sábado, 9 de novembro de 2024

Uma tríade do balacobaco se une para homenagear Tom Jobim

novembro 09, 2024 Por Alexandre Morais Sem comentários

 


Do Metrópoles

   Atração do Festival “Estilo Brasil”, o baiano Danilo Caymmi coleciona momentos inusitados com Brasília, cidade que, confessou ao Metrópoles, “gosta bastante” e tem “grandes amigos no Judiciário”. Quando o pai Dorival morreu, por exemplo, em agosto de 2008, o músico estava na capital para um show. Anos antes, quando o amigo Tom Jobim partiu, em dezembro de 1994, o artista também se encontrava por aqui.

   “De fato, Brasília tem uma coincidência estranha na minha vida, mas eu tenho uma alegria muito grande de estar aí”, revela o cantor e compositor, que também é presidente da Abramus – Associação Brasileira de Música e Artes. “Então volta e meia eu tenho que estar em Brasília, mas já de terno, uma coisa mais política, assunto que também gosto.”

  Desta vez, volta ao coração do país junto com a norte-americana Stacey Kent para prestar homenagem a um dos grandes nomes da nossa música com a turnê “Um Tom Sobre Jobim”. “Eu trabalhei com o Tom durante 10 anos da minha vida, na Banda Nova, como se fosse um produtor executivo. Então, é um repertório que eu domino bastante.”

  A ideia de prestar homenagem ao maestro soberano da nossa música ao lado de um dos nomes mais empolgantes do jazz contemporâneo, revela Danilo, nasceu de forma orgânica, como quem monta um quebra-cabeça de sensações e identificações. O ponto de partida foi o disco que gravou e lançou em 2017, só com músicas do mestre e que contou com a participação de Stacey na faixa Estrada do Sol, parceria de Jobim com Dolores Duran.

  “Chamei a Stacey – pela admiração – para participar do álbum e ela topou. Sou fã dela, que também ama a música popular brasileira”, derrete-se Caymmi filho, encantado com a versão em francês da cantora para “Águas de Março”. “É uma das gravações mais bonitas que eu conheço, e olha que eu trabalhei com o Tom, né”, atesta com propriedade.

  Já a participação de Roberto Menescal no show tem um toque afetivo todo especial tanto para Danilo quanto para Stacey Kent, que conheceu esse que é um dos baluartes da bossa nova em 2011.

  Foi durante a celebração dos 80 anos do Cristo Redentor. De simpatia irradiante como ela é, logo o cooptou para a gravação do charmoso álbum “Tenderly” (2016), no qual ele toca violão em todas as faixas, inclusive na Agarradinhos. Já a relação com Caymmi é de eterna gratidão, espécie de reencontro entre mestre e pupilo.

  “Nem tenho palavras para dizer, Menescal foi o meu segundo produtor, ele me moldou como um cantor mesmo, acreditou no meu trabalho, e trabalhar com ele sempre é uma alegria muito grande”, agradece.

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