quinta-feira, 26 de novembro de 2009

novembro 26, 2009 Por Alexandre Morais Sem comentários

novembro 26, 2009 Por Alexandre Morais Sem comentários

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novembro 26, 2009 Por Alexandre Morais Sem comentários

Senado aprova profissão de Cantador de Viola

novembro 26, 2009 Por Alexandre Morais Sem comentários
Foi aprovado no Senado, nesta quarta-feira (25), em caráter terminativo, um projeto de autoria do deputado André de Paula (DEM-PE) regulamentando a profissão de cantador de viola.
O projeto foi inicialmente apresentado pelo deputado Wilson Braga (PDT-PB) mas acabou sendo arquivado antes de ir para votação.
André de Paula o reapresentou e Inocêncio Oliveira (PR) fez gestões em favor de sua aprovação por ser um grande admirador dos violeiros nordestinos.
Só falta agora a sanção do presidente da República para virar lei. De acordo com o projeto, “considera-se repentista para os fins desta lei o profissional que utiliza o improviso rimado como meio de expressão artística, transmitindo a cultura e a tradição popular por intermédio do canto, da fala ou da escrita”.
De acordo com o pesquisador e folclorista Saulo Passos, Pernambuco é o Estado do Nordeste que tem o maior número de cantadores de viola mas na votação de hoje os três senadores de Pernambuco estavam ausentes.
Em nome da classe, os violeiros Geraldo Amâncio e Chico de Assis cantaram de improviso para os senadores.

Do site: inaldosampaio.com.br

terça-feira, 10 de novembro de 2009

novembro 10, 2009 Por Alexandre Morais Sem comentários

O caçote lambe o chão...

novembro 10, 2009 Por Alexandre Morais 1 comentário

Dia desses recebi de Verônica Sobral, de Tabira (PE), o mote “O caçote lambe o chão / Da cacimba que secou. O tema fora lançado numa comunidade do Orkut e pediam novos versos. Fiz um, mandei, depois outro, mandei... acabei fazendo seis. Deixo três aqui:


-


Quando a seca se espalha

Na paisagem sertaneja

Um bode triste bodeja

Pois o berro é sua fala

Quem pudesse transformá-la

Nos dizia: - ele berrou

Dizendo a vida mostrou

Que quando as águas se vão

O caçote lambe o chão

Da cacimba que secou


-


A campesina serena

Volta cedo do roçado

Expondo o corpo suado

Que o sol ressecou sem pena

Nasceu branca, tá morena

E com jeito que gostou

Diz o que alguém ensinou

- Aqui no nosso torrão

O caçote lambe o chão

Da cacimba que secou


-


Uma abelha voa perdida

Em busca de água e flor

Toda folha perde a cor

Gafanhoto perde a vida

Uma vaca recém parida

Do vivente que gerou

Lambe o beiço, diz eu dou

Com saliva a salvação

E o caçote lambe o chão

Da cacimba que secou

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A grandeza dos nossos poetas

novembro 09, 2009 Por Alexandre Morais Sem comentários
Recentemente o município de Itapetim (PE) promoveu o seu VIII Festival de Poesia e rendeu homenagem aos 40 anos do encantamento do poeta natal Rogaciano Leite. Na noite dos cantadores, o poeta Sebastião Dias fez, entre outras, estes versos em Sete Linhas exaltando o homenageado:
-


O filho de Itapetim

Também foi um dos gigantes

Deixou Ceará Selvagem

Mais bonito do que antes

A Tarde de Maio calma

E o sertão de Carne e Alma

Nos olhos dos Estudantes

-

Por tudo que o gênio fez

Deixou meu peito em dores

No poema de Eulália

Recordou os seus amores

A semente da Saudade

Criou mais fertilidade

No seu Pajeú de Flores
-

A grandeza do poeta: Ceará Selvagem, Tarde de Maio e Aos Estudantes, na primeira estrofe, assim como Eulália e Saudade, na segunda, são títulos de poemas de Rogaciano Leite. Carne e Alma, na primeira estrofe, é o título de um livro do poeta itapetinense, e Pajeú de Flores, que finaliza a segunda estrofe, é uma de suas citações mais célebres e mais repetidas neste pedaço de mundo poético no interior de Pernambuco. É o fecho da primeira estrofe do poema Aos críticos, composto por Rogaciano no Rio de Janeiro, em 1950.

domingo, 8 de novembro de 2009

Louro tem poesia

novembro 08, 2009 Por Alexandre Morais Sem comentários
O poeta repentista Louro Branco é conhecido na classe por seus versos engraçados, muitos até picantes. Certa vez cantando aqui em Afogados da Ingazeira (PE), depois de arrancar um bocado de sorrisos, disse, num ar de desabafo: - Eu tenho poesia, mas o povo só quer que eu cante putaria. A verdade é que o mote nem puxava tanto para galhofadas, ele é que naturalmente enveredou por este lado. Mas outra verdade é que o branco tem poesia mesmo. O verso abaixo é dele:

-
Amo meus pais como prova


Porque são meus genitores


Mamãe na cova sem dores


Papai com dores sem cova


Mamãe morreu muito nova


Papai ficou sem aquela


Hoje a casa dele e dela


Não é dela e nem é dele


Mamãe na cova sem ele


Papai na casa sem ela


-

Bonito, poeta!