Dia desses recebi de Verônica Sobral, de Tabira (PE), o mote “O caçote lambe o chão / Da cacimba que secou. O tema fora lançado numa comunidade do Orkut e pediam novos versos. Fiz um, mandei, depois outro, mandei... acabei fazendo seis. Deixo três aqui:
-
Quando a seca se espalha
Na paisagem sertaneja
Um bode triste bodeja
Pois o berro é sua fala
Quem pudesse transformá-la
Nos dizia: - ele berrou
Dizendo a vida mostrou
Que quando as águas se vão
O caçote lambe o chão
Da cacimba que secou
-
A campesina serena
Volta cedo do roçado
Expondo o corpo suado
Que o sol ressecou sem pena
Nasceu branca, tá morena
E com jeito que gostou
Diz o que alguém ensinou
- Aqui no nosso torrão
O caçote lambe o chão
Da cacimba que secou
-
Uma abelha voa perdida
Em busca de água e flor
Toda folha perde a cor
Gafanhoto perde a vida
Uma vaca recém parida
Do vivente que gerou
Lambe o beiço, diz eu dou
Com saliva a salvação
E o caçote lambe o chão
Da cacimba que secou
esse é nosso morais,inteligente,atencioso,competente e miuto educado.
ResponderExcluir