Em 22 anos de vida no cangaço, chegando a praticamente dominar o sertão de Pernambuco, através da chefia do mais aguerrido grupo de cangaceiros de que se tem notícia; protegido por fortíssimas alianças celebradas com coiteiros poderosos, fazendeiros, comerciantes e homens públicos, entre os quais se incluia até mesmo um interventor federal, Lampião não conseguiria dar cabo daquele a quem considerava seu inimigo número um. Até 1980, transcorridos portanto muitos anos da morte do bandoleiro na grota do Angico, Sergipe, continuava Saturnino a criar seus curiós no mesmo encosto de serra em que ambos nasceram e foram meninos juntos.Trecho do livro Guerreiros do Sol: violência e banditismo no Nordeste do Brasil. A Girafa Editora, 2004. Leitura obrigatória para quem tem interesse no tema. Na foto, Frederico Pernambucano de Mello, autor da obra e um dos mais reconhecidos pesquisadores do cangaço. Foto de Helder Tavares/D.A. Press, publicada no Diário de Pernambuco, edição de 11 de março passado.
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