Para que eu não guarde
Remorso no coração
Ordeno que devolvam
A seu dono, o violão.
Em outra, a sentença tem forma de soneto:
Recebo a petição escrita em verso
E, despachando-a sem autuação,
Verbero o ato vil, rude e perverso,
Que prende, no Cartório, um violão.
Emudecer a prima e o bordão,
Nos confins de um arquivo, em sombra imerso,
É desumana e vil destruição
De tudo que há de belo no universo.
Que seja Sol, ainda que a desoras,
E volte à rua, em vida transviada,
Num esbanjar de lágrimas sonoras.
Se grato for, acaso ao que lhe fiz,
Noite de luz, plena madrugada,
Venha tocar à porta do Juiz.
PARABÉNS PELA BELA MATÉRIA !
ResponderExcluirAlexandre, és um garimpeiro da poesia popular, trazendo sempre turmalinas lapidadas para o deslumbramento dos leitores.
ResponderExcluirAmâncio Siqueira