Dois mil e quatorze de Copa e Eleição
aos bardos e amigos, desejo, e aos seus
paz e inspiração, com a graça de Deus,
quer na Capital, mata, agreste ou sertão
de sobra, saúde e dinheiro na mão
criei as MANCHETES, vão, pra relaxar
curtindo o amor sob a luz do luar
progresso da Pátria, seu povo contente
Brasil Campeão e um bom Presidente
patrícios cantando na beira do mar!
Abraços, João Alderney.
MANCHETES
Morreu de cirrose alcoólica, o médico
caiu da estrutura do prédio, o engenheiro
juiz de direito foi preso em flagrante
tem intolerância à lactose, o leiteiro
comprou chapa nova o dentista banguelo
o dono do açougue é vegetariano
veículo em chamas, levava bombeiros
é ateu-comunista o pai do franciscano
coveiro, atendido, tem corpo cremado
palhaço do circo está com depressão
é elétrico o carro do dono do posto
sineiro da igreja perdeu a audição
o jóquei não sabe andar de bicicleta
escada ruiu sobre o ascensorista
o guia do cego está com catarata
excede em fedor de cigarro, o florista
o cão atacou domador de leões
na Sena, enriquece o cambista ao sonhar
não teve direito, o advogado, a habeas corpus
convicto abstêmio, o dono do bar
é imberbe e careca o barbeiro da esquina
no Pão de Açúcar, infarta um padeiro
pintor de paredes pichou a escultura
no banco dos réus senta, hoje, um banqueiro
o Padre mexeu, no xadrez, com o bispo
filósofo mata a mulher, infiel
o guarda-noturno não dorme de dia
é irônica a vida... e às vezes cruel!
De:
João Alderney, em dezembro ano treze.
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