terça-feira, 23 de abril de 2019

5ª Mostra Pajeú de Cinema

abril 23, 2019 Por Alexsandro Acioly Sem comentários
Foto/Divulgação



Mostra Pajeú de Cinema divulga programação completa de filmes e oficinas. Com incentivo do Funcultura, 78 produções de 13 estados serão exibidas de 3 a 18 de maio nos municípios de Ingazeira, Iguaracy, Carnaíba e Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú


   A Mostra Pajeú de Cinema (MPC) anuncia os filmes selecionados para a sua quinta edição. No total, 61 curtas e sete longas-metragens brasileiros serão exibidos em quinze dias de programação em quatro municípios do Sertão do Pajeú. Uma das novidades deste ano é a inclusão de Carnaíba no circuito de exibição de curtas, ao lado de Iguaracy e Ingazeira, enquanto o público de Afogados da Ingazeira poderá assistir curtas e longas no Cine São José, cinema de rua original de 1942, especialmente reativado para o evento. Incentivado pelo Governo do Estado de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura, e organizado pela Pajeú Filmes, a 5ª MPC será realizada de 3 a 18 de maio. Confira aqui a programação completa.
   De acordo com a coordenadora de formação, Bruna Tavares, esta é uma edição especial da MPC, que completa cinco anos. “Entre dificuldades e conquistas, permanecemos na luta e queremos traduzir isso na nossa tela. Todo o nosso planejamento e atividades estão sendo pensadas a partir dessa perspectiva de resistência e luta. Não é fácil manter as portas abertas para o cinema nacional no sertão, mas estamos conseguindo e firmando território na região do Pajeú”. Bruna também ressalta a nova identidade visual da MPC, criada pela artista Ianah Maia: “É uma arte que expressa o nosso desconforto e a nossa posição diante das questões que assolam o país. O cinema tem sido nosso modo de combate, nosso modo de registrar e propor reflexão”, conta a coordenadora.
   Entre os destaques da programação estão os longas pernambucanos Estou me guardando para quando o Carnaval chegar, de Marcelo Gomes (que estreou em fevereiro no Festival de Berlim e ganhou prêmio da crítica + menção honrosa no festival É Tudo Verdade); Azougue Nazaré, de Tiago Melo, que estreou ano passado no Festival de Rotterdam; e Mateus, novo documentário de Déa Ferraz (com a atriz e brincante Odília Nunes), que faz sua estreia na 5ª MPC.
   Completam o programa dois longas paulistas e um carioca, todos com extensa carreira em festivais: a ficção A Sombra do Pai, de Gabriela Amaral Almeida (com Júlio Machado, Nina Medeiros, Luciana Paes); o documentário Fabiana, em que a diretora Brunna Laboissière acompanha a última viagem de uma mulher trans, caminhoneira, depois de 30 anos percorrendo as estradas do Brasil; e o documentário Pastor Cláudio, baseado no encontro entre o bispo evangélico Cláudio Guerra, responsável por assassinar e incinerar os opositores à ditadura militar brasileira, e Eduardo Passos, psicólogo e ativista dos Direitos Humanos. Pastor Cláudio será o filme de abertura da mostra em Afogados da Ingazeira no domingo, 12 de maio, em sessão seguida de debate com a diretora Beth Formaggini.
   A seleção de curtas leva para o sertão filmes de quatro regiões do país, destaque para Noir Blue, de Ana Pi, coreógrafa mineira radicada na França, e O órfão, de Carolina Markowicz (selecionado para a última Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes). Entre as produções pernambucanas, serão apresentados os novos trabalhos de Tila Chitunda (Nome de Batismo – Francês, que acaba de estrear no festival É Tudo Verdade); Lia Letícia (Thinya); Rita Carelli (A Era de Laryokoto); e a animação pernambucana Guaxuma, de Nara Normande (selecionado pelo Festival de Annecy, na França, e eleito melhor curta no Festival de Gramado). Há também grande presença de filmes da Paraíba, o que reflete o ótimo momento para o cinema feito no estado vizinho, reconhecido nacional (A ética das hienas e Caetana – Mostra de Tiradentes) e internacionalmente (Crua – Festival de Rotterdam).
   A curadoria da 5ª MPC é formada pelo pesquisador e crítico André Dib (Afogados da Ingazeira, sessão acessível e matinês) e pelos diretores da MPC, Bruna Tavares e William Tenório (Carnaíba, Iguaracy e Ingazeira). “Pensamos em abordagens que mantivessem o espírito da MPC e que pudessem dialogar com a realidade dos lugares”, diz Bruna. “Carnaíba, Ingazeira e Iguaracy são cidades muito especiais e particulares, e precisamos estar atentos para isso na hora de escolher os filmes. Nosso objetivo, para além da exibição, é convidar esse público para refletir o que estamos vivendo no país. A tela é a nossa forma de traduzir a sociedade e as possibilidades de mobilização para um mundo melhor”.
   Oficinas - Este ano a MPC contará com a Oficina de Crítica Cinematográfica com a jornalista e professora sergipana Suyene Santos, que nos dias 10 e 11 discutirá em Afogados da Ingazeira as diferentes formas de crítica e o contexto do ofício no cenário contemporâneo do cinema. Suyene é mestre em comunicação pela UFS e especialista em jornalismo cultural pela Universidade Tiradentes (UNIT). Trabalhou como repórter do Jornal da Cidade (SE), comanda o site Bangalô Cult (criado como blog em 2008) e é repórter do jornal CINFORM (SE). As inscrições para a oficina de crítica estão abertas e seguem até 26 de abril, pelo site www.mostrapajeudecinema.com.br. Já a “Oficina Rápida de Cinema Ligeiro” será ministrada em Carnaíba, Ingazeira e Iguaracy pela realizadora pernambucana Eva Jofilsan e que contempla as possibilidades estéticas das vinhetas audiovisuais.

5ª Mostra Pajeú de Cinema – FILMES SELECIONADOS
* inédito no Brasil
** inédito em Pernambuco
AFOGADOS DA INGAZEIRA
Longas
A sombra do pai (SP, 2018), de Gabriela Amaral Almeida**
Azougue Nazaré (PE, 2018), de Tiago Melo
Bloqueio (RJ, 2018), de Victoria Alvares e Quentin Delaroche
Estou me guardando para quando o Carnaval chegar (PE, 2019), de Marcelo Gomes
Fabiana (SP, 2018), de Brunna Laboissière**
Mateus (PE, 2018), de Déa Ferraz*
Pastor Cláudio (RJ, 2018), de Beth Formaggini
Curtas
A era de Laryokoto (PE, 2019), de Rita Carelli
A ética das hienas (PB, 2019), de Rodolpho de Barros**
As aulas que matei (DF, 2018), de Amanda Devulsky e Pedro B. Garcia**
BR3 (RJ, 2018), de Bruno Ribeiro
Caetana (PB, 2018), de Caio Bernardo
Conte isso àqueles que dizem que fomos derrotados (PE, 2018), de Aiano Bemfica, Camila Bastos, Cris Araújo, Pedro Maia De Brito
Crua (PB, 2019) de Diego Lima**
Estamos todos aqui (SP, 2017), de Chico Santos & Rafael Mellim
Fartura (RJ, 2019), de Yasmin Thayná**
Guaxuma (PE, 2018), de Nara Normande
Maré (BA, 2018), de Amaranta César
Mesmo com tanta agonia (SP, 2018), de Alice Andrade Drummond
Nome de batismo – Francês (PE, 2019), de Tila Chitunda**
Noir Blue – deslocamentos de uma dança (MG/França, 2018), de Ana Pi
O órfão (SP, 2018), de Carolina Markowicz
Quando decidi ficar (PB, 2018), de Maycon Carvalho
Sua invariável gentileza toca o meu complicado coração (BA, 2018), de Marcus Curvello**
Thinya (PE, 2019), de Lia Letícia
Verde Limão (PE, 2018), Henrique Arruda
Matinê
A luta (MG, 2017), de Bruno Bennec**
Bia Desenha: Burrinho no espaço (PE, 2018), de Kalor Pacheco e Neco Tabosa
Bia Desenha: O nascimento de Zalika + Tarefinhas (PE, 2018), de Kalor Pacheco e Neco Tabosa
Bia Desenha: Anjo de jambo (PE, 2018), de Kalor Pacheco e Neco Tabosa
Cadarço (SP, 2017), de Eduardo Mattos
Dando asas à imaginação (RJ, 2017), de Arthur Felipe Fiel e Joao Marcos Nascimento**
Fazenda Rosa (PE, 2018), de Chia Beloto
Mini Miss (PE, 2018), de Rachel Daisy Ellis
O Malabarista (GO, 2018), de Iuri Moreno
O Violeiro Fantasma (GO, 2018), de Wesley Rodrigues
Uma história das cores (RJ, 2018), de Vitor Hugo Fiuza**
Viagem na chuva (GO, 2014), de Wesley Rodrigues
Sessão acessível
Cadarço (SP, 2017), de Eduardo Mattos
Coleção (PE, 2019), de André Pinto e Henrique Spencer
Cor de Pele (PE, 2018), de Lívia Perini
Majur (MT, 2018), de Rafael Irineu
Nova Iorque (PE, 2018), de Leo Tabosa
O malabarista (GO, 2018), de Iuri Moreno
Victor vai ao Cinema (PE, 2017), de Albert Tenório
CARNAÍBA
A viagem de Ícaro (GO, 2018), de Kaco Olimpio e Larissa Fernandes
ARARA: um filme sobre um filme sobrevivente (MG, 2017), de Lipe Canêdo
Da curva pra cá (ES, 2018), de João Oliveira
Eu vejo flores (PR, 2018), de Bruna Steudel
Invasão Drag (RJ, 2018), de Rafael Ribeiro**
O malabarista (GO, 2018), de Iuri Moreno
Quilombo Mata Cavalo (ES, 2018), de Victor Hugo Fiúza**
Um corpo feminino (RS, 2018), de Thais Fernandes**
Uma história das cores (RJ, 2018), de Victor Hugo Fiúza**
Xavier (SP, 2017), de Ricky Mastro
IGUARACY
A fábula da corrupção (RS, 2011), de Lisandro Santos
Ainda ontem (PR, 2018), de Jessica Candal
Cadarço (SP, 2017), de Eduardo Mattos
Médico de Monstro (SP, 2017), de Gustavo Teixeira
Megg: a margem que migra para o centro (PR, 2018), de Larissa Nepomuceno e Eduardo Sanches**
Mesmo com tanta agonia (SP, 2018), de Alice Andrade Drummond
O muro era muito alto (RJ, 2018), de Marcelo Marão**
Tempo Circular (PE, 2018), Graci Guarani
Uma família ilustre (RJ, 2015), de Beth Formaggini
INGAZEIRA
#JURI (MT, 2018), de Samantha Col Debella**
Animais (SP, 2015), de Guilherme Alvernaz
Azul Vazante (SP, 2018), de Julia Alquéres
Codinome Breno (RN, 2018), de Manoel Batista
Impermeável pavio curto (MG, 2018), de Higor Gomes
Lençol de inverno (PE, 2018), de Bruno Rubim
Nova Iorque (PE, 2018), de Leo Tabosa
O esquema (PE, 2018), de Caio Dornelas
Quando a chuva vem? (PE, 2019), de Jefferson Batista de Menezes Silva

Mesa de Glosas em Belo Horizonte

abril 23, 2019 Por Alexandre Morais Sem comentários
Foto: edição do Projeto Mesa de Glosas - Circulação Nacional, em Teresina/PI (2018)

    No próximo sábado, 27 de abril, às 19h, no LIRA / Laboratório Interartes Ricardo Aleixo, em Belo Horizonte (MG), acontecerá a quarta edição do projeto MESA DE GLOSAS, que tem como objetivo divulgar pelo Brasil a cultura do sertão de Pernambuco. A glosa é uma das modalidades da poesia de improviso. Sua execução, que dura segundos, carrega toda a perspicácia, a criatividade e a sensibilidade dos artistas sertanejos.
   Uma particularidade desta edição é a forte presença de glosadoras mulheres (a mesa de glosas é uma atividade de predominância masculina). Se apresentam, diretamente do Sertão do Pajeú pernambucano, Elenilda Amaral e Erivoneide Amaral (Afogados da Ingazeira), Francisca Araújo (Iguaracy), Dayanne Rocha (Tabira), Alexandre Morais (Afogados da Ingazeira) e Henrique Brandão (Serra Talhada).
   A apresentação da mesa será da poeta Luna Vitrolira, um dos destaques da poesia pernambucana de agora, que antes realizará a palestra "A glosa nas tradições da poesia oral do Sertão de Pernambuco", seguida da performance "Ode aos Vates". Durante o evento, o poeta e romancista pernambucano Tadeu Sarmento, hoje radicado em Belo Horizonte, autografará o livro de poemas "Um carro capota na lua" (Ed. Tercetto, 2018), vencedor do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura 2016.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Ciclo Junino 2019

abril 04, 2019 Por Alexsandro Acioly Sem comentários


Foto Divulgação: Marcelo Lyra


Governo de Pernambuco convoca artistas e grupos do Ciclo Junino

Inscrições para compor a grade artística dos municípios-polo do Estado podem ser feitas até o próximo dia 22 de abril


   O Governo de Pernambuco, por meio das Secretarias de Cultura/Fundarpe e de Turismo/Empetur, lança a convocatória do ciclo junino 2019. O edital – que tem como finalidade a contratação de artistas, grupos e agremiações para apoiar os municípios pernambucanos que irão realizar a festa durante o São João – é voltado para atrações como quadrilha junina, reisado, repente, banda de pífanos, bumba-meu-boi, cavalo-marinho, ciranda, coco, embolada, grupo de bacamarteiros, mamulengo, mazurca, são gonçalo, viola, xaxado, forró pé-de-serra, MPB e outros gêneros musicais. As inscrições devem ser feitas de 8 a 22 de abril deste ano. Para ver o edital, acesse o portal Cultura.PE através do endereço www.cultura.pe.gov.br/editais.
   Para o secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, a convocatória para a formação da grade de programação artística do ciclo junino é uma importante ferramenta para a classe cultural. “O São João é um momento importante que temos para difundir nossa cultura e valorizar artistas locais. Queremos promover uma festa integrada e contamos com a adesão dos artistas ao edital para fazer um São João rico e tradicionalmente pernambucano”, comenta.
   Presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto reforça a importância do formato de edital público. “A convocatória é a reafirmação de uma conquista importante dos fazedores de cultura. Todo o foco do investimento do Estado para os ciclos pretende atender uma demanda da classe artística, em conjunto com o que foi construído pela política cultural. No nosso São João não seria diferente”.
   Com o objetivo de garantir uma predominância de artistas e grupos ligados ao ciclo junino nas contratações, a grade artística nos municípios-polo reservará 40% da programação para a categoria Música e Dança da Tradição Junina; 30% para a participação de artistas e grupos da categoria Cultura Popular; 15% para artistas da música popular brasileira; 10% para os grupos de forró pé-de-serra; e 5% para a categoria Outros Gêneros Musicais.
   O resultado da análise da Comissão de Avaliação será divulgado no dia 2 de maio e ficará disponível no portal Cultura.PE (www.cultura.pe.gov.br/editais).

abril 04, 2019 Por Alexsandro Acioly Sem comentários
Imagem: Divulgação