eu sentir mais uma vez
A emoção e o carinho que me fez
Não senti nada igual daquele jeito
Você fez um furdunço no meu peito
E parece, nunca mais vou ser capaz
De amar outro alguém que traga a paz
Ninguem vai te fazer mais o que fiz.
O que eu devo fazer pra ser feliz
Se até hoje o que faço não me faz
Nada faz eu sentir mais uma vez
A emoção e o carinho que me fez
Não senti nada igual daquele jeito
Você fez um furdunço no meu peito
E parece, nunca mais vou ser capaz
De amar outro alguém que traga a paz
Ninguem vai te fazer mais o que fiz.
O que eu devo fazer pra ser feliz
Se até hoje o que faço não me faz
(Pepita Lins)
Com o peso de quem já bem viveu
Bem depois de já muito ter amado
Bem depois de já muito ter se dado
Inda faço perguntas ao meu eu
A tristeza, porque me escolheu?
A saudade porque me rouba a paz?
Toda noite uma angústia nova traz
E não leva do mal nem um só triz
O que eu devo fazer pra ser feliz
Se o que eu faço até hoje não me faz
(Alexandre Morais)