terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Falando em Carnaval

fevereiro 18, 2020 Por Alexsandro Acioly Sem comentários

Maestro José Menezes
José Xavier Menezes
 12/4/1923 Nazaré da Mata, PE
 13/11/2013 Recife, PE

Imagem/Internet

Biografia

Instrumentista. Arranjador. Compositor. Maestro.

  Seu pai e seu avô eram músicos e recebeu grande incentivo da família para que seguisse a mesma carreira. Com 13 anos começou a estudar música com o professor José Alves Cantalice, na Banda Nazaré da Mata.

Dados Artísticos

   Em 1943, mudou-se para o Recife, onde atuou durante seis anos na Jazz Band Acadêmica, dirigida por Pádua Valfrido. Em 1949, a convite do maestro Nelson Ferreira, passou a integrar a orquestra Rádio Clube de Pernambuco, onde atuou como saxofonista, clarinetista e arranjador, tendo-se tornado regente quatro anos após. Com a profissionalização, pode intensificar seus estudos, tendo sido aluno dos professores Severino Revoedo, Clóvis Pereira e do padre Jaime Dinis. Em 1949, teve sua primeira composição gravada, o frevo "Sofrendo é que se aprende", gravado na Star por Sílvio César e sua orquestra. 
    Em 1950, Zaccarias e sua Orquestra gravou pela RCA o frevo "Freio à óleo". Este frevo foi um de seus maiores sucessos, tendo recebido oito regravações. Em 1955, seu frevo-canção "Boneca", composto em parceria com Aldemar Paiva, inaugurou na voz de Claudionor Germano a gravadora Mocambo, de Pernambuco, em disco que trazia, no lado A, a Jazz PRA-8 de Nelson Ferreira. No mesmo ano, teve o frevo-canção "Pataco taco", de parceria com Edinho, gravado pelo Trio Guarani, e o frevo "Salgadinho" gravado pela Orquestra Tamandaré também na Mocambo. Ainda nos anos 1950, transferiu-se para São Paulo, onde atuou como regente de orquestras e arranjador. Em 1957 teve o frevo "Ingratidão", parceria com Neusa Rodrigues, gravado por Rinaldo Calheiros e o frevo-canção "A casa cai..." gravado por Raimundo Santos. No mesmo ano gravou com Seus Melodistas dois discos na Mocambo, interpretando o choro "Temperado", de sua autoria e Inaldo Vilarim, o beguine "Ritmo latino", de Victor Young, o bolero "Anastácia", de Newman e Webster e o samba "Gafieira é comigo", de sua autoria. Em 1958, o Bloco Mocambinho da Folia gravou de sua autoria e Geraldo Costa o frevo de bloco "Terceiro dia". 
    Em 1960, voltou para o Recife, assumindo a direção da TV Rádio Clube. Paralelamente manteve um conjunto para acompanhamento de cantores e para apresentações individuais. Ainda em 1960, fundou sua própria orquestra, que foi responsável durante 25 anos pela animação dos bailes carnavalescos do Recife, tornando-se uma das mais famosas do Nordeste. Em 1961, lecionou harmonia no III Curso Nacional de Música Sacra da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Recife. Em 1962 o cantor Meves Gama gravou seu frevo-canção "Está faltando alguém". Em 1963 teve o frevo-canção "Rosa" gravado por Francisco Barbosa. Em 1964, Irma Santos gravou o frevo-canção "Tô pegando fogo". Em 1966, saiu da Rádio Clube, passando a dedicar-se a apresentações com sua orquestra, além de participar em gravações de outros conjuntos. 
    Em 1972, fez o curso de Treinamento para Professor de Cultura Musical, além do curso de pesquisa folclórica com Abelardo Rodrigues. Em 1976, gravou com sua orquestra, pela Rosenblit, o disco "O frevo vivo de Levino Ferreira". No mesmo ano, gravou pela Philips o LP "Antologia do frevo". Suas mais de 100 composições abrangem frevos, canções, frevos-de-bloco e frevos-de-rua. Teve como principais parceiros Aldemar Paiva, Geraldo Costa e Manuel Gilberto. Em 1979, apresentou-se com sua orquestra no Festival Internacional de Jazz de São Paulo. Foi premiado diversas vezes com seus frevos em concursos carnavalescos no Recife, entre os quais o frevo "Baba de moça". Foi o diretor de três festivais nordestinos de Música Popular Brasileira. Dirigiu ainda quatro festivais de frevo promovidos pela Rádio Clube de Pernambuco. 
   Entre 1979 e 1989, foi vencedor por seis vezes do Frevança - Encontro Nacional do Frevo e do Maracatu, promoção da Fundação de Cultura Cidade do Recife, com apoio da Rede Globo Nordeste. Em 1993, a série Revivendo lançou sua obra no CD "Carnaval sua história e sua glória", volume 8. Em 1995, a mesma série lançou composições suas no volume 15.

Obra

  • A casa cai...
  • Baba de moça
  • Boneca (c/ Ademar Paiva)
  • Está faltando alguém
  • Freio à óleo
  • Gafieira é comigo
  • Ingratidão (c/ Neusa Rodrigues)
  • Pataco taco (c/ Edinho)
  • Rosa
  • Salgadinho
  • Sofrendo é que se aprende
  • Temperado (c/ Inaldo Vilarim)
  • Terceiro dia (c/ Geraldo Costa)
  • Tô pegando fogo
  • Venha que eu dou

Discografia

(1957) Anastácia/Gafieira é comigo • Mocambo • 78
(1957) Temperado/Ritmo latino • Mocambo • 78
(1976) Antologia do frevo • Philips • LP
(1976) O frevo vivo de Levino Ferreira • Rosenblit • LP
(1980) Baile da saudade. Volume 5 • Bandeirante • LP
(1993) Carnaval sua História e sua glória. Volume 8 • Revivendo • CD
(1995) Carnaval sua História e sua glória. Volume 15 • CD





fevereiro 18, 2020 Por Alexsandro Acioly Sem comentários
Imagem/Divulgação

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Falando em Carnaval

fevereiro 13, 2020 Por Alexsandro Acioly Sem comentários


Getúlio Cavalcanti

Imagem/Internet

   Segundo filho de Aluísio Holanda Cavalcanti e Marina Matias de Souza, Getúlio de Souza Cavalcanti nasceu na cidade de Camutanga, na Zona da Mata Norte, Estado de Pernambuco, no dia 10 de fevereiro de 1942. Antes dele, nasceriam Darcy (a primogênita) e, posteriormente, Aluísio Júnior. Em sua cidade natal, cursou as primeiras quatro séries do ensino fundamental nas escolas Típica Rural e Manoel Guedes, sendo transferido, depois, para o Ginásio Timbaubense, onde permaneceu interno para poder concluir o curso ginasial. Em 1957, ele veio morar no Recife, onde cursou o ensino médio no então Colégio Padre Félix, no bairro da Boa Vista.

   Ainda adolescente, Getúlio participaria de muitas serenatas e serestas sob o luar de Camutanga, que marcaram substancialmente toda a sua obra poético-musical. Ao iniciar as suas atividades laborais no Recife, o compositor ajudaria o pai em seu estabelecimento comercial e, depois, exerceria a função de encarregado de depósito no Diario de Pernambuco. 

  Em 1966, Getúlio casa com Rosileide Loyo (carinhosamente chamada de Rose) e, dessa união, nascem Hélio (em 1967), Ângelo (em 1969), Alessandra (em 1971) e Cassius (em 1974).  Em 1970, o compositor conclui o curso de Administração de Empresas, na Universidade Federal de Pernambuco, mas nunca se preocupou em receber o diploma.

  Compor, cantar e interpretar músicas representa um hobby que Getúlio possui desde a adolescência. Porém, como artista propriamente dito, iniciou no ano de 1962, cantando na extinta Rádio Clube de Pernambuco.  Nesse mesmo ano, ele criaria o frevo-canção Você gostou de mim, que a fábrica Rozemblitgravou em forma de LP, no mesmo ano. Vale salientar, também, que o talentoso compositor trabalhou durante 18 anos na International Business Machine (IBM),empresa da qual se aposentou; e que, há 11 anos, se tornou um empresário no ramo da informática.

   De 1962 em diante, Getúlio compôs e gravou muitas músicas de grande sucesso, a exemplo de: O bom Sebastião (frevo-de-bloco, 1975); Antônio Maria(frevo-de-bloco, 1976); Clube do limão (frevo-canção, 1977); Boi castanho(frevo-de-bloco, 1978); Sete anos de saudade (frevo-de-bloco, 1979); Recado a Capiba (frevo-canção, 1980); Último regresso (frevo-de-bloco, 1981);Cantigas de roda (frevo-de-bloco, 1982); Freviocando (frevo-canção, 1983); O frevo tá na praça (frevo-canção, 1984); Tributo a Faustino (frevo-de-bloco, 1985); Chora batutas (frevo-de-bloco, 1986); Um amor a mais (frevo-de-bloco, 1987); Agonia de um bloco (frevo-de-bloco, 1988); No pequeno olhar eTributo a Bajado (frevos-de-bloco, 1990); Escuta boêmio Cadê o apito(frevos-de-bloco, 1991); Sai pra lá baiano (frevo-canção, 1992); Relembrando Moysés (frevo-de-bloco, 1993); Cheirando a motel (frevo-canção, 1994);Revendo Olinda (frevo-de-bloco, 1995); Maré me leva (frevo-canção, 1995);Depois de banhistas (frevo-de-bloco, 1996); Bloco das Flores (frevo-de-bloco),Madrigal (frevo-de-bloco); Ilusão fatal (frevo-de-bloco); Urso safado (frevo-canção); Segurando o talo (samba-canção); Cinco anos de ilusões (frevo-de-bloco); Blocos da minha vida (frevo-de-bloco); Aurora dos carnavais (frevo-de-bloco); Estrela guia (frevo-de-bloco); Perseguidor (frevo-de-bloco); De volta ao Chantecler (frevo-canção); Velho coração (frevo-de-bloco), e outros.

   Ele compôs ainda em outros gêneros musicais, tais como baiões, baladas, marchas-rancho, sambas, maracatus, sambas-canção, toadas, rocks e boleros. Suas composições são as seguintes: Estranho amorMeu pé de macarrão,ViolaçãoBadia, Ave Maria nordestinaO mensageiroÉ tardeEstrada de verdadeCantiga de quem vive sóPor amor ao RecifeHoje tem galoO frevo ta na praça, Vovó SeverinaEu acho é poucoDoce com queijoPor paixão,Teorias, A dona daquele sorriso, PerdãoAo mestre, com saudadeQuero ser o seu amorPêlo de cana, Estrela-guiaPelas ruas de OlindaFoi o galo que passou em minha ruaBraços abertosPaixão medrosaDá licença RecifeA mais de milLá vem meu bloco azulCasa de cameloSolteirãoUm amor a maisNelson FerreiraMeu pastorilUm ano depoisBloco para um poeta,Velho bandolimQuando as ilusões regressam e Salve, salve Emiliano .

    Vencedor de vários concursos de músicas carnavalescas, as composições musicais de Getúlio foram gravadas por vários cantores e conjuntos brasileiros renomados, tais como o Coral Banhistas do Pina, o Coral Mocambo, o Maestro Zezinho e a Banda Capibaribe, a Orquestra de José Menezes e o Coral de Joab, o Conjunto Romançal, as Pastoras do Boi Castanho, o Coral Bloco da Saudade, o Coral Bloco das Ilusões, a Banda de Pau e Corda, a Turma do Pingüim, o Coral Frevança, o Coral Vitória Régia, Guedes Peixoto/orquestra e coral, Claudionor Germano, Noite Ilustrada, André Rio, Nando Cordel, Leonardo, Altemar Dutra, Antônio Nóbrega, Têca Calazans, Alessandra (sua filha), e outros. Em 1987, gravou algumas músicas pela Fundação Joaquim Nabuco, através de um LP da série “Compositores Pernambucanos”.

    Ao ser entrevistado pela autora do presente trabalho, o compositor deixaria registrado que, um dos seus maiores sonhos, era o de poder vivenciar a valorização dos compositores pernambucanos, por parte das autoridades e das entidades que atuam em prol da divulgação cultural. A esse respeito, ele lembrou o incidente ocorrido durante o Baile Municipal do Recife, no carnaval de 2005, quando o prefeito da cidade contratou Elza Soares para cantar, ao invés de valorizar e trazer os compositores e intérpretes pernambucanos e/ou nordestinos, e o público presente, como forma de protesto, vaiou a famosa cantora, que não possuía qualquer relação com músicas carnavalescas.

    São da autoria de Getúlio as nove músicas que compõem, hoje, o repertório do Bloco da Saudade: Último regressoO bom SebastiãoCantigas de rodaChora BatutasRelembrando MoysésOs blocos estão voltandoTributo a BajadoAdeus saudade Salve, salve Emiliano.

    Como a grande maioria dos compositores pernambucanos - como Capiba, José Menezes, Alírio Moraes, Antônio Maria e Nelson Ferreira - Getúlio nunca conseguiu sobreviver dos ganhos advindos dos direitos autorais. Quando recebe alguma importância financeira, esta é pequena e chega às mãos do artista quatro meses depois da divulgação da música, através da União Brasileira dos Compositores (UBC), uma empresa arrecadadora à qual está vinculado.

    Cabe ressaltar que um livro do compositor, intitulado “Por quem os blocos cantam?”, uma espécie de autobiografia que ele escreveu durante 20 anos, foi lançado recentemente em São Paulo, pela Editora Vitale.

   Um dos maiores sucessos musicais de Getúlio é o frevo-de-bloco Último regresso, cuja letra é apresentada a seguir.


Falam tanto que meu bloco está
Dando adeus prá nunca mais sair
E depois que ele desfilar
Do seu povo vai se despedir
No regresso de não mais voltar
Suas pastoras vão pedir
Não deixem não
Que um bloco campeão
Guarde no peito a dor de não cantar
Um bloco a mais
É o sonho que se faz
Nos pastoris da vida singular
É lindo ver o dia amanhecer
Com violões e pastorinhas mil
Dizendo bem
Que o Recife tem
O carnaval melhor do meu Brasil.


    O poeta e compositor Getúlio Cavalcanti, ao mesmo tempo em que prima pela simplicidade, possui um enorme talento, carisma e inteligência. Através da beleza e da simplicidade dos seus versos, ele vem abrilhantando sempre o carnaval, ao mesmo tempo em que deixa um legado inestimável para a cultura do País, e mais especificamente para o carnaval de Pernambuco, que representa, sem dúvida alguma, a festa mais popular de todo o Brasil.

Palco Pajeú

fevereiro 13, 2020 Por Alexsandro Acioly Sem comentários
Imagem/Divulgação

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Carnaval no Cais

fevereiro 06, 2020 Por Alexsandro Acioly Sem comentários

Pernambuco lança programação de pré-Carnaval no Cais do Sertão


Foto: Guga Matos

Evento começou ontem quarta-feira, 5, e vai até o domingo, 9; Alceu Valença fará o encerramento.


   A folia vai ser antecipada este ano no Estado de Pernambuco. O Governo lançou o “Bora Pernambucar no Carnaval”, evento que teve início ontem quarta-feira, 5, ao domingo, dia 9, no Cais do Sertão, localizado no Bairro do Recife. A ideia é celebrar a música, a cultura popular, a moda, o artesanato, a gastronomia e a fotografia.
   O evento vai contar com nomes como Alceu Valença, Maestro Spok, Romero Ferro, Ylana Queiroga, Gilú Amaral, Flaira Ferro, grupo Bongar e a Orquestra malassombro. Na programação estão também grupos tradicionais de maracatus, blocos líricos, caboclinhos, encontro de bonecos gigantes, la ursas de São Caetano, caretas de triunfo, caiporas de Pesqueira e papangus de Bezerros.  

Programação:
5/2 - Quarta-feira
Desfile de grifes ao som da DJ Lala K. Bloco das Flores e Ylana Queiroga com o grupo Ska Maria Pastora e Flaira Ferro. 
6/2 - Quinta-feira 
Coco Raízes de Arcoverde, afoxé Alafin Oyó, Romero Ferro e DJ Mozão
7/2 - Sexta-feira
Maracatu  Cambinda Estrela, Clube de Bonecos de Seu Malaquias, Maracatu Nação Pernambuco, grupo Bongar e Dj 440.  
8/2 - Sábado
Maracatu Nação Porto Rico, Tribo Indígena Carijó, Gilú Amaral convida Henriqe Albino, Nilsinho Amarante, Alex santa e Jonatas Araújo, Maestro Spok, Orquestra Recife e DJ Copy. 
9/2 - Domingo
Encontro dos bonecos gigantes, Orquestra Malassombro convida Isadora Melo, Rogério Rangel e Vinícius Barros. Encerramento com Alceu Valença. 
O evento é realizado pela secretaria de Cultura e Turismo do Estado, Fundarpe e Empetur. 
Informações em facebook.com/secretariadeturismodepernambuco.

Programação completa e horários:

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Música

fevereiro 05, 2020 Por Alexsandro Acioly Sem comentários

Rec-Beat Caruaru Leva Diversidade de Ritmos e Shows ao Agreste


                                                                                                                                                      Leo Caldas/Secult-PE


Terceira edição do festival em Caruaru leva Siba, Frente Cumbieiro, Gabi da Pele Preta e DJ 440, com entrada gratuita



   O Rec-Beat realiza, no próximo dia 15 de fevereiro, a terceira edição consecutiva do festival em Caruaru com shows de Siba, Gabi da Pele Preta e dos colombianos Frente Cumbieiro. O DJ 440 abre a programação e também agita os intervalos das apresentações. O palco será montado no Polo Cultural Estação Ferroviária, no Bairro Maurício de Nassau, a partir das 16h, com entrada gratuita.
   Destaque da música pernambucana atual, Siba chega embalado pelo coco de roda, zambê e maracatu rural em seu novo trabalho Coruja Muda. Neste novo disco, além das referências nordestinas, ele ainda se inspirou no som da diáspora africana, especialmente  do Congo. Com Siba nos vocais e guitarras, a banda ainda traz Rafael dos Santos (bateria), Lello Bezerra (guitarra e baixo), Mestre Nico (voz, percussão e trombone).
   Direto da Colômbia vem a Frente Cumbieiro, uma das principais representantes da identidade da cumbia na América Latina. Formado por Mario Galeano Toro, Pedro Ojeda, Marco Fajardo e Sebastián Rozo, a banda também chega com novas canções, como o single recém-lançado “Porrovía”.
   A conterrânea Gabi da Pele Preta traz seu som que une a música popular brasileira com o pop. Com letras que carregam temas sociais relevantes, ela estreita seu diálogo com o público em um show conhecido pela potente energia.
   Já DJ 440, da tradicional festa Terça do Vinil, apresenta seu som tropical dançante com um setlist cheio de clássicos da MPB, além de sonoridades africanas, latinas e também com fortes referências mundiais, passeando por diversos estilos.
  A edição em Caruaru segue a proposta artística que sempre norteou o Festival Rec-Beat ao longo de sua história, que é de celebrar a diversidade de ritmos da cultura local e destacar tendências da cena nacional e internacional. O evento acontece com o Apoio Cultural da Fundação de Cultura de Caruaru e Prefeitura de Caruaru.
Serviço:

Festival Rec-Beat 2020

Edição especial em Caruaru
15 de fevereiro  (sábado), 16h

Estação Ferroviária, centro, Caruaru, Pernambuco
Gratuito



terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

fevereiro 04, 2020 Por Alexandre Morais Sem comentários
Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...
E nem é lá longe, é aqui... no Pajeú... na Ingazeira... no Minadouro, lugar que mina ouro em forma de arte.

fevereiro 04, 2020 Por Alexsandro Acioly Sem comentários
Imagem/Divulgação

Falando em Carnaval

fevereiro 04, 2020 Por Alexsandro Acioly Sem comentários

Maestro Duda


Imagem/Internet

   O seu nome de batismo é José Ursicino da Silva. Contudo, no mundo do frevo é conhecido como Maestro Duda. Filho da terra de músicos, Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco, nasceu em 23 de dezembro de 1935. Aos oito anos, começou a estudar música, aos dez, já era integrante da Banda Saboeira e logo escreveu sua primeira composição, o frevo “Furacão”.
   Regente, compositor, arranjador e instrumentista, Maestro Duda é referência no cenário cultural do frevo. Chegou a tocar Oboé na Orquestra Sinfônica do Recife e formou várias bandas de frevo, tendo a carreira repleta de sucessos, como “Nino, o pernambuquinho”. Para teatro, musicou “Um Americano no Recife”, com direção de Graça Melo, e outras peças dirigidas por Lúcio Mauro e Wilson Valença. Foi chefe do Departamento de Música da TV Jornal do Comércio e trabalhou na TV Bandeirantes, em São Paulo. Em 1970, voltou para o Recife, tornando a integrar a Orquestra Sinfônica e passando a atuar como professor-arranjador do Conservatório Pernambucano de Música.
   Compositor de diversos frevos, choros e sambas gravados por Jamelão, músicas para Quinteto de Sopros e Quinteto de Metais, banda e orquestra, recebeu o prêmio de melhor arranjo de música popular brasileira em 1980, em concurso promovido pela Globo, Shell e Associação Brasileira de Produtores de Discos. Reconhecida sua excelência cultural, foi eleito como Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco em 2010, e homenageado pelo Carnaval do Recife em 2011.