A POESIA
SOLUÇA DE SAUDADE
SEM A VOZ
DE RONALDO CUNHA LIMA
(ao poeta e professor Saulo Gomes)
Paraíba foi sempre o chão do brilho!
Mas
perdeu, foi perdendo e ainda chora
Por
“Augusto”, por “Pinto”, por “Asfora”,
“Dois
Canhotos”, “Xudu” e “Jansen Filho”.
“Marcolino”
a deixou fora do trilho:
Menos
som, menos verso, menos rima...
Mas agora
outra dor piora o clima,
Lança a
gente nos braços da orfandade
E a
poesia soluça de saudade
Sem a voz
de Ronaldo Cunha Lima.
Ele foi
tão completo e tão sem par
Que a
tristeza da perda só se expande...
Chora
Patos, Pombal, Campina Grande,
João
Pessoa não para de chorar.
O retrato
da dor que está no ar
Fere a
alma do povo e o desanima...
Quem, no
chão, sempre esteve lá em cima,
Hoje está
lá em cima de verdade!
E a
poesia soluça de saudade
Sem a voz
de Ronaldo Cunha Lima.
Sua voz
inda ecoa nos coretos,
Nas
tribunas, nos palcos, no senado...
Defendendo
o pequeno desprezado
Que
estraçalha o viver na dor dos guetos...
Seus
poemas, seus livros, seus sonetos,
Cuja
força do amor nos aproxima,
São
emblemas reais de uma obra-prima
Que ele
deixa pra toda eternidade!
E a
poesia soluça de saudade
Sem a voz
de Ronaldo Cunha Lima.
Dedé
Monteiro - Tabira,
16/07/2012
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