NÃO AO DESALENTO
Neste espaço consideramos um ciclo anual cada conjunto de cinquenta e duas crônicas. Assim sendo, esta é a primeira crônica do ano onze e o tema escolhido destina-se a nos manter motivados para enfrentar e vencer os desafios diários. Entendo que esta motivação precisa estar assentada sobre uma base constituída pela fé, pela força de vontade e pela ação.
São diversos os motivos que levam uma pessoa a perder o estímulo e deixar de lutar por dias melhores. O filósofo coreano Byung-Chul Han, no livro “Sociedade do cansaço” dá algumas pistas. Apresenta vários fatores que geram a o “esgotamento”, destacamos a competitividade exacerbada, a cobrança individual e coletiva por desempenho crescente, os excessos na comunicação e o abandono da vida contemplativa. Sem muito esforço podemos detectar outros, precisamos fugir deles e focar no tripé acima citado, tudo dentro dos limites suportáveis por nosso organismo.
Para sair desse labirinto o poeta Dedé Monteiro, com extrema competência nos apresenta a ação da “esperança” nos dois últimos versos do soneto “As quatro Velas”, após ouvir as mensagens da “paz”, da “fé” e do “amor”, que se auto apagaram:
“Não desiste ninguém, que a vida é bela
E acendeu novamente as outras três”.
Não ao desanimo, sim à ação.
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