sexta-feira, 26 de março de 2021

Pra ouvir vendo

março 26, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários

   Os mais experientes lembram do quão bom era apreciar a capa de um disco. De ler a ficha técnica e de acompanhar as músicas lendo as letras. Ou mesmo as ler sem nem ouvir, como poesia.

   Discos, como livros, também se comprava pela capa. Uma capa assinada por Elifas Andreato, por exemplo, era uma certeza de aumento de vendas pelo artista e uma bela tela que o comprador adquiria junto com o LP.

   Quando estas artes se juntavam não era apenas uma foto ou imagem bonita que ia pra capa. Era um estudo da obra musical traduzido em arte plástica.

   Muitos se valeram, é claro, dos posteres, dobrados junto ao disco. Mas aí ficava para fãs dos artistas ou grupos e ainda para os que se encantavam mais com a beleza física do que com a qualidade artística.

   Pra valer mesmo eram as capas feitas a partir da beleza essencial, aquela retratada pelo francês dO Pequeno Príncipe.

  Pra quem lembra do que eu tô falando, bora viajar. Pra quem, não, bora conhecer. Só uma pitada de Elifas.

Elis Regina, 1984. Disco Luz das estrelas.

Paulinho da Viola, 1973. Disco Nervos de aço.


Martinho da Vila, 1976. Disco Rosa do povo.


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