terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Afogados da Ingazeira e a Escola Padre Roma

fevereiro 14, 2023 Por Alexandre Morais Sem comentários

Por: Alexsandro Acioly

Historiador e Pesquisador (CEPEDOC-Pajeú)

 

   Em reunião no Recife a 01 de fevereiro de 1917, onde estavam presentes algumas autoridades como o Governador de Pernambuco, Manoel Antônio Pereira Borba (Manoel Borba), o prefeito da Cidade do Recife, Manoel Antônio de Morais Rego, o Dr. Oliveira Lima e o Secretário Geral, Mário Mello, foi aprovado que o Instituto Arqueológico entrasse em contato com todas as autoridades do Estado e dos municípios para que fossem instaladas, em 06 de março, escolas em homenagem aos mártires da Revolução Pernambucana de 1817, ideia esta que foi abraçada por vários municípios do nosso estado.

Figura 1-DP 05 de março de 1917 (A escola é instalada em Afogados da Ingazeira e não em Ingazeira)

O ponta pé inicial foi dado pelo padre da cidade de Garanhuns, o Vigário Lyra, que tratou de angariar recursos e meios para que fosse instalado o “Colégio Frei Caneca”. Afogados da Ingazeira também fez a sua parte e em 06 de março de 1917, no Paço Municipal, foi realizada uma Sessão Magna presidida pelo Dr. Agripino F. Nogueira Lima, a convite do Major José Osório, Presidente do Governo Municipal. Nesta sessão foram secretários os ilustríssimos Srs. Coronel Luiz de Góes e o Major Antônio César.

A fala inicial do Dr. Agripino foi em torno do significado histórico da “Data Magna” e posteriormente falou da importância de cada um dos membros participantes da Revolução que seriam homenageados com o nome das escolas, principalmente sobre a pessoa do “Padre Roma”, principal homenageado. Em seguida, anunciou a instalação da Escola Padre Roma na próspera cidade de Afogados da Ingazeira e encerrou o discurso agradecendo ao poder municipal e falando do engrandecimento que seria esta obra educacional idealizada pelo Governo do Estado.

Figura 2-DP 12 de abril de 1917

Em seguida à instalação da escola teve a palavra o orador oficial, Coronel Luiz de Góes, destacando os feitos heróicos do Padre Roma e encerrou com um apelo aos presentes e em especial aos sucessores “para que zelassem como um legado precioso” a mais nova escola municipal.

Também estiveram presentes à sessão o vigário Padre Carlos Cottart; os senhores José e Décio Padilha; os coronéis Elpídio Padilha e João Vidal, este último creio eu que seja filho de Jovino Vidal (proprietário e morador à época da atual Cúria Diocesana).

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