Deixa eu dizer como foi o FIP! Foi
bom. É, bom. Porque tem coisa que não precisa a gente arrodear ou inventar
palavra, não. Porque ser bom já é muito. Uma pessoa boa, por exemplo, precisa
de mais algum adjetivo? É que a gente é acostumado a criar na busca do belo e
as vezes abre mão da beleza que há no simples. Já pensasse nisso? Eu fico pensando...
Sim! Mas vamos falar do FIP. Que
FIP? O Festival Internacional de Poesia do Recife que aconteceu esse fim de
semana - advinha onde? No Recife. Foi a segunda edição, mas eu não fui na
primeira. Mas essa segunda foi de primeira.
Eu tive lá no sábado. Aí cheguei
cedo, aí fui amparado completamente pela equipe da Fundarpe. Pense num povo
organizado. Aí eu fui lá pro Mercado da Madalena, vê que arretado. Num acha, não?
E se eu disser que teve uma mesa de glosas, diga aí! Lá eles batizaram de Arrumadinho
da Poesia e a coisa ficou foi arrumada mesmo. Henrique Brandão, Aldo Neves,
Thiago Martins, Maciel Correia e João Luiz... eita mói de doido pra ter juízo. Aí
o cabra diz o quê? Que foi bom, né?
E de noite, então. De noite fui
eu. Lá na Torre Malakoff, num ambientezinho favorável. Disse uns versinhos e
ouvi uns versões. E umas versões também. Revi e reouvi Helder Herik e descobri
Bruno Gaudêncio. Trocamos. Idéias.
Num esforço danado pra entender um
portunhol bem sotaqueado, captei umas mensagens de Mario Bojórquez, um mexicano
que bateu um papo legal com Wellington de Melo. Aliás, bom que se diga:
Wellington deu uma cara nova à literatura oficial. (Peraí que “literatura
oficial” ficou estranho. Eu quis dizer como o Estado cuida da literatura. O cara
é o quê? Bom. Tá cumprindo uma missão na Fundarpe que vale um abraço.)
Mas como eu ia dizendo... a noite
teve um encerramento porque tudo precisa ter um encerramento. E lá foi com
Micheliny Verunschk e Helton Moura. Ele tocou um violão de um jeito diferente,
sintonizado com uma performática interpretação dela. Aí eu descobri o que é uma
Jam Poética. (Tás vendo Edierck? A gente num sabe nem o que faz?) E assim foi
assim, desse jeito assim. Fui dormir pra acordar pra voltar pra casa. Mas
fiquei por lá. E trouxe lá pra cá. E tamo aí!
Entoa ta. Tá bom. Vou terminar. Só
não sei como.
Sei! Já sei! Quando me
perguntarem de novo como foi o FIP eu vou dizer simples, sofisticada e maiusculamente:
FOI BOM!
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