Ilusão do suicídio
Desta janela de meu quarto triste
Arrebatado de pavor e pena
Eu assisto a tristeza de uma cena
Que pouca gente noutro quarto assiste
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Neste cassino que defronte existe
Onde a flor da virtude se envenena
Uma pobre e cansada madalena
Bebe nitrato e de viver desiste
Vejo-lhe as mãos a comprimir-lhe os seios
Ouço gemidos lancinantes, feios
Que a dor arranca do seu peito fundo
Maldizendo o destino e a pouca sorte
Põe termo a vida para ver se a morte
É menos triste do que foi seu mundo
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