terça-feira, 29 de janeiro de 2019

O Homem da Meia-Noite

janeiro 29, 2019 Por Alexsandro Acioly Sem comentários
Imagem: Divulgação


Aos 87 anos, Homem da Meia-Noite sobe o Morro da Conceição


   Pela primeira vez, o Homem da Meia-Noite vai comemorar o seu aniversário no Recife. No dia 2 de fevereiro, o bloco, que é Patrimônio Vivo de Pernambuco, vai subir o Morro da Conceição para cantar parabéns pelos seus 87 anos e provar que tem muito fôlego. A concentração começará às 16h, no Largo Dom Luiz, em Casa Amarela, onde ficará até às 17h, quando o cortejo será puxado pela orquestra de Lucas dos Prazeres.
   O músico é um dos homenageados do bloco neste ano ao lado de Lia de Itamaracá e o grupo Patusco, que também estarão presentes na comemoração. O cortejo também será acompanhado pela orquestra do Maestro Carlos, pelas quadrilhas do Morro da Conceição, pela Galeria do Ritmo e pelos passistas da Cia Brasil por Dança, entre outros. Ao chegar no topo, a banda do CERVAC, composta por crianças com deficiência, cantará os parabéns. Nesse momento, o calunga receberá o seu figurino de 2019, que foi elaborado por três estilistas dos morros de Olinda, sendo elas Rafaela Mendes, Maria Alice e Jéssica Alves.
   A escolha do Morro da Conceição para a festa tem ligação como tema “A voz do morro”, que guia o bloco neste ano. “O Homem tem uma relação muito forte com a religiosidade, porque ele nasceu no dia de Iemanjá e por ser o homem do Carnaval. Pensamos que o Morro da Conceição era o lugar ideal para representar a fé que precisamos para reagir a esses tempos difíceis”, observa o presidente do clube, Luís Adolfo, ao adiantar que o evento também contar com a Som na Rural no alto do Morro. Vários shows surpresas devem acontecer, já que muitos artistas, como o Maestro Forró e André Rio, também confirmaram presença no evento.


Foto Divulgação: Ricardo Moura




   O carnavalesco destaca que o tema não faz alusão a nenhum morro específico, mas usa o termo como símbolo do povo. “Acho que o Homem, mais uma vez, mostra sua força e compromisso com a cidade e com as pessoas. Esse projeto representa o que desejamos: que as pessoas escutem mais umas as outras e que a força do povo esteja acima de tudo. Nesse momento, teria que ser isso, porque o Homem tem uma grande ligação com o povo e não poderia deixar de lado sua essência”, completa o presidente.
   O projeto “A voz do morro”, que celebra os 87 anos do Homem da Meia-Noite, envolveu também a instalação de seis esculturas inspiradas no bloco em pontos estratégicos do Recife e de Olinda. A última delas, de autoria do artista Silvio Botelho, foi inaugurada na quinta-feira (24), na Praça do Carmo, em Olinda. As demais são de Dido Pereira, no Alto da Sé (Olinda); do grupo Bongar, na Comunidade de Xambá (Recife); de Sérgio Vila Nova, em frente a sede do Homem da Meia-Noite (Olinda); de Thiago Amorim, no Alto da Mina (Olinda); e de João Andrade, em frente a prefeitura de Olinda. Essa última foi a que abriu o circuito, no dia 20 de novembro, mesmo data em que se celebra o Dia da Consciência Negra.
SERVIÇO
Comemoração dos 87 anos do Homem da Meia-Noite
Quando: 2 de fevereiro, a partir das 16h
Onde: Concentração no Largo Dom Luiz, em Casa Amarela
Gratuito
Fonte: http://www.cultura.pe.gov.br  - Por: Camila Stephania

janeiro 29, 2019 Por Alexsandro Acioly Sem comentários
Imagem: Divulgação

janeiro 29, 2019 Por Alexsandro Acioly Sem comentários
Imagem: Divulgação

janeiro 29, 2019 Por Alexsandro Acioly Sem comentários

Imagem: Divulgação

sábado, 19 de janeiro de 2019

4º Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia

janeiro 19, 2019 Por Alexandre Morais Sem comentários


Jan Ribeiro/Secult-PE
Foto: Jan Ribeiro/Secult-PE
   Estão abertas as inscrições para o 4º Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia, iniciativa do Governo de Pernambuco sob coordenação da Fundarpe. O objetivo é reconhecer, valorizar e incentivar práticas de transmissão de saberes e fazeres da Cultura Popular, bem como da dramaturgia, por meio do estímulo à escrita dramática e revelação de novos dramaturgos.
   O período de inscrições vai de 18 de janeiro a 28 de fevereiro de 2018. Não há custos.
   
Veja todos os detalhes em www.cultura.pe.gov.br

Veja Margarida - Vital Farias

janeiro 19, 2019 Por Alexandre Morais Sem comentários
Veja você, arco-íris já mudou de cor
Uma rosa nunca mais desabrochou
E eu não quero ver você com este gosto de sabão na boca
Arco-íris já mudou de cor
Uma rosa nunca mais desabrochou
E eu não quero ver você... eu não quero ver...
Veja meu bem, gasolina vai subir de preço
Eu não quero nunca mais seu endereço
Ou é o começo do fim ou é o fim...
Eu vou partir pra cidade garantida, proibida
Arranjar meio de vida Margarida
Pra você gostar de mim
E essas feridas da vida Margarida
Essas feridas da amarga vida
Pra você gostar...
Veja você, arco-íris já mudou de cor
Uma rosa nunca mais desabrochou
E eu não quero ver você com este gosto de sabão na boca
Arco-íris já mudou de cor
Uma rosa nunca mais desabrochou
E eu não quero ver você... eu não quero ver...
Veja meu bem, gasolina vai subir de preço
Eu não quero nunca mais seu endereço
Ou é o começo do fim ou é o fim...
Eu vou partir pra cidade garantida, proibida
Arranjar meio de vida Margarida
Pra você gostar de mim
E essas feridas da vida Margarida
Essas feridas da amarga vida
Pra você gostar de mim...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Sétima Arte

janeiro 17, 2019 Por Alexsandro Acioly Sem comentários
Imagem: Internet

Recife e Caruaru Sediam Aulas do Curso de Finalização Para Cinema


   Mesmo sendo uma fase decisiva para o resultado final de um filme, a pós-produção ainda é um assunto pouco debatido por quem faz a sétima arte. Para provocar o interesse de novos profissionais e desvendar os processos técnicos da fase de finalização de curtas e longas-metragens, a Gatopardo Filmes realiza o MASTER – Curso de Finalização para Cinema, com incentivo do Funcultura. Serão duas oportunidades gratuitas de participar das aulas: no Recife, de 4 a 9 de fevereiro, no Porto Mídia; e em Caruaru, de 11 a 16 do mesmo mês, no Armazém da Criatividade.
   O campo de atuação profissional durante a fase de pós-produção é extenso, pois engloba uma série de áreas como montagem, efeitos visuais, correção de cor e mixagem de som. “A intenção é, de maneira didática e com muitos exemplos, aproximar esses conhecimentos dos profissionais e capacitá-los para atuarem na área ou seguirem se especializando em etapas específicas como a correção de cor e a mixagem de som”, explica Matheus Farias, coordenador pedagógico e um dos facilitadores do curso.
   O Master é dividido em dois módulos (imagem e som) e voltado para quem está realizando seus próprios filmes e enfrenta os desafios da finalização, para profissionais iniciantes e estudantes da área de cinema. Neste sentido, as aulas propõem uma imersão de seis dias no fluxo de trabalho durante a fase de finalização, desde a chegada dos arquivos brutos de um filme na ilha de edição até a masterização do arquivo final.
   Com larga experiência em montagem e finalização, Matheus Farias será o responsável pelo módulo I, enquanto o módulo II ficará a cargo de Nicolau Domingues, técnico e editor de som e trilhas sonoras. Completando a vivência, Eduardo Serrano, mestre em montagem, falará sobre sua experiência como montador e finalizador de inúmeros e importantes longas e curtas em uma masterclass, que acontece no dia 18 de fevereiro, no auditório Porto Mídia, das 19h às 21h.
Elimar Caranguejo/Secult PE
   De acordo com Farias, é a primeira vez que as duas cidades pernambucanas recebem um curso tão completo e abrangendo todas as etapas da pós-produção de um filme. “Normalmente os cursos são voltados apenas para uma ou duas etapas da finalização, como a montagem, ou a edição de som. Neste, queremos traçar o caminho que os arquivos de um filme realizam logo após serem gravados até a fase de exibição, ou seja, quando o filme é de fato lançado”, completa.
   Apesar das atividades serem abertas ao público e gratuitas, é necessário se inscrever previamente por meio de um formulário no site do evento. Os selecionados serão anunciados até o próximo dia 30 de janeiro. Para as aulas, serão destinadas 20 vagas em cada cidade. Já a masterclass, com capacidade para 80 pessoas, será realizada apenas no Recife e custará R$10 para quem não for aluno do curso, pois é uma atividade complementar.

Serviço:

MASTER – Curso de Finalização para Cinema

Recife – de 4 a 09 de fevereiro | Segunda a sexta, das 14h às 18h | Sábado (9.02), das 9h às 13h
Masterclass:  dia 18 de fevereiro, das 19h às 21h
Apolo 235/ Porto Mídia (Rua do Apolo, 235, Recife)
Caruaru – de 11 a 16 de fevereiro | Segunda a sexta, das 14h às 18h | Sábado (16.02), das 9h às 13h
Armazém da Criatividade (BR 104, Km 62 – Nova Caruaru – Caruaru)
Inscrições pelo site: https://www.masterfinalizacao.com/


Sobre o MASTER – Curso de Finalização para Cinema
Módulo I – a imagem

A proposta desse módulo é esmiuçar algumas das etapas pelas quais os arquivos percorrem durante a finalização de um filme: da captura à montagem, do armazenamento, organização e preparação das mídias à correção de cor e efeitos visuais, a masterização e a exibição. Visa desvendar todos os passos da pós-produção, de forma a criar sistemas e fluxos de trabalho que garantam o controle da qualidade técnica de uma produção cinematográfica.

Módulo II – o som

Tem como objetivo explorar de maneira abrangente todas as etapas envolvidas na pós-produção de som de um filme desde o recebimento dos arquivos, a preparação para a edição, a mixagem e a entrega do material para exibição. Com o auxílio de plataformas como o software Pro Tools será possível aliar teoria e prática exercitando a preparação de sessões para edição, mixagem e técnicas variadas de sound design, assim como todas as demais etapas envolvidas no processo de pós-produção de som como a composição de trilhas sonoras, foley e dublagem. As aulas incluem teoria e prática, com utilização de softwares profissionais utilizados no mercado, como Final Cut, Pro Tools, DaVinci Resolve, que serão utilizados em exercícios práticos com trechos de filmes.

MASTERCLASS
Com participação aberta ao público, a masterclass convida Eduardo Serrano para apresentar sua experiência na pós-produção filmes nacionais e estrangeiros, inclusive co-produções com diversos países. Essa atividade complementar tem como propósito mostrar na prática como funciona o mercado de pós-produção no Brasil e quais são as possibilidades de carreira na área, além de discussão de diversos exemplos reais de fluxos de trabalho utilizados em filmes como Boi Neon, Divino Amor, Aquarius e Bacurau.
SOBRE OS FACILITADORES
Matheus Farias (módulo I – a imagem)

Graduado em Rádio, TV e Internet e pós-graduado em Estudos Cinematográficos, Matheus Farias trabalha desde 2011 com montagem de longas e curtas-metragens, séries de TV, trailers e spots para filmes brasileiros, colaborando frequentemente com distribuidoras como a Paris Filmes, Vitrine Filmes e Imovision. É sócio da Gatopardo Filmes, onde dirigiu, roteirizou e montou os curtas Quarto para Alugar (2016) e Caranguejo Rei (2019). Atualmente, está em fase de montagem dos longas O Filme Já Começa na Calçada (Kleber Mendonça Filho) e O Ateliê da Rua do Brum (Juliano Dornelles).

Nicolau Domingues (módulo II – o som)

Trabalha, desde 2009, com captação, edição e desenho de som, produção de trilhas sonoras originais e mixagem de filmes. Com mais de 50 projetos no currículo, entre curtas e longas-metragens, Nicolau é hoje um dos principais profissionais do mercado cinematográfico de Pernambuco quando se trata de som. Na lista de projetos recentes estão os curtas Terremoto Santo (Bárbara Wagner e Benjamin de Burca) e O Porteiro do Dia(Fábio Leal), e os longas Camocim (Quentin Delaroche) e Estou me guardando para quando o carnaval chegar (Marcelo Gomes).

Eduardo Serrano (masterclass)

Mestre em montagem pela National Film School (NFTS)/Royal College of Art na Inglaterra, tem no currículo uma extensa lista de curtas e longas-metragens premiados em festivais ao redor do mundo. Destacam-se os longas Doméstica, Ventos de Agosto, Boi Neon e Divino Amor (Gabriel Mascaro), Eles Voltam e Paterno (Marcelo Lordello), Aquarius e Bacurau (Kleber Mendonça Filho), sendo o segundo em co-direção com Juliano Dornelles, e os curtas Guaxuma (Nara Normande) e Terremoto Santo (Bárbara Wagner e Benjamin de Burca).

Fonte: http://www.cultura.pe.gov.br

janeiro 17, 2019 Por Alexsandro Acioly Sem comentários
Imagem: Divulgação

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

janeiro 14, 2019 Por Alexsandro Acioly Sem comentários
Imagem: Divulgação

Imagem: Divulgação


Vidas Secas - CAIXA Cultural Recife

janeiro 14, 2019 Por Alexsandro Acioly Sem comentários
Foto: Divulgação - Vidas Secas/Tamyris Zago

       
Imagens impactantes, de extraordinária beleza, transmitem a angústia e a esperança sertanejas, que transcendem o regionalismo geográfico e a temporalidade das épocas. Assim é o espetáculo Vidas Secas, da companhia ítalo-brasileira Caravan Maschera, que a CAIXA Cultural Recife recebe, em curta temporada de 17 a 26 de janeiro.
  Pela primeira vez na capital pernambucana, a dupla formada pela italiana Giorgia Goldoni e Leonardo Garcia Gonçalves criou uma adaptação do clássico de Graciliano Ramos com bonecos, máscaras e sem palavras, na qual o foco é o diálogo entre a memória cultural do público e os sentimentos provocados pela encenação.  Em Vidas Secas, oito bonecos criados pela dupla recontam a saga de família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar, de tempos em tempos, para áreas menos castigadas pela seca. As marionetes foram inspiradas em pinturas de Candido Portinari e fotografias de Sebastião Salgado. 
   “Sabíamos desde o início que o discurso literal e textual não seria suficiente para fazer com que o público contemporâneo se emocionasse e fosse afetado pelo texto. Suprimir a palavra é essencial para dar espaço ao público como parte (re)criadora  do texto e do contexto da obra”, avalia Leonardo Garcia. “Sem as palavras concretas ditas em cena,  por meio de bonecos e máscaras, dá-se ao público a liberdade de imaginar e de se projetar sobre os personagens e suas situações vividas no decorrer da trama”, completa o ator.
   Em apresentações recentes na França, Itália, Suíça e Eslovênia, espectadores estabeleceram uma conexão imediata do espetáculo com os refugiados da Síria. “Aquela família de retirantes ainda não é, infelizmente, uma imagem anacrônica. Sobretudo a questão da incomunicabilidade e da situação de extrema repressão psicológica, física e emocional exercida não por uma pessoa, mas por um contexto social, econômico e racial que ultrapassa as fronteiras do sertão nordestino do Brasil.  Por isso, e infelizmente, a identificação com a Guerra Civil na Síria é também bem pertinente”, conclui Leonardo. 
   O grupo, que chega ao Recife após participar de importantes festivais europeus, também oferece um workshop gratuito sobre teatro de bonecos com inscrições abertas aos artistas interessados.


Serviço

Espetáculo Vidas Secas
Local: CAIXA Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife, Recife/PE
Datas: 17 a 26 de janeiro de 2019 (quinta-feira a sábado)
Horário: quinta e sexta-feira, 20h, e aos sábados 18h e 20h
Informações: (81) 3425-1915 
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia para estudantes, professores, pessoas acima de 60 anos e clientes CAIXA)
Bilheteria: a partir das 10h do dia 16/01 (quarta-feira) para as apresentações de 17 a 19/01; e do dia 23/01 (quarta-feira) para as apresentações de 24 a 26/01.
Duração: 65 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Capacidade: 80 lugares
Gênero: Teatro de formas animadas
Trailer do espetáculo: https://youtu.be/h-KRkrwVom8
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

Oficina: Teatro de bonecos
Data: 18 e 19 de janeiro de 2019 (sexta e sábado)
Local: Sala de Oficina da CAIXA Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife, Recife/PE
Informações: (81) 3425-1915 
Horário: sexta (18), das 13h às 17h; sábado (19), das 9h às 13h
Carga Horária: 8h
Ministrantes: Giorgia Goldoni e Leonardo Garcia  
Vagas: 12
Classificação indicativa: 16 anos
Critério de seleção: currículo e carta de motivação. Enviar Carta de motivação (1 lauda) e currículo resumido (1 lauda) para caravanmaschera@gmail.com 
Período de Inscrição:  até 16 de janeiro de 2019
Os selecionados serão informados através de e-mail até o dia 17 de janeiro. 


Fonte: http://agendaculturaldorecife.blogspot.com

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

J. Borges 80 anos

janeiro 07, 2019 Por Alexsandro Acioly Sem comentários
Foto: Divulgação - Crédito Fotográfico: Xirumba

   A CAIXA Cultural Fortaleza recebe, entre 09 de janeiro e 10 de março, a exposição J. Borges 80 Anos, que traz uma coletânea de 40 xilogravuras, sendo 10 inéditas, com temas que retratam a trajetória de vida do artista J. Borges, considerado pelo dramaturgo Ariano Suassuna como o melhor gravador popular do Brasil.
 Na exposição que celebra os 80 anos do artista, completados em 2016, os visitantes poderão conferir obras que retratam diversas fases da história de J. Borges com os temas ‘No Tempo da Minha Infância’, ‘Na Minha Adolescência’, ‘Vendendo Bolas Dançando e Bebendo’, ‘Serviços do Campo’, ‘Cantando Cordel’, ‘Plantio de Algodão’, ‘A vida na Mata’, ‘Plantio e Corte de Cana’, ‘Forró Nordestino’, ‘Viagens a Trabalho e Negócios’.
   “Estou muito alegre com essa exposição sobre os meus 80 anos. Eu ainda quero viver bastante. O que me inspira é a vida, é a continuação, é o movimento. É aquilo que eu vejo, aquilo que eu sinto”, afirma J. Borges. Com curadoria de José Carlos Viana e Marcelle Farias, a exposição reserva um lugar especial para a poesia popular com um espaço dedicado à literatura de cordel.
   Cordelista há mais de 50 anos, os versos de J. Borges tratam do cotidiano do agreste, acontecimentos políticos, fatos lendários, folclóricos e pitorescos da vida. A mostra trará ainda obras assinadas por J. Miguel e Manassés Borges, filhos e aprendizes do artista além da exibição de uma cinebiografia sobre vida e obra do artista, assinada pelo jornalista Eduardo Homem. J. Borges desenha direto na madeira, equilibrando cheios e vazios com maestria, sem a produção de esboços, estudos ou rascunhos. O título é o mote para Borges criar o desenho, no qual as narrativas próprias do cordel têm seu espaço na expressiva imagem da gravura. O fundo da matriz é talhado ao redor da figura que recebe aplicação de tinta, tendo como resultado um fundo branco e a imagem impressa em cor. As xilogravuras não apresentam uma preocupação rigorosa com perspectiva ou proporção.
   A originalidade, irreverência e personagens imaginários são notáveis nas suas obras. Os temas mais populares em seu repertório são o cotidiano da vida simples do campo, o cangaço, o amor, os castigos do céu, os mistérios, os milagres, crimes e corrupção, os folguedos populares, a religiosidade, a picardia, enfim todo o rico universo cultural do povo nordestino.


Incentivo à cultura:
   A CAIXA investiu mais de R$ 385 milhões em cultura nos últimos cinco anos. Em 2018, nas unidades da CAIXA Cultural em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, está prevista a realização de 244 projetos de Artes Visuais, Cinema, Dança, Música, Teatro e Vivências.
   A CAIXA Cultural Fortaleza oferece, desde 2012, uma programação diversificada, com opções gratuitas ou a preços populares, estimulando a inclusão e a cidadania.
   O espaço, situado em um prédio histórico na Praia de Iracema, conta com um cine-teatro com 181 lugares, três amplas galerias de arte, sala de ensaios, salas para oficinas de arte-educação, foyer, café cultural e livraria, além de um agradável jardim e espaços para convivência e realização de eventos.

SERVIÇO:
Exposição J. Borges 80 Anos
Local: CAIXA Cultural Fortaleza
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287 – Praia de Iracema
Abertura da exposição: 08 de janeiro, às 19h, com visita guiada pelo curador José Carlos Viana
Período de visitação: 09 de janeiro a 10 de março de 2019
Horário: terça-feira a sábado, das 10h às 20h | domingo, das 12h às 19h
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita
Paraciclo disponível no pátio interno
Patrocínio: Caixa Econômica Federal
Informações gerais | Bilheteria CAIXA Cultural Fortaleza:
(85) 3453-2770
Fonte: Por Oswaldo Scaliotti - http://tribunadoceara.uol.com.br/



sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Fanatismo

janeiro 04, 2019 Por Alexandre Morais Sem comentários
Florbela Espanca

   Sim, é uma bela canção de Fagner. Mas antes é um belo soneto de Florbela Espanca (foto), poetisa portuguesa que carregou na tinta seus poucos 36 anos de vida.

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver !
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida !

Não vejo nada assim enlouquecida ...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida !

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa ..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim !

E, olhos postos em ti, digo de rastros :
"Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus : Princípio e Fim ! ..."

janeiro 04, 2019 Por Alexandre Morais Sem comentários
Resultado de imagem para pensadores

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Vereda Caminho - Bruno Lins

janeiro 03, 2019 Por Alexsandro Acioly Sem comentários

Foto: José de Holanda/Divulgação

Capa de Vereda Caminho - Foto: José de Holanda/divulgação

     O recifense Bruno Lins se destacou como cancioneiro popular ao liderar, por mais de dez anos, a banda de forró Fim de Feira. Nesse período, entoou sonoridades regionais e poéticas ligadas à tradição cordelista. Em 2009, o grupo ganhou o Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Grupo Regional, alavancando uma turnê internacional por 12 países, incluindo na região do Caribe e alguns do continente europeu. Em seu cotidiano de produção nos últimos anos, no entanto, Bruno veio sentindo sua bússola estética enveredar para o hemisfério norte de forma bastante espontânea.
     Estimulado pelo novo momento de experimentação, o artista reuniu canções engavetadas, juntou outras mais frescas e adentrou no Estúdio Muzak, em Casa Forte, com um elogiado time de músicos e cantores para registrar a epifania criativa que se tornou o seu primeiro álbum solo: Vereda caminho, lançado na última semana exclusivamente no site brunolins.com. Com 11 faixas inéditas, o disco aposta na fusão do baião com o rock setentista e o folk, sem perder a essência regional. Evoca, inclusive, uma musicalidade que remete aos pilares dourados de Alceu Valença, o “Bob Dylan brasileiro”.
     Para construir esse timbre universalista e nostálgico, ele assina a produção reunindo instrumentistas de diferentes gerações, como Hugo Linns, Rodrigo Morcego, Amaro Freitas e Henrique Albino, além daqueles que já o acompanham na Fim de Feira - Lucivan Max (percussão), Luccas Maia (baixo), Thiago Rad (guitarras e violas), Márcio Silva (bateria) e Guga Fonseca (teclados). Os vocais de Isaar e Larissa Lisboa também marcam suas presenças edificantes no projeto.
     "A Fim de Feira não acabou. A banda é uma brasa, uma grande escola. O forró e os ritmos tradicionais sempre foram uma grande referência para mim”, diz Bruno. “No entanto, desde 2014, venho criando algumas músicas paralelas ao grupo. Comecei a perceber que, na verdade, o novo projeto que eu estava procurando estava exatamente nelas. Precisei sair da caixa para poder me expressar em uma poética um pouco diferente do que eu já vinha fazendo", explica. O disco entrou em fase de produção após um aceite do edital do Funcultura, em 2017.
     O resultado é um material cosmopolita na medida certa, agregando à cena musical local contemporânea riffs de guitarra que empoderam a viola caipira, o triângulo e a sanfona. "A música pernambucana é muito abrangente e cativa, mas acho que dessa vez eu abri mais diálogos, conversando com outras expressões musicais externas ao ciclo do forró, com o coco, o baião e o xote numa perspectiva mais contemporânea, moderna", diz Bruno.
     "Meu pai veio do Sertão da Paraíba e minhas primeiras referências musicais foram Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro", diz. "Ao chegar à adolescência, comecei a conhecer outras sonoridades, a ter acesso a outras informações literárias e sonoras modernas. Isso influi diretamente no processo de produção. Descobri um universo do rock and roll não só britânico e norte-americano, mas sobretudo dessa mistura que chegou aqui através de interlocutores como Alceu Valença, Ave Sangria e a galera da geração Udigrúdi. É incrível como eles conseguiram ressignificar. Tudo isso está presente simbolicamente nesse material: uma música do mundo, mas fabricada e desenvolvida aqui na nossa terra", conta.
     No âmbito das temáticas, há uma fuga dos conteúdos mais descritivos das tradições do interior nordestino para focar nas particularidades do intérprete. "A universalidade está na sonoridade, mas na temática é bem mais confessional. Eu me exponho muito. O álbum traça um período da minha vivência. As letras têm um teor bem mais biográfico do que na banda. É um paradigma diferente de olhar de fora para dentro e trazer à tona inquietações, a maneira que observo o mundo".
     Embora ainda esteja exclusivamente no website criado para o projeto, Vereda caminho estará disponível nas plataformas digitais em breve, justamente com uma tiragem física em função do incentivo do Funcultura. A agenda de shows do álbum começa em janeiro, com lançamento nos dias 23 e 24, no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife, no período do Janeiro de Grandes Espetáculos.
    “É muito difícil juntar tanta gente boa para fazer um material que você olhe e diga: ‘está massa’. Sobretudo em tempos tão difíceis para a arte, para a música, para o fazer artístico. Vereda caminhovem para coroar um cenário muito difícil para isso tudo. Serve como objeto de resistência para podermos valorizar isso, para que estejamos preparados para colocar nossa voz e defender nossos direitos”, afirma Bruno Lins.

Fonte: Emannuel Bento - http://www.pernambuco.com

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Festa de Louro

janeiro 02, 2019 Por Alexandre Morais Sem comentários
 
 
   A tradicional e culturalíssima Festa de Louro - homenagem póstuma e sequência dos grandes encontros que o poeta repentista Lourival Batista promovia todo dia 06 de janeiro, data de aniversário, em São José do Egito - este ano presta reverência também aos 90 anos do poeta Job Patriota e aos 60 de Zá Marinho, ambos também em memória. O evento acontece de 03 a 06 de janeiro, com atividades em pontos distintos da cidade e foco no Instituto Lourival Batista, que fica na casa onde o poeta residiu.
   Confira a programação:

03 de Janeiro Espaço SEBRAE/João Macambira (Praça Seresteiro João Pequeno)
9h Oficina de mamulengo - módulo 1 (com José Júlio - Mestre Jurubeba) Inscrições: (81) 99163-7578 – Máximo: 20 vagas

Beco de Zé Rocha
19h Missa do Cantador (com os cantadores Adelmo Aguiar e Gilberto Alves)

Bodega Job Patriota (Rua Domingos Siqueira)
20h:30 CINELOURO
- Poetas Analfabetos do Sertão do Pajeú de Pernambuco (Jeferson Souza)
- Vozes de Livramento (José Alberto Júnior)
-Tem Criança no Repente (Eduardo Crispim)
- Poeta Urbano (Antônio Carrilho)

22h Recital com Nõe de Job e Graça Nascimento
23h Violetas da Aurora em conversa, poesia e cantiga (Fabiana Pirro, Ana Nogueira, Mayra Waquim e Sílvia Góes).
00h Tonino Arcoverde e Publius em Cantorias do Interior para o Mar.

04 de Janeiro
Espaço SEBRAE/João Macambira
9h Oficina de mamulengo – módulo 2 (com José Júlio - Mestre Jurubeba)
14h Mesa Conversa - Meu livro. Meu fazer poético.
Ícaro Tenório, lançando o livro Pós Ficcional, Luna Vitrolira, lançando o livro Aquenda - o amor às vezes é isso e Fernanda Limão, lançando o livro Olhos de nuvem.

15h30 Mesa Conversa – Eu e a Poesia
Antônio Carlos Nóbrega e Samaroni Lima


Bodega Job Patriota
17h
- Performance drag com Allanna the Queen
-Lançamentos
1 - Antologia Trans – 30 poetas trans, travestis e não-binários (Invisíveis produções - Org. Coletivo Transformação)
2 - Efêmero, de Lucas Rafael
3 - Eu, meus eus e o sertão, de Wellington Rocha

-Recital com Valmir Jordão (homenagem a Erickson Luna)
-Alexandre Revoredo

Palco Zá Marinho 20h
-Bia Marinho e Tonfil (homenagem a Zá Marinho)
-Pariceiros (Wilson Freire e Sofia Freire - participação de Antônio Carlos Nóbrega)
-Flaira Ferro
-As Severinas (participação de Agda)

05 de Janeiro
Feira Livre de São José do Egito
9h Mamulengo Jurubeba
Espaço SEBRAE/João Macambira
14h Mesa - Educação livre e libertadora. Poesia ensina.
Gilmar Leite, lançando o livro e tese de doutorado (UFRN) O Sertão educa, Aparecida Izídio, Mestra em letras pela UPE e Jáder Vângelis, poeta e professor da cadeira de poesia popular de São José do Egito.

15h30 Mesa – Job Patriota
Maciel Correia, Antônio José de Lima, Zelito Nunes, Graça Nascimento e Nõe de Job.


Bodega Job Patriota
17h
-Lançamentos
1- Poeta Albino, de Albino Pereira
2- Inspiração, de Lenelson Piancó
3-Minha Herança de Matuto, de Leonardo Bastião

-Recital com Lenelson Piancó e Izabela Moraes (homenagem a Zé Adalberto e a Itapetim).
-Cordeleza

Palco Zá Marinho 20h
-Alysson Islan
-Val Patriota (seresta dedicada a Maura Marinho)
-Encantaria
-Em Canto e Poesia

06 de Janeiro
Espaço SEBRAE/João Macambira
10h Infantil Cordel Animado (Mariane Bígio e Milla Bígio)
Bodega Job Patriota
11h Sebastiana e Severina (Coletivo Caverna) Direção: Cláudio Lira. Espetáculo infanto-juvenil com tradução em libras.
12h Baião de dois
-Instrumental Parceria (Greg Marinho, Ednardo Dali e Miguel Marinho)
- Cantoria com Adelmo Aguiar e Diomedes Mariano,
Rogério Meneses e Raimundo Caetano.

-Mesa de Glosa com Francisca Araújo (Iguaracy), Elenilda Amaral (Afogados da Ingazeira), Dudu Moraes (Tabira),
Gislândio Araújo (Brejinho) e Zezé Neto (São José do Egito)

-Lançamentos
1- Educação TEC - Reflexões Transdisciplinares, Alex Martins da Silva
2- Chapezinho Vermelho Retalhado, Roberta Cândido Mousinho
3- Germinar: de pai para filhos, Esperantivo
4- Galopando amor, fé e cultura, Maria Farias e Adilson Costa.
5 - Violência nunca mais, Isabelly Moreira
6 – Tinto, João Inneco

-Recital com Auzêh Freitas
-Recital com Mariane Alves e Elis Almeida (homenagem a Triunfo)
-Pé-de-serra Talhada
-César Amaral
Barlanche O Artesão (Rua Domingos Siqueira) 22h
-Ednardo Dali
-O Véi Tibôa (Coletivo Marginal)