Dos escritos do folclorista cearense Leonardo Mota, apuremos o nosso Nordestinês. A fala foi colhida lá pela década de 20 do século passado:
- Espera, Lixandre, tem mão, deixa o bicho esbarrar primeiro que, se eu me levantar com ele andando, faço vez de piru de nordeste.
Agora vamos aos clareamentos:
Espera: esperar mesmo
Lixande: Alexandre (era o esposo da mulher que falava)
Tem mão: tenha calma; paciência
Deixa: deixar. Ou esperar de novo
O bicho: (nesse caso) o trem
Esbarrar: parar
Primeiro: logo. Ou antes
Andando: (nesse caso, sendo um trem) em movimento
Faço vez: fico como. Ou fico igual
Piru: peru, a ave
Nordeste: não a região pátria do Nordestinês, mas o vento nordeste
Lixande: Alexandre (era o esposo da mulher que falava)
Tem mão: tenha calma; paciência
Deixa: deixar. Ou esperar de novo
O bicho: (nesse caso) o trem
Esbarrar: parar
Primeiro: logo. Ou antes
Andando: (nesse caso, sendo um trem) em movimento
Faço vez: fico como. Ou fico igual
Piru: peru, a ave
Nordeste: não a região pátria do Nordestinês, mas o vento nordeste
Pra melhor dizer, chama-se de vento nordeste um que vem de direção diferente dos comuns, do sentido nordeste, que faz os galináceos (especialmente os perus) rodopiarem no terreiro.
Do jeito que a mulher Lixande disse ficou melhor de muito, num foi não?
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