quarta-feira, 16 de junho de 2010

...e outros versões pra Diniz também

junho 16, 2010 Por Alexandre Morais Sem comentários
.


Naturais, Eruditos ou Barrocos


Todo estilo acentava pra Diniz



Outros astros pra terem seus perfís



Se acaso existir, existem poucos



Como todos os gênios que são loucos



Ele tinha uns sintomas de loucura



Pra poder ter direito à sepultura



Pelas mãos de terceiros foi comprada



A viola no torno, a voz calada



E uma mancha de luto na cultura



.



(Diomedes Mariano)



.



* Sem sepultura em Caruaru, onde morreu, um pedaço de chão de cemitério foi doado de última hora pela Prefeitura para o sepultamento do poeta.



.



De repente, uma nota triste diz



“O agreste ficou sem seu Diniz



Lourinaldo ficou sem seu irmão



O repente ficou na contramão



E o Nordeste ficou na amargura”



Dos seus versos repletos de doçura



Resta, agora, depois do tudo, o nada



A viola no torno, a voz calada



E uma mancha de luto na cultura



.



(Dedé Monteiro)



.



* Lourinaldo Vitorino, irmão de Diniz, também é poeta repentista.



.



Que o Poeta Diniz foi genial



Não precisa que’u diga, nem que’u mande



Eu só sei que o seu verso era tão grande



Que cabia apertado no plural



Seu pensar lapidado e natural



Fez de cada poema uma moldura



Pra deixar a imagem da ternura



Como a sua viola pendurada



A viola no torno, a voz calada



E uma mancha de luto na cultura



.



(Zé Adalberto)



.



*"...verso tão grande que cabia apertado no plural." Que era assim, muitos sabem, mas pra dizer assim, só Zé mesmo.



.



Quantos versos de amor deixou escritos






Quantas vezes a mãe já exaltou



Muitas vezes sofrendo por amor



Escreveu uns sonetos tão bonitos



Tantos versos pensados e não ditos



Representam, talvez, a alma pura



Do poeta tão cheio de ternura



Mas que hoje já não escreve nada



A viola no torno, a voz calada



E uma mancha de luto na cultura



.



(Veronica Sobral)



.



*Valeu, poetisa, sem dúvidas Diniz partiu sem ter tempo de dizer uns milhões de novos versos bonitos.


.


0 comentários:

Postar um comentário