Em 2019 íamos a Belo Horizonte, apresentar esta mesa presencialmente. Primeiro um contratempo e em depois a pandemia fizeram com que esperássemos até agora.
Noves fora qualquer queixa, a fizemos hoje (18/11/21) e não só pra quem estaria conosco na capital mineira, mas para o mundo todo. Valeu muito a pena.
Assista abaixo o vídeo na íntegra.
E mais abaixo ainda, as glosas de Alexandre Morais, produtor desta página.
Mote 01
A vida, sempre inconstante
Vai mostrando o seu compasso
E eu vou seguindo meu passo
Devagar, mas sempre adiante
Quando me descubro errante
Bebo da sabedoria
Da cacimba da poesia
E sigo minha viagem
Nesse rito de passagem
Sigo minha travessia
Mote 02
Não é só a pandemia
Causada pela Covid
Sobre este País incide
O gume da tirania
O governo que devia
Cortar o mal na raiz
Vendo uma cicatriz
Corta é mais no mesmo canto
A tristeza com seu manto
Cobre a face do país
Mote 03
Rima, mas sem poesia
O fascismo com racismo
Que racismo com fascismo
Não é rima, é apatia
Quem nessa rima se cria
Tanto superlota celas
Quanto ilumina com velas
Um corpo discriminado
O racismo tem matado
Dandaras e Marighellas
Mote 04
É melhor andar atento
Seja calçado ou descalço
Que é pra não pisar em falso
E romper um ligamento
E pra um melhor sustento
É bom andar com a massa
Que quem um a outro abraça
Em lodo nenhum desliza
Quem não olha aonde pisa
Não sabe por onde passa
Mote 05
Amar nunca é demais
Mas demais eu a amei
Ou pelo menos tentei
Amar mais e mais e mais
Brotou em meus carrascais
Como uma flor virginal
Mas eu não formei casal
Com quem eu chamei de flor
Eu achei que fosse amor
Mas tudo virtual
Mote 06
Quem me quer mandei embora
Cantei muito no passado
E hoje sofro reprisado
Com Marília um novo fora
Essa sofrência me tora
E eu vou ter que resolver
Quem eu quero convencer
Ou querer quem me quiser
Quem eu quero não me quer
Quem me quer não vou querer
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