A boca do ser humano
É terrena e não etérea
Tanto fala brincadeira
Quanto fala coisa séria
Salva, mas também coloca
O sujeito na miséria
Depois que meu pai morreu
Minha mãe ficou sozinha
Na sua vida de pobre
Trabalhando pra vizinha
Estragando a vida dela
Pra dá conforto pra minha
Raimundo Caetano - Cuité/PB
Não gosto de ver nas ruas
Que os homens não são coesos
Que os marajás são felizes
Que os pobres são indefesos
Que os criminosos são soltos
Que os inocentes são presos
Severino Pereira - Princesa Isabel/PB
Saudade é como ferida
Que depois que dói, inflama
O seu correio não tem
Recado nem telegrama
Nem mesmo a pessoa atende
Quando o mensageiro chama
Jonas Andrade - Conceição/PB
Corria atrás de galinhaChega o mocotó inchavaSentia tanta vontadeDe comer ela com favaQuando perdia a carreiraA boca chega amargava
João Paraibano - Princesa Isabel/PB
Faço da minha esperança
Arma pra sobreviver
Até desengano eu planto
Pensando que vai nascer
E rego com as próprias lágrimas
Pra ilusão não morrer
Severino Feitoza - Santa Terezinha/PE
Quando eu era criança
Brincando na minha terra
Não sabia que as armas
Eram feitas para a guerra
Pra mim o mundo acabava
Do outro lado da serra
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