segunda-feira, 3 de maio de 2021

Edmon Dantès - Por Genildo Santana

maio 03, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários



  Edmond Dantès não gostava do Conde de Monte Cristo. Isso, porque o jovem Edmond era puro de coração, sem maldade e era apaixonado por Mercedes. Já o Conde de Monte Cristo era amargo, violento, maldoso e só pensava em vingança.

  “Vingar-se é menos do que homem porque é próprio das feras. Perdoar é mais do que humano porque é próprio de Deus”, já dizia o Professor e meu mestre Chico Pereira.

  Tudo vem da beleza da pena de Alexandre Dumas, escritor francês e glória da literatura mundial, no romance O CONDE DE MONTE CRISTO, concluído em 1844. Acusado injustamente de traição, por ter trazido uma carta de Napoleão Bonaparte, ditador francês, preso na ilha de Elba, Edmond Dantès passa quase três décadas preso numa ilha, sofrendo castigos inenarráveis, porque Deus não visitava a França naquele período. Com o tempo, só pensava em se vingar dos que lhe traíram, entre os quais seu amigo Villefort. Villefort casara-se com Mercedes, então musa de Edmond.

  Fugindo da ilha, Edmond se apossa do tesouro do Conde de Monte Cristo e assume sua identidade. Dedica-se à sua vingança. Não reconhece parentes e amigos, nem é reconhecido por eles. Faz sua vingança. Torna-se menos do que homem. Passa a viver como animal que cerca sua presa. Sem sentimentos, frio, calculista, irracional.

 No decorrer da vingança, descobre que Mercedes tem um filho. Seu filho, assumido por Villefort. Edmond não perdoa. Nem Mercedes, nem Villefort. Faz sua vingança. Não é mais Edmond. O jovem afetuoso, amigável. Vira uma fera sedenta em busca do sangue inimigo e irá derramá-lo até sua última própria gota. Embora depois case-se com Mercedes.

  Assim é o caminho da vingança e do ódio. Faz os homens serem menos do que homens. Torna-os feras. Assim são todos que se baseiam nesses sentimentos como norteadores das suas ações.

 Essa sociedade transforma muitos Edmonds em Condes de Monte Cristo.

  Famoso chavão assim apregoa: “Vingue-se e será feliz um momento. Perdoe e será feliz por toda a vida.”

  Certo estava Chico Pereira. O perdão é divino e a Deus nos une. A vingança nos animaliza.

Há muito ódio no mundo. Ódio nas redes sociais, ódio nas escolas, na política, no comércio, nas Igrejas, na novela, nos filmes, na Hora das Broncas, no Plantão Policial. Tanto progresso material e tanto regresso evolutivo. Vivendo na era do Chip com sentimentos do tempo das cavernas.

 Se você conhece algum Edmond Dantès, alguém injustamente acusado, reze por ele. Ele está prestes a se tornar um Conde de Monte Cristo: um infeliz, fazendo outros infelizes. E se ele se perde, perde-se toda a sociedade com ele.

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