Colaboração Miguel Góes
A batalha de Tuiuti, mais sangrento conflito da Guerra do Paraguai e a maior batalha já travada na América do Sul, foi travada em 24 de maio de 1866. Ocorrida numa região chamada Tuyutí, no sudoeste do Paraguai, ela terminou com vitória das forças aliadas de Brasil e Argentina, lideradas pelo general Manuel Osório.
Uma força de 32 mil homens, sendo 21 mil brasileiros, além de argentinos e uruguaios, estava acampada numa área relativamente pequena diante de uma posição altamente fortificada dos uruguaios, quando o presidente do Paraguai, Solano Lopez, decidiu atacá-los com sua força de 24 mil soldados. A surpresa deu vantagem aos paraguaios, que acabaram com batalhões inteiros e puseram os aliados em fuga. Mas o general Osório assumiu o comando, conseguiu reagrupar as forças e contra-atacar.
Aproveitando as fraquezas do exército paraguaio, que teve dificuldade em se reagrupar, Osório colocou em prática uma tática que se aproveitava da superioridade numérica dos aliados para impedir que os paraguaios cercassem o acampamento. Foi fundamental para isso a atuação da artilharia, comandada por Émile Louis Mallet, que reagiu rápido ao ataque com seu equipamento poderoso e uma tática inovadora. Assim, impediu que os paraguaios cortassem o exército aliado ao meio.
As forças paraguaias por fim se retiraram do campo de batalha após cinco horas de luta, em que sofreram 13 mil baixas, entre mortos e feridos, mais de metade de seu número. Os aliados tiveram 4.000 baixas. A vitória em Tuiuti é considerada uma das maiores atuações do Exército brasileiro e foi tão importante que por muitos anos o Dia do Exército foi comemorado nessa data.
Em 24 de maio, também é comemorado o Dia da Infantaria, por ser o aniversário de seu patrono, o brigadeiro Antônio de Sampaio, nascido no Ceará em 1810. Ele liderou essa força durante a batalha de Tuiuti.
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