segunda-feira, 25 de abril de 2022

Ademar Rafael - Crônicas de Bem Viver

abril 25, 2022 Por Alexandre Morais Sem comentários


   Edierck José da Silva

   O município de Carnaíba, berço do poeta e compositor Zé Dantas, deu de presente ao Pajeú – entre tantos outros -, mais um artista completo. Sem qualquer viés de bairrismo sempre o qualifiquei como nosso Leonardo da Vinci, quando acionadas as teclas relacionadas com música, escultura e pintura.

  Pode existir outros, minhas limitações não permitiram alcançar outra pessoa que domine com propriedade estas três áreas de produção artística. Edierck é um músico que transita entre o clássico e o popular, tocou com músicos talentosos como Canhoto da Paraíba, Nenel Liberalquino e Djalma Marques; pinta quadros com características que abraçam os estilos bizantinos assim como os encontrados em obras de pintores do nível de Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti e cria esculturas em madeira e outros com estilo próprio, utilizando vasta lista de materiais. Consegue transformar o tronco de uma árvore cortada pela mão humana numa obra prima. A praça Arruda Câmara expõe algumas delas.

  Mesmo com essa intensa carga de talento é uma figura desprovida de vaidades e detentor de uma educação admirável. Nunca vi Edierck levantar a voz ou agredir alguém. Com a mesma sensibilidade que aciona as cordas do violão trata as pessoas. Sua residência em Afogados da Ingazeira, além de ser um local com alta carga de energia positiva, é seu atelier e espaço para exposição de muitas das suas várias criações. Até as portas são obras de arte. Pena que pouca gente valoriza seu talento da forma que merece, muitos até ignoram esse imenso potencial.

   Durante muito tempo a tela do meu computar era uma foto de um dos seus quadros. As pessoas que viam a pintura perguntavam de onde era o pintor. Quando eu falava que era um filho do Pajeú todos expressavam sua surpresa e passavam a fazer observações sobre a obra, relatando características que eu desconhecida.

 Em evento realizado na “Budega com prosa”, para lançamento do livro “A mensagem e o verso”, de minha autoria em parceria com Celso Brandão,Edierck chegou de mansinho e fez um verdadeiro conserto antes das declamações. Os que tiveram o privilégio de ouvir o repertório apresentado foram para casa com leveza na alma. Foi uma verdadeira aula de cumplicidade com um projeto cultural. Onde estiver sendo realizada uma reunião que trate de cultura lá ele estará dando apoio.

  Casado com a também educadíssima Olegária, pai de Edierck, Edimarck,Maíra Coracy e Erck Omar e avô de Bianca, Maria Alice e Antônio Benjamin. Dos seus descendentes conheço o primogênito Edinho, que enveredou pelo mundo da música. Esbanjando talento é uma referência em nossa região. Com densa formação acadêmica ampliou o talento que herdou do pai e como seu genitor é uma figura extremamente agradável. A galeria “Pessoas do meu sertão”, ganha muito com seu mais novo integrante. Uma das suas criações integra a Agenda-21, da ECO 92. Vida longa amigo.

Publicado originalmente no Blog do Finfa

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