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Ernesto Carneiro Ribeiro (foto) foi o único estudante negro na sua turma na
Faculdade de Medicina da Bahia. Em 1864, ainda faltavam décadas para o
fim da escravidão no Brasil. Se, como aluno, desde o magistério o rapaz
não tinha companheiros de sua cor na sala de aula, que dirá quando
assumiu a cadeira de professor. Em 1874, fundou o Colégio da Bahia.
Depois, aos 45 anos, o Colégio Ernesto Carneiro Ribeiro, que dirigiu por
três décadas, até a morte.
Não foram poucas as figuras importantes da Bahia que passaram por lá.
Fazem parte da lista o escritor Euclides da Cunha e o jurista Rui
Barbosa. Ernesto escreveu a primeira gramática que levava em conta a
língua falada pelo povo no Brasil. Com a República, participou da
elaboração de um plano de ação educacional. O jornalista Antônio
Loureiro de Souza registrou que o baiano de Itaparica, “além de ser
mestre da inteligência, foi, ao mesmo tempo, lapidário das almas em
formação, com os seus ensinamentos, seu exemplo e a vida toda dedicada à
luta pelo ensino”.
Texto copiado de www.almanaquebrasil.com.br
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