segunda-feira, 16 de julho de 2018

julho 16, 2018 Por Alexandre Morais Sem comentários

No sertão antigo

Um moleque no corte assobiando, 
Um cavalo pastando na ladeira, 
Uma briga de bois na bagaceira, 
E um bueiro malfeito “cachimbando”.


Um novilho pé-duro ruminando
Na sombra do oitão da bolandeira,
Um telhado coberto de poeira, 
E um rebanho de ovelhas descansando.


Dois bois mansos crioulos atrelados,
Parecidos em tudo, emparelhados, 
Vão puxando a almanjarra sem preguiça.


Enquanto várias campesinas belas
Aparecem cantando nas janelas
Duma casa de alpendre à tacaniça.

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