Quando ronca a moto serra
Chora um pau d’arco no alto
E um saguim prepara um salto
Porque se ficar, se ferra
Contra o homem, nessa guerra
A natura é impotente...
É que o homem, loucamente
De ganância vive cheio
Procurando sempre um meio
Pra por fim ao ambiente
O rio já não corre mais
Tá cansado de correr
E por seu esmorecer
Não dá água aos animais
Não agua os vegetais
Pois se o fizer, contamina
E por tanta fedentina
Não serve mais para um banho
Virou da mata um estranho
E da cidade, a latrina
As aves que ainda existem
Tem razão de terem penas
Porque não vivem, apenas
Resistem porque persistem
E ainda assim assistem
O homem matar sem pena
E a que não mata condena
A penas sem fim pagar
Numa gaiola a penar
Sem ter merecido a pena
< Alexandre Morais >
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