Não era mais um aventureiro que por lá tinha baixado. Zeto já
era quase um filho nato de São José do Egito. Casado com Bia Marinho,
genro de Lourival Batista, fazia parte de uma tradicional família
Egipciense.
Contudo, ainda era alvo da curiosidade dos menos ocupados,
digamos assim, por seu jeito extrovertido, falante, inteligente e por
seu aspecto pouco comum aos da região, cabelos compridos, barba farta,
roupas largas e a vontade. Assim era Zeto, num resumo que nada trata do
seu caráter indiscutível.
Zeto era também, um transgressor de conceitos e normas. Usuário
assumido de maconha, e nem por isso um marginal, bandido, apologista de
crime algum, ou incentivador do uso de drogas, nem tão pouco cúmplice
de traficantes. Era, acima de tudo, um artista fenomenal.
Digo isso pra ilustrar melhor a genialidade de Louro. Um
cidadão de São Zé, sabendo do uso do poeta Zeto, procura Louro para
alertá-lo sobre o ilícito do genro, a quem, sem nenhuma analise de
caráter, já tratava como alguém a ser excluído da sociedade a qual
fazia, ele, o cidadão Egipciense, parte.
E indagou Louro;
- Seu Louro, num me leve a mal não, mas eu tenho uma coisa
horrível pra lhe contar. É que esse seu genro, Zeto, Deus me livre, é
viciado em maconha!
Louro dar-lhe a sentença de improviso;
- Todo homem tem um vício meu amigo, o seu mesmo é fuxicar!
Gênio em todos os aspectos, no improviso, na resposta certeira,
na força da opinião e no caráter inabalado de quem viveu e morreu como
homem a ser respeitado e louvado. A foto é só pra ilustrar um pouco do
que era a relação de Louro e o genro Zeto, e o respeito que tinham de
cidadãos de todas as classes!
<< Copiado do Blog de Marcelo Patriota >> |
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