quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A genialidade de Canhotinho

novembro 14, 2013 Por Alexandre Morais Sem comentários
VERSOS MAGNÍFICOS E MAGISTRAIS DO GRANDE CANHOTINHO;

Inocência no Inferno
Eu venho lá do inferno!
Casa da mulher mundana,
O purgatório moderno
De fulminar carne humana!
Lá, eu fui incendiado
Pelas chamas do pecado
E as labaredas do mal.
Nesse antro de miséria
Vi o fogo da matéria
Incendiando a moral.

Três anjos, três inocências…
Vivem assistindo a um drama
Caem três pingos de essências
Na imundície da lama.
Nesse mocambo sem telhas
Vêem-se pequenas centelhas
Da lamparina do ódio.
Essa coivara medonha
Onde eu queimei a vergonha
Nas chamas desse episódio.

Chorei vendo três crianças
De um até sete anos
Chorando três esperanças
Na lama dos desenganos.
E a dona dessa maloca
Quando em vez, de dono troca,
Vende as carnes, compra o pão,
Deus das alturas olhando,
Vendo três honras chorando
Nas portas da corrução!

Eu também bebi do vinho,
Na imunidade da mesa!
Toquei na ponta do espinho
Da flor daquela impureza!
Foi crescendo o meu desgosto,
Vendo as manchas no meu rosto
Dos beijos que Judas deu,
Menti! Judas não beijou-me
Foi ela quem enganou-me
Com os beijos que me vendeu.

Eu sou boêmio e poeta!
Ela devassa e mundana
Eu canto a vida completa
Nas queixas da raça humana.
Quando eu lamento é sentindo
Quando ela chora é fingindo
Que sente do mundo a dor
Enquanto eu honro o trabalho
Ela se vende a retalho
No tabuleiro do amor.

Terminei minha jornada!
Ela siga os seus caminhos.
Não piso mais nessa estrada
Atapetada de espinhos.
Deixem descansar meus pés
Das caminhadas cruéis
Desses tormentos sem fim
Quem quiser siga com ela
Em vez de ter raiva dela
Fiquei com nojo de mim!



Inocência no Inferno

Eu venho lá do inferno!
Casa da mulher mundana,
O purgatório moderno
De fulminar carne humana!
Lá, eu fui incendiado
Pelas chamas do pecado
E as labaredas do mal.
Nesse antro de miséria
Vi o fogo da matéria
Incendiando a moral.

Três anjos, três inocências…
Vivem assistindo a um drama
Caem três pingos de essências
Na imundície da lama.
Nesse mocambo sem telhas
Vêem-se pequenas centelhas
Da lamparina do ódio.
Essa coivara medonha
Onde eu queimei a vergonha
Nas chamas desse episódio.

Chorei vendo três crianças
De um até sete anos
Chorando três esperanças
Na lama dos desenganos.
E a dona dessa maloca
Quando em vez, de dono troca,
Vende as carnes, compra o pão,
Deus das alturas olhando,
Vendo três honras chorando
Nas portas da corrução!

Eu também bebi do vinho,
Na imunidade da mesa!
Toquei na ponta do espinho
Da flor daquela impureza!
Foi crescendo o meu desgosto,
Vendo as manchas no meu rosto
Dos beijos que Judas deu,
Menti! Judas não beijou-me
Foi ela quem enganou-me
Com os beijos que me vendeu.

Eu sou boêmio e poeta!
Ela devassa e mundana
Eu canto a vida completa
Nas queixas da raça humana.
Quando eu lamento é sentindo
Quando ela chora é fingindo
Que sente do mundo a dor
Enquanto eu honro o trabalho
Ela se vende a retalho
No tabuleiro do amor.

Terminei minha jornada!
Ela siga os seus caminhos.
Não piso mais nessa estrada
Atapetada de espinhos.
Deixem descansar meus pés
Das caminhadas cruéis
Desses tormentos sem fim
Quem quiser siga com ela
Em vez de ter raiva dela
Fiquei com nojo de mim!
 
Colaboração: Henrique Brandão

0 comentários:

Postar um comentário