Por Rolando Boldrin (foto)
Vocês sabem que os caboclos do interior são conhecidos por terem uma tranquilidade danada. Só pra dar um exemplo, vou contar uma história que ouvi certa vez por uma dessas minhas viagens pelo Brasil. Dois caboclinhos, cumpadres, estavam sentados na porta do rancho de um deles. Um pitando um cigarrinho de palha, sossegado. Outro picando um fuminho pra fazer o seu cigarro. Eram daqueles caboclos que ficam um tempão sem conversar, curtindo a tardinha, naquela malemolência danada.
Só que de repente escutam um estrondo no céu. Olham pra cima e surge um elefante com asas, voando bem baixinho. Um deles parou de fumar, o outro de picar o fumo. Começaram a observar e o elefante sumiu no horizonte. A única reação dos amigos foi um olhar para o outro, em total silêncio.
Mas, de repente, houve um barulho ainda maior. Dessa vez eram dois elefantes pareados, voadores, que também sumiram no horizonte. Pouco depois, olharam para cima e apareceram quatro elefantes enormes. Pareciam esquadrilhas de avião, passando pertinho do solo. Um dos caboclos decidiu acabar com o silêncio:
– Cumpadre, o que você me diz?
E o outro, na maior calma:
– Não sei, cumpadre. Acho que o ninho deles é pra lá.
Muito bom o post!!
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