O poeta repentista Louro Branco é conhecido na classe por seus versos engraçados, muitos até picantes. Certa vez cantando aqui em Afogados da Ingazeira (PE), depois de arrancar um bocado de sorrisos, disse, num ar de desabafo: - Eu tenho poesia, mas o povo só quer que eu cante putaria. A verdade é que o mote nem puxava tanto para galhofadas, ele é que naturalmente enveredou por este lado. Mas outra verdade é que o branco tem poesia mesmo. O verso abaixo é dele:
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Amo meus pais como prova
Porque são meus genitores
Mamãe na cova sem dores
Papai com dores sem cova
Mamãe morreu muito nova
Papai ficou sem aquela
Hoje a casa dele e dela
Não é dela e nem é dele
Mamãe na cova sem ele
Papai na casa sem ela
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Bonito, poeta!
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