Foto: Divulgação |
Maria
da Liberdade Amorosa do Livramento. Esse é o seu nome de batismo. Nasceu no
berço esplêndido das campinas, e criou-se lá onde retumba o brado das
amplidões. Viveu entre as vicissitudes, amou ao relento e saiu dando poupas no
vento, se espojando pelos pampas. Soltou a crina, esvoaçante se fez dona do seu
universo e assanhou as areias dos desertos corações selvagens. Trota, campeia,
tange as mazelas, quebra conceitos, tabus, derruba
as cancelas e, galopantemente, passeia pelos prados da minha imaginação.
Maria da Liberdade. É assim que lhe chamam nas
redondezas. Em seu lombo não sobe cela, não há cabresto que a prenda, não tem
mourão que a segure, nem cerca que a enclausure, nem corda que amarre ela. Não
há curral que a tranque, não tem tampa que lhe tampe, nem tem tranca nem
tramela.
O seu pai chama-se Tempo; sua mãe, Felicidade; sua casa é o firmamento, a parede é o horizonte e o telhado o azul do céu. O máximo de sua tolerância é o laço; mesmo assim, se for de fita. Não tem freio que a estanque, nem garanhão que lhe empanque, quanto mais um pangaré.
Maria é uma pedra bruta, precisa ser lapidada. Uma pepita, uma esmeralda num trancelim de ouro. Maria é da vida, Maria é dos pastos, Maria é do mundo, Maria não é de ninguém.
O seu pai chama-se Tempo; sua mãe, Felicidade; sua casa é o firmamento, a parede é o horizonte e o telhado o azul do céu. O máximo de sua tolerância é o laço; mesmo assim, se for de fita. Não tem freio que a estanque, nem garanhão que lhe empanque, quanto mais um pangaré.
Maria é uma pedra bruta, precisa ser lapidada. Uma pepita, uma esmeralda num trancelim de ouro. Maria é da vida, Maria é dos pastos, Maria é do mundo, Maria não é de ninguém.
(Maciel Melo)
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