sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Itapetim realiza hoje o tradicional Festival de Violeiros

dezembro 27, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários


   Acontece hoje (27) o tradicional Festival de Violeiros de Itapetim - PE. Esta é a 24ª edição do evento. 
As apresentações começam às 20h, na Praça Poeta Rogaciano Leite, com acesso livre. 

   As duplas concorrentes são Ivanildo Vila Nova e Rogério Menezes, Diomedes Mariano e André Santos, Biu Dionísio e Zé Carlos do Pajeú e Afonso Pequeno e Raimundo Caetano. A dupla Fernando Emídio e Val Pimenta faz apresentação especial e Alexandre Morais será o declamador. A apresentação fica por conta de Zé Adalberto e Izabela Ferreira. Ao final haverá show com César Amaral.

   A realização é do Governo Municipal, por meio da Secretaria de Cultura.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Alexandre Morais e Lindomar Sousa no programa Prosa de Mestre

dezembro 26, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários


  O programa Prosa de Mestre é conduzido pelo Poeta Repentista Edmilson Ferreira. É transmitido ao vivo pelos canais do Poeta no Youtube (Mestre do Repente) e no Facebook (edmilsonrepentista).

  Na última segunda-feira (23) foi realizada a edição de 241. Os convidados foram o Poeta Alexandre Morais e o músico e cantor Lindomar Sousa. Bom papo, música e poesia. Vale a pena conferir.

  Confira o programa na íntegra clicando a imagem acima.

sábado, 21 de dezembro de 2024

Flores celebra Moacir Santos

dezembro 21, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários

Foto: Fábio Seixo/7-03-2001

   A cidade de Flores será palco de um evento especial neste sábado (21). O 2º Experimento Colaborativo da Rede Criativa do Pajeú promete encantar o público com uma homenagem emocionante ao grande maestro Moacir Santos (foto), conhecido como o “Ouro Negro do Pajeú”.

   O encontro será das 15h às 21h, na Rua Siqueira Campos, em frente à Escola de Música Petronilo Malaquias. O evento celebra a genialidade de Moacir Santos, que projetou o Pajeú para o mundo, evidenciando a riqueza cultural e artística da região.

   Com o apoio do Sebrae, Territórios Empreendedores e IADH, a programação promete momentos de emoção e reflexão sobre o legado de Moacir, além de valorizar a criatividade local e o empreendedorismo.

  Moacir Santos deixou uma contribuição inestimável para a música brasileira e internacional. O evento será uma oportunidade de reviver sua obra, resgatar suas raízes e transmitir seu legado às futuras gerações.

  Para a organização, o 2º Experimento Colaborativo é mais do que uma homenagem. É um momento de celebração da identidade cultural do Pajeú, conectando a comunidade ao que há de mais valioso: suas raízes e histórias.

Antonio Marinho declamando em Afogados da Ingazeira

dezembro 21, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários


Há 10 anos -  Recital do Poeta Antonio Marinho, no 7º Pajeú em Poesia, realizado em 25/12/2014, na calçada da igreja matriz de Afogados da Ingazeira - PE. Imagens de Thadeu Filmagens.

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Caixa com fotos de antigas namoradas inspirou música de Toninho Geraes que, segundo decisão judicial, foi plagiada por Adele

dezembro 17, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários

Foto: Cris Gomes/Divulgação

 Do G1

   Uma caixa com fotos de antigas namoradas inspirou a canção "Mulheres", de Toninho Geraes. A música, de 1995, foi sucesso principalmente nos anos 90 na voz de Martinho da Vila, mas já teve várias regravações.

   Uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro do último dia 13 entendeu que a canção foi plagiada pela britância Adele e determinou que ela fosse retirada de streamings, sob pena de multa diária em caso de descumprimento.

  A história sobre a velha caixa de fotos foi contada por Toninho em várias entrevistas. Ao programa Sr. Brasil, de Rolando Boldrin, na TV Cultura, em 2012, ele afirmou que, depois de uma sessão de composições fracassada dedilhando o cavaquinho, decidiu procurar o telefone de um empresário dentro da tal caixa.

  Uma caixa com fotos de antigas namoradas inspirou a canção "Mulheres", de Toninho Geraes. A música, de 1995, foi sucesso principalmente nos anos 90 na voz de Martinho da Vila, mas já teve várias regravações.

  Uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro do último dia 13 entendeu que a canção foi plagiada pela britância Adele e determinou que ela fosse retirada de streamings, sob pena de multa diária em caso de descumprimento.

  A história sobre a velha caixa de fotos foi contada por Toninho em várias entrevistas. Ao programa Sr. Brasil, de Rolando Boldrin, na TV Cultura, em 2012, ele afirmou que, depois de uma sessão de composições fracassada dedilhando o cavaquinho, decidiu procurar o telefone de um empresário dentro da tal caixa.

Conteúdo do próprio

  Veja abaixo uma vídeo da música de Adele, publicado em 2022, no canal Witch Music. A letra é bem diferente mas a música!



segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Poema O que vale é ter valor

dezembro 16, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários


 Poema O que vale é ter valor, de autoria de Alexandre Morais, recitado por ele mesmo

Triunfo sedia Feira Literária

dezembro 16, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários


    A ‘1ª Feira Literária Germinar – Triunfo das Letras’ vai reunir escritores, artistas, editoras e público para debater literatura, lançar livros e participar de várias outras atividades. O evento acontece entre os dias 20 e 22 deste mês no Pátio de Eventos Maestro Madureira e em vários locais da região central da cidade sertaneja.

   Promovida pela Editora Germinar, a feira pretende destacar não apenas a produção literária local, mas também fomentar o diálogo entre o tradicional e o contemporâneo, valorizando a identidade cultural pernambucana.

   A programação intensa é de tirar o fôlego, incluindo oficinas, workshops, palestras, exposições literárias, apresentações culturais, feira de artesanato e estandes de vendas. A festa literária pretende refletir a diversidade e a força da cultura sertaneja, criando um espaço de aprendizado, troca e celebração para leitores de todas as idades.

  Entre os destaques da programação estão exposição e lançamentos literários com autores como Paulo André Moraes Pires com o livro “Memórias de um motorista de turnês” e Lucivaldo Ferreira, que relança a obra “Instantâneos”. O público também será contemplado com a palestra da pesquisadora Diana Rodrigues abordando o tema “A vida missionária de Frei Ibiapina com as mulheres na Casa de Caridade”.

  “A Feira Literária Germinar é uma iniciativa pioneira no Sertão do Pajeú, buscando promover a democratização do acesso à cultura e estimular o protagonismo de autores e artistas locais”, destaca Júlio César Fabrício, diretor da Editora Germinar e curador do evento. “Mais do que um festival, é um convite para refletir sobre a preservação das tradições culturais, incentivando o público e as empresas a apoiarem iniciativas que mantêm viva a identidade do nosso povo”, conclui.

PROGRAMAÇÃO

Dia 20 – Sexta-feira

Palestra
“Transformando traumas de infância em sucesso”
Com Lourdes Queiroz
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 9h

Exposição
“Sertão: estêncil e poesia”
Com Mariane Alves
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 9h

Oficina
“Tessituras de novas-antigas escrevivências no Sertão do Pajeú”
Com Janaína Ferreira
Local: Fábrica de Criação Popular
Horário: 10h

Performance
Poeta Islan e Forró Pé de Rabeca
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 10h30

Workshop
“Desafios da ilustração editorial: um olhar em aquarela”
Com Anacah
Local: Casa Pankararu
Horário: 15h

Lançamento
Caixa de cordéis e contação de histórias
Com Elis Almeida
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 17h às 19h

Dia 21 – Sábado

Palestra
“Resquícios indígenas no Pajeú”
Com Luiz Pankará
Local: Biblioteca Municipal de Triunfo
Horário: 9h

Oficina
“Reinventando cores: a pintura como arte da reciclagem”
Com Juh Arttes e Jefferson Pedro
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 10h30

Palestra
“Quebrando correntes: editoras independentes e a renovação da literatura”
Com Sabrina Carvalho e Bella Labanca
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 15h

Lançamento do livro
“Música extrema em deba(r)te: saberes e práticas marginais”
Com Guga Burkhardt
Local: Casa Pankararu
Horário: 15h

Recital de Poesias
Com as integrantes do Sarau Pantim
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 15h30

Palestra
“A vida missionária de Frei Ibiapina com as mulheres na Casa de Caridade”
Com Diana Rodrigues
Local: Casa do Artesão
Horário: 16h

Workshop
“O Caminho da Harmonia: Aikidô e a arte de escrever com o corpo”
Com o sensei Wilson Tenório
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 17h

Oficina
“Versos em movimento”
Com Elis Almeida
Local: Pelas ruas de Triunfo
Horário: 8h30

Lançamento 1
Cordel “A peleja da Veinha com o Careta”
Com Jéssica Caitano e Bruna Florie
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 15h

Lançamento 2
Livro “Poetizando com a Betty: palavras que vêm do coração”
Com Elizabete Nunes
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 10h

Lançamento 3
Livro “Desamor: um nó para se desatar”
Com Sebastião Araújo
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 9h

Dia 22 – Domingo

Lançamento 1
Livro “Memórias de um motorista de turnês”
Com Paulo André Moraes Pires
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 16h

Lançamento 2
Livro “Instantâneos”
Com Lucivaldo Ferreira
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 16h

Shows
Espetáculo “Caminhos”
Com o Palhaço Sequinho (Pedro Milhomens)
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 18h

Treca Euforia
Com Caretas femininas de Triunfo
Local: Pátio de Eventos Maestro Madureira
Horário: 18h

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Luiz Gonzaga - 112 anos, uma música e um cordel

dezembro 13, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários

Arte: Edgley Brito

   "Hoje é Treze de Dezembro e a Treze de Dezembro nasceu nosso rei..." já disse e cantou, assim como foi, Gilberto Gil.

   Luiz Gonzaga do Nascimento, o Luiz Gonzaga, o Lua, O Rei de Baião, nasceu em 13 de dezembro de 1912. Estamos então na data de 112 anos de nascimento do Pernambucano do Século e do maior cantador do Nordeste. Um dos maiores do Brasil em todos os tempos, sem bairrismo nenhum.

  Não por acaso hoje também é o Dia Nacional do Forró. Foi Luiz quem deu identidade e abriu caminhos para o ritmo que é um dos símbolos nacionais.

  Ficam aqui um clássico para assistir e um cordel para ler. Viva, Gonzaga!!!



Luiz Gonzaga: O poeta da sanfona

Autor: Alexandre Morais

 

Bragi, deus da poesia

Dai-me a tua proteção

E junto a todos os deuses

Derramai inspiração

Pra que eu fale em cordel

De Luiz, Rei do Baião

 

Também peço atenção

A você que agora lê

Um presente a seu estudo

Com esta leitura dê

Porque estes versos simples

Eu fiz pensando em você

 

Fiz estes versos porque

É preciso vir à tona

Para as novas gerações

O que a ciência não clona

O talento de Gonzaga

O poeta da sanfona

 

Ter a fé como patrona

Se tornou seu grande feito

Se fez rei, ganhou o mundo

Com a sanfona no peito

Provando que todos podem

Sendo simples, ter respeito

 

Pois vamos com calma e jeito

Conhecer a sua história

Vamos recorrer aos livros

Aos discos e à memória

Pra sabermos de Luiz

Toda a sua trajetória

 

O seu nome rende glória

E honra à Santa Luzia

De Luzia vem Luiz

Pra ter a fé como guia

Nasceu no dia da santa

Mês dezembro, treze o dia

  

Ainda teve na pia

Batismal o complemento

Gonzaga foi sugestão

Do padre do sacramento

E por ser mês de Jesus

Terminou com Nascimento

 

Surgiu assim o rebento

Que o mundo reconheceu

Mil novecentos e doze

Foi o ano que nasceu

A cidade foi Exu

Pernambuco o Estado seu

 

Foi num sítio que se deu

Seu nascimento e infância

Januário foi seu pai

Homem simples, sem ganância

E sua mãe foi Santana

A santa da tolerância

 

Ali só via à distância

Conforto, luxo e poder

Junto aos pais e oito irmãos

Dizia não entender

Por que todos não podiam

Do mesmo modo viver

 

Via sem compreender

Por que existir pobreza

Para tantos se pra poucos

Se destinava a riqueza

E quem foi que fez o homem

Se apossar da natureza

 

Por esta sua esperteza

Buscou sempre o que queria

Na vida como na arte

Acreditou que podia

Por a mesa e ser servido

Do pão da cidadania

 

Junto a Januário ia

Para os forrós do lugar

O seu pai sabia fole

De oito baixos bem tocar

E tinha por profissão

Esses foles consertar

 

Luiz de tanto escutar

O pai nesta atividade

Começou mexer nos foles

Só por curiosidade

Mas descobriu que com música

Tinha muita afinidade

 

Com oito anos de idade

Tocou pela vez primeira

Foi tocar algumas músicas

Quase como brincadeira

Mas a pedido do povo

Tocou pela noite inteira

 

E não fez por brincadeira

Esta noitada de dança

A partir daquela hora

Adquiriu confiança

E os trocados que ganhava

Guardava como poupança

 

Assim, ainda criança

Apenas com doze anos

Comprou seu primeiro fole

Concretizando os seus planos

De fazer os próprios shows

Como via os veteranos

 

Apesar dos desenganos

No primeiro passo dado

Nunca baixou a cabeça

Foi sempre determinado

Até porque desde cedo

Foi bastante elogiado

  

Viu-se então apaixonado

Por uma linda morena

Menina moça singela

Chamada de Nazarena

Que comparou à sanfona

Por ser tão bela e serena

 

Mas felicidade plena

É difícil em um namoro

Quando o pai da moça é rico

E ver como um desaforo

Ela namorar um pobre

Isso é quebra de decoro

 

Luiz foi do riso ao choro

Pela discriminação

Por ser pobre, por ser negro

E por não ter formação

E foi junto ao pai da moça

Tomar-lhe satisfação

 

Coronel na região

O homem viu-se afrontado

Queixou-se junto a Santana

Do ato desaforado

E Luiz foi pela mãe

Duramente castigado

 

Triste e envergonhado

Achando aquilo um distrato

Procurou uma saída

Para se esquecer do fato

Fugiu para o Ceará

Para a cidade do Crato

 

Encontrou lá um retrato

De maior dificuldade

Sem família, sem trabalho

Em uma maior cidade

E novamente a astúcia

Foi sua felicidade

 

Como tinha pouca idade

A idade ele aumentou

Se apresentou num quartel

No Exército se alistou

De soldado Nascimento

Um novo nome ganhou

 

No Exército viajou

E depois de um ano inteiro

Em vez de sair, ficou

E no Estado mineiro

Assumiu logo a função

De soldado corneteiro

 

Mas seu desejo primeiro

De pela música trilhar

Sempre lhe acompanhou

Não lhe deixou descansar

Assim ele conseguiu

Uma sanfona comprar

 

Toda folga ia tocar

Em festas, sambas e bares

Recebeu aprovação

Dos amigos militares

E logo tinha convites

Para diversos lugares

 

Com o riso pelos ares

E um querer indescritível

Pediu baixa do Exército

Pois se viu em outro nível

Se ser músico era seu sonho

Viu que nada era impossível

 

Como o sonho faz possível

Tudo que a gente acredita

Gonzaga qual sonhador

Que com nada se limita

Foi pro Rio de Janeiro

C’uma esperança infinita

 

Lá, igual a quem imita

O que era moda tocou

Blues, tango, mazurca e valsa

Muitos bailes animou

Mas só quando foi autêntico

Foi que tudo melhorou

 

Quando o seu fole puxou

Pra tocar a sua terra

Foi que se fez verdadeiro

Com seu forró pé-de-serra

Comprovou que quem assume

A sua origem não erra

 

O trabalho, enfim, descerra

O sucesso esperado

Foi às rádios, gravou discos

Foi pelo povo abraçado

Eternizou o baião

E se fez eternizado

 

Foi sempre identificado

Por seu jeito verdadeiro

Por sua sanfona branca

Seu chapéu de cangaceiro

Seu sorriso sempre largo

E uma roupa de vaqueiro

 

Achou em cada parceiro

Um presente do destino

Teve em Humberto Teixeira

Zé Dantas, Zé Marcolino

Um trio dos mais presentes

Todos do chão nordestino

 

O que viu quando menino

Costumes e tradições

O que viu pelo Brasil

Glórias e decepções

Tudo transformou-se em

Tema pra suas canções

 

São suas composições

Na carreira reunidas

Seiscentas e vinte e cinco

Pelo público aplaudidas

Em duzentos e sessenta

E seis discos divididas

 

Umas de tão repetidas

Ficaram eternizadas

Asa Branca, por exemplo

Está entre as mais cantadas

E Baião e Vem Morena

Estão entre as mais gravadas

 

Muitas foram regravadas

Por artistas regionais

Algumas ganharam vozes

De ídolos nacionais

Outras ganharam versões

Até internacionais

 

Assim entre os principais

Personagens brasileiros

Luiz Gonzaga merece

Figurar entre os primeiros

Pela vida e pela história

Por seus gestos pioneiros

 

Seus caminhos, seus roteiros

Aos jovens indicam pistas

De como vencer na vida

Quer sejam ou não artistas

Pois prova que a persistência

É a base das conquistas

 

Exemplo pros pessimistas

Que tem medo de lutar

Exemplo pros otimistas

Que apostam no sonhar

Luiz foi e ainda é

Uma vida a se exaltar

 

Mas vida tem que findar

Que a morte ninguém comove

Mesmo quem na terra é grande

Para o céu se locomove

E Luiz partiu em dois

De agosto de oitenta e nove

 

Lua, o Luiz Gonzaga

Um caboclo do sertão

Imortalizou a saga

Zabumbada do baião

 

Gente que não conhecia

O que fez, quem foi Luiz

Neste cordel aprendeu

Zen, tranquilo, agora diz

A vida de Gonzagão

Ganhou em cada canção

A sua força motriz

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Natal Sertanejo

dezembro 12, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários


 Poema Natal Sertanejo, de autoria de Alexandre Morais, recitado por ele mesmo

Teatro - Janeiro de Grandes Espetáculos divulga programação

dezembro 12, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários

Espetáculo 'Cárcere', do grupo Cobogó das Artes — Foto: Lilianne Guerra/Divulgação

Do G1 PE

  O Janeiro de Grandes Espetáculos divulgou, nesta quarta-feira (11), a programação da 31ª edição do festival, que será realizada em 2025. As apresentações acontecem entre os dias 9 de janeiro e 2 de fevereiro, no Recife, com mais de 90 espetáculos e de 100 sessões distribuídas pela cidade.

   Entre os 93 espetáculos da programação, estão 42 peças de teatro adulto, 9 peças infantis, 20 apresentações musicais, 19 exibições de dança e 3 apresentações de circo.

   Durante a estreia, dia 9 de janeiro, o Teatro de Santa Isabel, no bairro de Santo Antônio, recebe a Orquestra Lunar e a Música Negra de Áurea Martins e Elízio de Búzios, do Rio de Janeiro, com a participação da embaixadora da cultura pernambucana, Lia de Itamaracá.

   Entre as demais atrações musicais da temporada, estão nomes como PC Silva, Almério, Martins, Estesia, Geraldo Maia, Igor de Carvalho, Tibério Azul, Afoxé Oxum Pandá - celebrando 30 anos de carreira, Irah Caldeira, Silvério Pessoa e Publius, em homenagem a Lô Borges e Beto Guedes.

   Nesta edição, o festival homenageia os 50 anos do grupo de teatro pernambucano Vivencial. Segundo a organização do evento, o coletivo é tema de uma das mostras, “pensada para reverenciar a trupe considerada um marco da contracultura e irreverência dos anos 1970 e 1980”.

  Com programação majoritariamente pernambucana, o festival traz a estreia de "Senhora dos Nossos Sonhos". O espetáculo documental montado no Recife, com dramaturgia e atuação de Ceronha Pontes, fala sobre Nise da Silveira, médica que humanizou o tratamento de doentes mentais no Brasil.

Espetáculo 'Senhora dos Nossos Sonhos' estreia no festival — Foto: Amaury Carvalho/Divulgação

   O Janeiro de Grandes Espetáculos também apresenta as seguintes montagens:

“Quem Está Aí?”, com Thiago Lacerda (Rio de Janeiro/RJ);

“O Alienista - Casa de Loucos” (Maceió/AL);

“Céu em Si” (Belo Horizonte/MG);

“Esquecidos por Deus” (Caaporã/PB);

“A Mulher que Queria ser Micheliny Verunschk” (Porto Alegre/RS).

   Os ingressos variam entre R$ 10 e R$ 120, à venda pela internet. Algumas das atrações contam com ingresso solidário, em troca de um quilo de alimento não perecível.

  A programação completa do Janeiro de Grandes Espetáculos foi publicada no site do festival. As sessões acontecerão nos teatros Santa Isabel, Parque, Apolo, Hermilo Borba Filho, Capiba, Marco Camarotti, Barreto Júnior, Boa Vista, Arraial Ariano Suassuna, Fernando Santa Cruz e na Sinagoga Kahal Zur Israel.