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Naturais, Eruditos ou Barrocos
Todo estilo acentava pra Diniz
Outros astros pra terem seus perfís
Se acaso existir, existem poucos
Como todos os gênios que são loucos
Ele tinha uns sintomas de loucura
Pra poder ter direito à sepultura
Pelas mãos de terceiros foi comprada
A viola no torno, a voz calada
E uma mancha de luto na cultura
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(Diomedes Mariano)
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* Sem sepultura em Caruaru, onde morreu, um pedaço de chão de cemitério foi doado de última hora pela Prefeitura para o sepultamento do poeta.
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De repente, uma nota triste diz
“O agreste ficou sem seu Diniz
Lourinaldo ficou sem seu irmão
O repente ficou na contramão
E o Nordeste ficou na amargura”
Dos seus versos repletos de doçura
Resta, agora, depois do tudo, o nada
A viola no torno, a voz calada
E uma mancha de luto na cultura
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(Dedé Monteiro)
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* Lourinaldo Vitorino, irmão de Diniz, também é poeta repentista.
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Que o Poeta Diniz foi genial
Não precisa que’u diga, nem que’u mande
Eu só sei que o seu verso era tão grande
Que cabia apertado no plural
Seu pensar lapidado e natural
Fez de cada poema uma moldura
Pra deixar a imagem da ternura
Como a sua viola pendurada
A viola no torno, a voz calada
E uma mancha de luto na cultura
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(Zé Adalberto)
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*"...verso tão grande que cabia apertado no plural." Que era assim, muitos sabem, mas pra dizer assim, só Zé mesmo.
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Quantos versos de amor deixou escritos
Quantas vezes a mãe já exaltou
Muitas vezes sofrendo por amor
Escreveu uns sonetos tão bonitos
Tantos versos pensados e não ditos
Representam, talvez, a alma pura
Do poeta tão cheio de ternura
Mas que hoje já não escreve nada
A viola no torno, a voz calada
E uma mancha de luto na cultura
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(Veronica Sobral)
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*Valeu, poetisa, sem dúvidas Diniz partiu sem ter tempo de dizer uns milhões de novos versos bonitos.
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Colaboração da página http://www.poetisaveronicasobral.blogspot.com/
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