Trago no peito velhas cicatrizes
De amores findos, de sonhos perdidos
De estradas breves, de dias compridos
E a chaga aberta de dias felizes;
Tenho, entretanto, ainda um coração
Batendo firme, e cada vez mais forte
Que se sutura acaso um novo corte
Venha a feri-lo por ingratidão;
Marcas profundas, rasos juramentos
Que, como as folhas, lançam-se nos ventos
E jamais voltam depois de partidas...
Minhas feridas sempre se renovam
Mas, cicatrizes no meu peito provam
Que ninguém morre por ferir feridas.
< Pedro Torres >
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