domingo, 26 de setembro de 2021

Carpe Diem

setembro 26, 2021 Por Alexandre Morais Sem comentários

Por Veruska Queiroz / Obvious

Carpe Diem é uma expressão em latim que significa "Colha o dia", "Aproveite o momento". Muitos estudiosos dizem que ela tenha surgido provavelmente de uma frase de Horácio, um filósofo e poeta romano: "Carpe diem quam minimum credula postero", que significa: "Aproveita o dia, confia o mínimo no amanhã"

   O presente é um presente. Vida é para ser vivida, sentida, celebrada. Adversidades. Muitas. Quem falou que seria fácil? Não, não é fácil. Mas é plenamente possível. Pode haver inúmeras dores inimagináveis e irremediáveis no mundo, mas nada deve ser tão devastador quanto desistir de si mesmo(a). A vida é o instante presente. "Carpe Diem" é exatamente colher o dia, aproveitar o momento de corpo, alma e coração. Dentro desta perspectiva, podemos concluir que só pode colher quem plantou e nesse sentido, aproveitar o instante é saboreá-lo, é degustá-lo como fruta madura colhida do pé. A vida é já. E sendo assim, tudo na vida depende de como cada pessoa sente e pensa algo, do que decide fazer com o que sente, do que decide fazer com tudo o que lhe acontece, da formação do seu caráter, dos seus valores éticos e morais, do seu ponto de vista, do seu referencial, da importância que se dá ao que tem importância e como se lida com isso e da sua essência pura, da profundidade da sua alma, aquele lugar que ninguém vê e que cada pessoa resguarda para quem escolhe mostrar.
   Tudo na vida depende do "como" e não "do que". Tudo na vida depende do "ser de verdade" e não do "parecer ser" ou "ter" ou ainda "parecer ter". Tudo na vida depende do que cada pessoa é por dentro, da magia de dentro, do que se faz de dentro para fora e nunca o contrário. Tudo na vida depende de escolhas e de atitudes, porque no começo, meio e no fim de tudo, as escolhas e as atitudes são o que cada pessoa é, elas definem cada um e os distinguem inexoravelmente, em tudo o que existe na vida. Por isso, viva e plante boas sementes, faça escolhas das quais você possa se orgulhar como se alguém algum dia pudesse escrever uma biografia completa de sua vida.
   E que não se procure sempre entender a vida, os fatos, os porquês, até porque, na maioria das vezes, ninguém vai entender mesmo, pelo menos a princípio, pois os fatos, acontecimentos e tudo sentido e vivido só se conectarão mais à frente. Sentir - depois de ter feito as devidas buscas de si mesmo(a), os devidos mergulhos, as devidas travessias por dentro de mesmo(a) e as necessárias descobertas e mudanças para pertencer-se a si mesmo(a) - é mais importante que entender. E viver é mais importante e maior do que tudo.

   Tenha atitudes condizentes com suas escolhas, com seus sentimentos, com seus pensamentos de modo a não precisar baixar a cabeça quando alguém lembrar de você e de suas atitudes pela vida, mas principalmente, de modo que você não precise baixar a cabeça para si mesmo(a), para tentar esconder seus tropeços, pois tropeços são erros ou transformam-se em uma maneira do caráter se manifestar. Um ou dois erros não definem caráter nem conduta de ninguém, pois errar é da própria condição humana e perfeitamente passível de reparações, consertos e principalmente o aprimoramento daquele que errou. Mas erros consecutivos, sem reparações e sem consciência dos mesmos, tornam-se deformação de conduta e uma maneira do caráter se manifestar, pois passa a definir quem é a pessoa.
   Viva para conectar-se consigo mesmo(a), para fazer a sua luz brilhar, para poder dizer sobre você com você mesmo(a) com orgulho e alegria sobre onde seus pés estiveram - e se eles podem voltar pelos mesmos caminhos que você trilhou para si e para quem convive ou conviveu com você sem se ferirem pelo que você deixou em sua caminhada, pois, um dia talvez, você mesmo(a) precise voltar pelas mesmas estradas - e qual caminho você escolheu trilhar, porque no fim das contas, as questões e coisas e acontecimentos e tudo na sua vida nunca foi e nunca será entre você e ninguém. Tudo sempre foi, é e sempre será entre você e você mesmo(a).
   Então, viva e pare de perder tempo com coisas que não fazem vibrar seu ser de emoção, de alegria profunda, com coisas que não fazem tremer sua alma de felicidade pura. A vida é para ser vivida. Bem vivida. Amanhã pode ser tarde... E pode não haver nada mais que se possa fazer... Que tal começar hoje, agora, neste exato segundo? O segundo anterior já se foi... já é passado... Hoje, agora, já... é o momento em que você pode fazer tudo o que o seu coração pedir de verdade. Faça, mas faça bonito, pois a feiura não é da alma, é da lama. Aí, a escolha é sua. E faça hoje, agora. Este é o momento, por isso ele chama-se presente. Está esperando o que? Carpe Diem!
Copiado de: http://obviousmag.org/os_caminhos_do_pertencserse/2015/09/carpe-diem.html

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